Publicado em 29/09/2017, às 14h09 - Atualizado às 15h35 por Nanna Pretto
Por Nanna Pretto
Ele quer algo e quer agora. O tablet descarregou, a água do chuveiro não esquenta, a luz do banheiro tem problema para acender. Depois de um chilique com ele mesmo, ele vem calmo tentar algum tipo de ajuda. Mas se eu não vou atendê-lo naquele EXATO minuto, ele dispara: “tá vendo? É por isso que eu não gosto do meu irmão. E eu não gosto mais de você, porque tudo que você faz é para o Rafael. Eu não te amo mais!”
Minha reação:
1. falar que não é bem assim, que no meu coração cabe os dois.
2. dizer que, ok, que faremos a mala do irmão bebê e entregaremos para outra família.
3. pedir por favor que ele pare e pense no que está falando, porque isso é uma grande bobagem. E o irmão dele já entende esse tipo de frase. E fica, sim, magoado.
(Rafael, claro, é louco pelo irmão mais velho, apesar das pirraças e brigas entre eles)
Eu não sei vocês, mas ao ver que ele usa o irmão para me atingir, que esse drama estava acontecendo e que eu estava realmente magoada, eu soltei as três frases juntas. Deveria relevar, eu sei. Mas coração de mãe também sofre!
As noites não têm sido fáceis. Rafael foge para nossa cama quase todos os dias. Gabriel testemunha tudo sabe o quanto isso me deixa cansada. Também estamos com dificuldade de trocar a mamadeira pelo copo. E parece que ele espera algo desses conflitos acontecer para atacar o irmão com brincadeirinhas e bobagens. Claro que Rafael chora. E isso irrita a mãe. Que por sua vez está tendo que lidar com o choro e o dramalhão do mais velho. E se irrita. E perde o controle e a razão juntos. E chora. Quem nunca?
Sei que é ÓBVIO que ele me ama. Que ele AMA o irmão, que ele não quer que nada nessa família mude. Mas escutar isso machuca, dói, irrita e estressa (não necessariamente nessa ordem e na mesma intensidade). Pô, vivo pra esses meninos, me desdobro em dez, encaro sessões intermináveis de futebol, brincadeiras, filmes de criança. Faço comida, arrumo mala, dou banho, coloco pra dormir, dou muito amor (muito mais pra eles do que pra mim mesma). E vem ele me dizer que eu não gosto dele e que, por isso, ele também não me ama mais?
Desfoquei da posição de mãe e filho e briguei. E o resultado? Eu magoada e chorona de um lado, ele de castigo do outro e Rafael sem saber se briga com o Gabi porque ele magoou a mãe ou se briga com a mãe porque ela magoou o eu irmão amado. Tudo errado. O dia não começou bem.
Tem dias que realmente não começam bem. Tem dias que a vontade é mesmo voltar para cama e dormir. Vocês me entendem?
(E, aliás, quero pedir desculpas a minha mãe por todos “eu não te amo mais!” Só sendo mãe para perceber a intensidade dessa frase e a dilaceração que ela faz no coração).
Próxima semana, por favor!
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