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Em abril, o livro infantil está com tudo!

Laura Alzueta
Laura Alzueta

Publicado em 18/04/2017, às 09h04 por Lô Carvalho


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(Foto: Laura Alzueta)

Pela paz, contra a fome, da mulher. Pela saúde, contra o analfabetismo, do trabalho. Até pelas bombas terrestres existe. Confesso que todas essas datas comemorativas de repercussão mundial e nacional também – cujo nome correto, acabo de descobrir, é efeméride – eu compreendo e até concordo.

Agora esta que comemoramos no domingo dia 2 de abril e esta outra, desta semana, comemorada no dia 18, eu tenho que confessar que acho estranho. Trata-se do Dia Mundial do Livro Infantojuvenil e do Dia Nacional do Livro Infantil, respectivamente. A primeira corresponde ao nascimento do escritor Hans Christian Andersen, considerado um dos percursores do livro para crianças.

Foi criada para divulgar a produção do livro voltada para os jovens. Acredito que tenha sido a ONU ou a UNESCO quem o fez. A segunda corresponde à data de nascimento de Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil no Brasil. Resultou de uma lei de 2002. Não sei bem o seu autor nem qual era a sua intenção, mas tenho certeza de que ninguém por aqui duvida da sua importância e talvez todos nós tenhamos um pouquinho da Emília em nossos corações…

Mas por que tanta data comemorativa em torno do livro infantil? Para estimular a leitura? A formação do leitor? Será?! Acho que está mais para incentivo à indústria editorial e ao consumo. E não tem problema algum nisso. Afinal, o livro é um objeto de consumo. No Brasil, ele custa caro. Muito caro. Além disso, é dificílimo encontrá-lo nas lojas. Sabia que dos mais de 5 mil municípios existentes em nosso país, pouco mais de 500 possuem livrarias?

E quando há livrarias, mais difícil ainda encontrar um livro produzido por um autor e um ilustrador nacional? Predominam os lançamentos mundiais, de qualidade bastante duvidosa (mais para brinquedo do que para livro, na minha opinião). Alguns diriam que é possível comprar através das lojas virtuais. Mas cá entre nós, o consumo via internet está longe de ser uma prática para a maioria dos brasileiros.

Por isso, meu convite é para refletirmos juntos: o que estas datas representam para cada um de nós? Como editora, desejo que todas as famílias possam comprar pelo menos dois livros por ano (não é muito, eu sei, mas já seria ótimo!). Como autora, queria que todas as pessoas pudessem encontrar os meus livros. Nas livrarias ou por internet mesmo. Quem sabe até na biblioteca mais próxima (ai, eu costumo sonhar alto!).

Como consumidora – leitora ávida e mãe que adora quando os filhos leem – queria que os livros fossem mais baratos… Esses são os meus desejos. E os seus, quais são?! Sim, porque não basta sair por aí dizendo que o livro é algo importante e que é mesmo bom o país inteiro e o mundo inteiro lembrar que eles existem. Assim como não mandar o filho ler para ele se transformar em um leitor. É preciso mais, muito mais. É preciso desejar os livros e fazer da leitura uma experiência que valha a pena ser vivida. Ler todos os dias e amar aquilo que se lê. Fazer da leitura uma parte da rotina da família e dos livros uma espécie de retrato da nossa infância, da nossa juventude, das férias passadas, daquele ano em que fomos…

Aproveite as “efemérides” do livro neste mês de abril para refletir sobre a sua relação com os livros e com a leitura e pense no que você gostaria de ver transformado. Para você pessoalmente, para as crianças ao seu redor e para todos nós, brasileiros e brasileiras!

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