Publicado em 05/03/2021, às 09h13 por Mônica Figueiredo
Como assim? Assim. Quem falou esta maravilha foi a Fernanda Young, num dos Seminários aqui da Pais&Filhos, anos atrás. Na altura, não prestei muita atenção, não dei bola ou simplesmente não percebi o alcance da afirmação. Claro que estávamos falando sobre o exercício da maternidade e da quantidade de transformações que ela nos traz.
Sabemos que educar dá trabalho. Muito. Exige foco, disciplina, método. Exige paciência e persistência. Podemos entender este “educar o sentimento” como a prática de lidar com eles. Um tipo de amadurecimento bem-vindo. Quando as emoções não dominam nem determinam, mas, sim quando entramos num acordo com elas. Quando seguramos as rédeas da nossa vida com as nossas próprias mãos.
Também podemos entender este educar como a consciência que até sentimentos como o amor podem ser construídos. Se não escolhemos quem amamos, podemos e devemos cuidar deste amor. E ele fica maior, mais saudável, mais forte e potente.
Mesmo o amor pelo filho , que aparentemente é automático e espontâneo, pode e deve ser educado. Amar é saber trocar, exige visão de longo prazo. O Mario Sérgio Cortella, que eu também aaaaaamo, diz que paixão é como uma corrida de 100 metros. Aquele voo alucinado que logo se transforma em falta de fôlego. O amor seria a maratona. Gosto muito dessa metáfora. E para conseguir cumprir uma maratona é preciso muuuuuito treino. Educação.
O que eu sei é que nada, absolutamente nada nessa vida é gratuito. Crescer, evoluir e ser melhor na vida começa por admitir que estamos em eterna mudança e aprendizado. Filho ajuda e muito.
Enquanto estamos educando nosso filho, nos educamos também. Essa troca é divina.
Ter consciência dela, ajuda e muito. Porque também podemos educar o nosso olhar sobre a vida, né? Olhar e realmente ver, enxergar, o que acontece com a gente, com nossos sentimentos, emoções, nossas relações, faz a gente acreditar ainda mais no milagre da vida.
A vida é muito boa, pena que às vezes a gente esquece disso. O detalhe que faz toda a diferença é que quem faz ela ser boa é você. Só você. Um beijo, e bom trabalho. Tenha certeza que você vale a pena, ô, se vale… Gostamos de boa educação, né? Seja no sentido que for!
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