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Aulas práticas de amor e convivência

Imagem Aulas práticas de amor e convivência

Publicado em 20/05/2014, às 21h00 por Ivelise Giarolla


Quando soube que minha filha Lorena nasceria com Síndrome de Down, entrei em um pânico imensurável. Um dos motivos do desespero foi de pensar, a todo o momento, que ela seria diferente da irmã mais velha e que não seriam companheiras na escola. Ao conversar com uma amiga minha do trabalho, cuja filha também estuda no mesmo colégio, ela me acalmou dizendo que na escola delas havia outras crianças com Síndrome de Down. “Como isso?”, pensei.

Por falta de informação, nunca pude imaginar que minha filha frequentaria uma escola regular. Hoje, felizmente, vejo que as escolas, a passos de formiguinha, estão mudando a mentalidade e abrindo as portas para os alunos com algum tipo de deficiência. Assim, “juntos e misturados” com outras crianças esses alunos podem desenvolver mais suas faculdades mentais, motoras, além de ter outro convívio social.

Todos saem ganhando, pois uma escola inclusiva ensina o verdadeiro valor do ser humano, baseado em respeito ao próximo. Com a inclusão, esse aprendizado é de mão dupla. As crianças sem deficiência e seus familiares, em um ambiente escolar inclusivo, terão a oportunidade de ampliar sua forma de pensar e de agir, de efetivamente derrubar o preconceito. Ambas as vivências serão de total importância para todos fora da escola.

Com base na importância deste assunto, pedi para Thaís Ciardella,  coordenadora da educação infantil da escola da Lorena, a escrever sobre a educação inclusiva com o amor que ela prega junto de todos os funcionários do colégio.

“Mas essa é uma escola inclusiva?”
Para qualquer pai/mãe, conhecer uma ou mais escolas durante o período letivo não é grande novidade. Para qualquer educadora, apresentar sua escola e seu projeto político pedagógico durante o período letivo também é corriqueiro. Perguntas? Mil. “Vocês usam apostila? Como celebram datas comemorativas? Quais são as atividades extracurriculares oferecidas? Tem batata doce no lanche?”.  E, ao assinalar o atendimento da educação especial dentro da escola regular, a Lei 9394/96, os pais acrescentam quase obrigatoriamente outra pergunta no pacote: “Mas essa é uma escola inclusiva? Na sala do meu filho tem alguma matrícula de criança especial?”.
 A esses pais, gostaria que refletissem comigo. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2007) apresenta-se como resultado de um percurso histórico de construções teóricas e legais, em nível nacional e internacional, que apontam a importância de ações em direção à construção de uma escola que atenda a todos os alunos dentro das novas demandas da nossa sociedade. A construção de um ensino  inclusivo reserva à escola regular uma série de mudanças, principalmente relativas à maneira de conceber os processos de ensino e de aprendizagem para atender a todos os alunos .
As escolas regulares que norteiam as ações pedagógicas e administrativas atualmente apontam a necessidade de atribuir novos sentidos à instituição escola, historicamente seletiva. Aprender o quê? Com quem? Como? Para quê? São perguntas que hoje, com a reconfiguração do ensino, vem à tona.
            Assumir um compromisso com uma nova abordagem pedagógica, que tenha como horizonte a inclusão, significa reconstruir o espaço social da escola e do acesso ao conhecimento para todos os alunos matriculados.  Portanto, sim, essa escola regular e qualquer outra é responsável – em acordo com a Lei – pela escolarização de todos os alunos matriculados. E na classe do seu filho provavelmente terá um aluno especial. Comemore! Isso significa que finalmente o cotidiano da escola está se tornando um terreno fértil para discussões sobre educação.”

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