Colunas / Minha vida nada Down

Os óculos de Lorena

acervo pessoal/Ivelise
acervo pessoal/Ivelise

Publicado em 05/01/2018, às 13h14 por Ivelise Giarolla


Anualmente Lorena realiza uma série de exames para acompanhar sua saúde e possíveis alterações que a Síndrome de Down pode acarretar ao longo da vida. E eu vou dividindo os exames e os retornos nos especialistas nos doze meses para não estressar a pequena e também a mãe que vos escreve.

Em julho partimos para mais uma avaliação oftalmológica, a qual ela realiza desde bebezinha. Até então sua visão fora 100%, mas havia uns meses que percebíamos que Lorena forçava os olhos, franzia a testa ou ficava estrábica, o que nos preocupou. Para quem não sabe, as crianças com síndrome de Down têm maior tendência a apresentar problemas de visão do que as outras. Estima-se que até 50% das crianças tenham dificuldade para ver de longe, e outras 20% para ver de perto.

E nossa percepção se confirmou: sua visão piorou e ela ganhou a prescrição dos óculos.

Fiquei apavorada! Não porque ela iria usar óculos, isso não era o problema. Enxergar um mundo nítido é o que há de melhor, alem disso acho charmosíssimo. Fiquei em pânico pelo fato de: Lorena iria se adaptar?  Ou  iria jogar os óculos longe? Fazer birra? Negação completa? Enfim, imaginei um milhão de situações nada agradáveis.

Fomos a uma ótica especializada em crianças e deixamos a pequena a vontade para escolher a armação. Ela pouco se interessou, gostou mais do pirulito e do suco que ofereceram. Por fim eu mesma escolhi o modelo e saí de lá ainda mais preocupada.

Uma semana depois, óculos nas mãos e algumas noites mal dormidas pensando em como eu faria para convencê-la em ficar com as lentes, o primeiro teste. E, para minha grata surpresa ela deixou colocá-los. Em princípio os tirava quando “se dava conta”, mas com os passar dos dias usá-lo virou rotina e a vida seguiu com toda paz e tranqüilidade.

Posso dizer que já fui muito mais ansiosa. Desde o nascimento das duas fui obrigada a ter mais paciência com os perrengues do dia a dia. Porém, ainda sofro por antecedência com situações como essa. Uma preocupação enorme, insônia, troca de informação com muitas mães e: nada aconteceu!

Tenho certeza que um dia Lorena irá ler esses textos e rir dessa mãe aqui. E certamente iremos rir juntas. A vida é muito bela para chorar. E ela ficou uma diva de óculos!

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