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Meu herói

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Publicado em 07/11/2013, às 22h00 por Nanna Pretto


A gente fica aqui em meio a mil devaneios maternos, falando que mãe sente isso, que sente aquilo, que tem sexto sentido e que só ela conhece o filho bem. Que a gravidez mexe com os instintos femininos e que mulher já sente o vínculo logo após o resultado do BHCG. E o pai, coitado, ele fica lá, amuado, no cantinho. O máximo de inclusão gestacional que permitimos é puxar a mão dele, do nada, e apoiá-la na barriga, quando o bebê dá um chute. E ai dele se não falar “Eu senti ele mexer!”. 

O fato é que é dentro de mim que o bebê está. Mas isso faz do pai menos pai? 

Tenho presenciado atitudes de amor extremo do nosso mais velho ao pai. Gabriel está, como uma tia-mãe, que passou esses dias aqui com a gente, define, em seu momento de idolatria paterna. O papai dirige melhor (mentira!), o papai é mais interessante, as brincadeiras do papai são mais legais (mentira de novo! rs) e, na hora do boa-noite, é o beijo do papai que ele quer. 

Ah, na casa da vó, o choro amuado do filhote, no dia em que saímos para jantar sem ele, era pela falta do… pa-pai! Pode chorar na pia??? Como assim, o beijo de boa noite do filho não é na mamãe? 

Deixando o meu lado hiper-mega-maternal de canto e respirando no saco para engolir essa idolatria, eu assumo: somos chatas pra caramba! É a mãe que regula a água do banho, que manda fazer lição, é a mãe que fala para ele arrumar o quarto no auge da brincadeira e é a mãe que faz bullying materno, postando tudo de fofo, engraçado, certo e errado que o filho faz nas redes sociais. Ou você vê um pai, em meio à sua timeline, escrevendo: “meu filhote, aos 5, falou pro amiguinho blá-blá-blá, blá-blá-blá, e eu morri de amores <3”. Não, né? Isso é coisa de mãe. 

E tem mais, ainda advogando contra a minha própria causa: a gente sempre acha que o pai nunca vai saber cuidar como a gente. Porque ninguém aqui quer perder o rótulo de supermãe, certo? Pois eu digo: nunca cheguei em casa, após um jantarzinho com as amigas, um serão do trabalho ou qualquer outro compromisso, que o pai não tivesse dado conta perfeitamente da janta, do banho ou da lição. Ou até quando chego e os dois já estão dormindo lindinhos, na minha cama. 

Bora confessar: eles são tão pais quanto nós somos mães. A realidade é dura, minha cara, mas está aí. Enquanto este bebê habita a minha barriga, a 13 semanas de sair daqui (para o colo do pai), eu respiro tranquila com total controle sobre ele. Depois disso, quem dita as regras é o carinho, o amor, o cuidado que tanto a mãe quanto o pai dão ao filho. E vamos combinar: ter pai que é paizão e que divide tudo com a gente é bom, vai! Não tem felicidade mais sincera do que o amor de um filho pelos pais! 


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