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Qual é a melhor maneira de criar filhos?

Criar filhos é uma tentativa de encontrar equilíbrio - (Foto: Getty Images)
(Foto: Getty Images)

Publicado em 12/12/2023, às 10h54 por Geovanna Tominaga


Neste últimos dias, eu pensei muito sobre a difícil missão de criar filhos que os pais assumem assim que engravidam. Será que as coisas mudam de geração para geração? A forma como minha mãe nos criou e como a minha avó criou minha mãe.

A começar pela quantidade de filhos que as mulheres tinham nos tempos passados. A mãe da minha mãe teve 12 filhos! Eu tenho 2 irmãos e o Gabriel, nenhum. Se dizem que o segundo filho vem acompanhado de uma segurança maior sobre “o que fazer” com um bebê. Ter outras crianças em casa pra brincar junto deve fazer alguma diferença em termos de ajudar a cuidar. Pensa comigo: doze filhos!!! Isso explica, em parte, a opção pelo modelo autoritário de criação e no trato com as crianças, no passado.  

Nos dias atuais, quem brinca com o filho único? O adulto cuidador! Em muitos casos, os pais não tem tempo disponível para sentar e ter um tempo de qualidade com os filhos e acabam tentando substituir a falta de atenção com a permissividade. E assim, chegamos no conflito da parentalidade atual: sou o amigo ou sou o educador? As duas coisas. É por isso que é muito importante sabermos andar nessa linha do meio, do equilíbrio entre o autoritarismo e a permissividade. 

É preciso entender os limites na criação parental (Foto: Getty Images)

Falar sobre estilos parentais é como entrar num labirinto quando falamos sobre criação de filhos, onde cada escolha traz consigo suas próprias incertezas e dilemas. Essa jornada, muitas vezes, é mais uma experiência desgastante do que um passeio suave no parque. Dentro desse labirinto, os estilos parentais assumem formas diversas, muitas vezes refletindo as personalidades e experiências de quem está à frente da criação dos pequenos. Acho importante aqui definirmos os estilos parentais existentes. Você conhece? 

No estilo Autoritário, reina a autoridade inquestionável dos pais. As regras são impostas, e a obediência é esperada sem questionamentos. A flexibilidade é uma palavra inexistente, e a comunicação é frequentemente unidirecional. "Porque eu disse" é a resposta padrão para qualquer pergunta.

Já o estilo Permissivo é o extremo oposto. Aqui, temos os pais permissivos, as regras são mais como sugestões e os limites são borrados. O lema é "faça o que quiser", e as consequências muitas vezes ficam à deriva. O resultado disso é que muitas vezes, a criança podem apresentar dificuldade em lidar com responsabilidades e regras sociais no futuro.  

Existe o estilo Negligente! Os pais negligentes muitas vezes parecem distantes, sem envolvimento significativo na vida de seus filhos. As necessidades emocionais muitas vezes são ignoradas, e a responsabilidade parental é uma palavra esquecida. O que eu considero o ideal, e é o que prega a Educação Positiva, é o estilo Democrático, o meio termo, onde os pais estabelecem regras, mas também estão dispostos a ouvir. Há espaço para negociação e compreensão mútua. A comunicação flui em ambas as direções, e as crianças aprendem a importância de limites, enquanto desenvolvem habilidades de tomada de decisão. 

Eu acredito num estilo que vai além da imposição de regras autoritárias ou da liberdade permissiva. A Educação Positiva me ajudou a encontrar um ambiente de aprendizado baseado no respeito mútuo, comunicação aberta e desenvolvimento emocional. Ao contrário do autoritarismo, a Educação Positiva enfatiza a construção de conexões e a compreensão das necessidades emocionais da criança. Não se trata apenas de dizer "não", mas de explicar o "porquê" e envolver a criança na tomada de decisões. A Educação Positiva não é apenas sobre repreender, mas também sobre reconhecer e reforçar comportamentos positivos. A ênfase é colocada no estímulo do desenvolvimento emocional, na construção da autoestima e na promoção da autorregulação.  

Antes mesmo de sair da fase das fraldas, comecei a pensar que teria de educar o meu menino para o mundo e lidar com um serzinho cheio de vontades, personalidade e autonomia. E não tinha ideia de como fazer isso. Comecei a estudar sobre educação e acabei encontrando a Disciplina Positiva. Me formei em Educação Parental e fico muito feliz em poder levar esse conhecimento para outras famílias engajadas no crescimento saudável dos filhos. Espero que te ajude também.


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