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Livros bem brasileiros para os nossos brasileirinhos

Lô Carvalho
Lô Carvalho

Publicado em 15/08/2017, às 08h07 por Lô Carvalho


Pipoca, pão de queijo, arara, tamanduá… Só um livro escrito por um autor daqui da nossa terrinha pode ajudar o nosso “pequeno leitor” a desenvolver o seu vocabulário e a criar um imaginário de personagens e narrativas bem brasileiras.

Por isso, sou uma grande incentivadora do livro brasileiro. Acredito realmente que faça alguma diferença na formação do leitor nascido e/ou crescido aqui nas terrinhas brasileiras.

O fato é que não estou sozinha. Até mesmo as editoras começaram a valorizar a produção nacional de escritores e ilustradores voltada para o segmento de 0 a 3 anos. Mas, verdade seja dita, só não temos mais livros “nacionais” disponíveis por que o mercado editorial é dominado por lançamentos mundiais. São livros lindos, eu concordo. Alguns são geniais, muito inteligentes.

Mas tenho que provocar: as regras internacionais impostas para o padrão do livro para a criança de 0 a 4 anos dificultam imensamente a publicação de livros para os pequenos aqui no Brasil. E o pior é que esse padrão acabou virando mito na cabeça de muitos especialistas: livro com pontas arredondadas, capa dura com acabamento soft, papel com altíssima gramatura ou com página empastelada (aquela bem grossa), livro de plástico, com pilha, com abas para puxar…

Muita gente acredita que livro para a criança tem que ter esse tipo de acabamento para não machucar, não rasgar, aguentar o suor das mãozinhas do bebê etc. e tal.

Toda essa sofisticação, porém, encarece de forma absurda o custo da produção do livro, desestimulando as editoras brasileiras a investirem nesse segmento. Isso quando inexiste o fornecedor gráfico por aqui, como é o caso dos livros de plástico, por exemplo. Talvez você não saiba, mas não tem quem imprima os famosos livros de banho para bebês aqui em São Paulo!

A consequência imediata é que é mais fácil e barato importar o título estrangeiro. Por quê? Por que ele já vem pronto, impresso e tudo mais. São os chamados lançamentos mundiais: uma única gráfica, em uma mesma impressão, faz o livro em português para o Brasil, em francês para a França, em italiano para a Itália. É bom saber: o custo desse modelo de publicação é infinitamente inferior ao custo de um livro inteiramente feito no Brasil…

Bom, além da justificativa cultural e intelectual do livro brasileiro para o nosso “pequeno leitor”, faço essa defesa econômica dos livros nacionais.

Antes de comprar um livro, verifique essa informação: se não for de autor e ilustrador nacionais, peça mais opções. Insista.

Tenho certeza que lá no meio da prateleira da livraria, perdido entre outros tantos, tem um livro bem brasileiro esperando por você…

P.S. Na fotografia que ilustra este post, só tem livro de autor e ilustrador brasileiros! Tirei todos eles da minha estante. E olha que nem acho a minha biblioteca de livros para bebês tão completa assim…

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