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É preciso educar os filhos com responsabilidade ambiental

Cuidar do planeta não pode ficar para depois, é preciso repensar os hábitos de consumo - iStock
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Publicado em 27/04/2021, às 10h32 por Com a Palavra


**Texto por Priscila Correia, mãe de Benjamin e Theo, jornalista e criadora do @aventurasmaternas, que fala sobre maternidade com Responsabilidade Social

Cuidar do planeta não pode ficar para depois, é preciso repensar os hábitos de consumo (Foto: iStock)

Já passou da hora do ser humano aceitar que somos o presente do planeta. Tanto no sentido de fazermos o melhor pela Terra, como sobre a urgência de fazer, hoje. E, como pais, temos a missão de motivar essa responsabilidade nos nossos filhos, sendo exemplo e envolvendo-os nas atividades possíveis.

Pode parecer utopia, mas um “bom dia” dito repetidas vezes para alguém que nunca sorri de volta, acaba sendo retribuído. Uma criança pequena que interrompe suas brincadeiras para tirar o lixo que encontra na praia, primeiramente enternece quem está ao redor e, repetindo o feito, acaba mobilizando quem está por ali, amiguinhos da escola, vizinhos. Funcionamos bem no efeito corrente. E o que começa dentro de casa pode repercutir no condomínio, na escola, na comunidade, no bairro, na cidade.

Dados preocupantes estampam as capas de jornais, como: “Em 2050, haverá mais plásticos do que peixe nos oceanos”, “Até 2100, quase metade da população (48%) do planeta sentirá os efeitos das ondas de calor em um cenário de redução dramática de gases de efeito estufa. Já se a liberação de poluentes continuar a aumentar no ritmo atual, as ondas de calor vão ameaçar sete em cada dez seres humanos”.

Também estampam as capas de jornal informações sobre o desmatamento crescente da Amazônia, as queimadas que se estendem até o Pantanal, além da possibilidade de novas pandemias como consequência destas ações humanas.

Mas qual a nossa responsabilidade como pais sobre estes acontecimentos? Não cortamos árvores, nem queimamos a floresta, nem criamos a ilha de plástico no Pacífico. Mas tudo isso faz parte de um sistema maior, que envolve os abusos do uso da água e de plásticos, o consumo de carne, de soja, os excessos de consumo e o desperdício, desde a produção, até a distribuição e consumo.

Vai além do consumo de plástico no canudinho, já que os pedaços de rede de pesca que ficam no mar são os maiores responsáveis pela poluição dos oceanos. Sem contar com o lixo que cada indivíduo deixa na areia quando vai curtir a praia, ou ainda com a triste marca de que consumidores dos países ricos desperdiçam 222 milhões de toneladas de alimentos, o que quase equivale à quantidade produzida para alimentar a África Subsaariana (230 milhões de toneladas).

Nós, pais, como educadores que somos, não podemos mais esperar nossos filhos resolverem este assunto no futuro. Precisamos mudar nossa consciência ecológica, nossas pequenas atitudes diante do lixo, do consumo, do petróleo, do uso do carro para ir à esquina, agora.

Educação ambiental não deve ser uma matéria ministrada esporadicamente na escola, precisa fazer parte do processo educacional, dentro de casa. Nossas crianças precisam saber por que optamos por caminhar até a pracinha, o parque ou ao mercado, ao invés de ir de carro. Precisam aprender a levar o próprio copo ou caneca de uso diário, ao invés de deixar pilhas de copos descartáveis se acumularem ao final de uma comemoração; e que resíduos recicláveis devem ser separados em seus espaços específicos.

Nossa relação com o consumo não precisa ser desenfreada. Uma criança não precisa de 10 bonecas e 100 carrinhos – aliás, todos de plástico. Mas mesmo que ela ganhe muitos brinquedos, vale ensinar a solidariedade e o compartilhamento desde cedo, para dar sentido tanto ao consumo, quando à finalidade do produto que é criar oportunidades de brincadeira também para os amiguinhos que não tem com o que brincar.

Vale ressaltar, ainda, que não há mais espaço para a palavra “EcoChato”, porque não é chatice falar sobre ecologia e preocupação com o planeta. Cabe a nós mudar a mentalidade e ensinar às nossas crianças que o futuro é agora e cada atitude pode transformar muito o mundo ao nosso redor. Basta querer e não esperar de terceiros, porque o mundo não está em perigo só por causa do governo, nem do chefe, nem do vizinho. Cada um de nós erra junto e é também junto que podemos acertar, do voto à mudança de hábitos de consumo.


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