Colunas / Se eu pudesse eu gritava

O encontro

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Publicado em 15/09/2013, às 21h00 por Tatiana Schunck


Tem um roxinho nas costas do meu moleque. Tenho quase toda certeza de que este roxo surgiu num empurrão que ele tomou de uma cachorrinha muito doida. Outra filhote, como ele. Devo confessar que eu não sou amiga dos cachorros, nada contra, mas não morro de paixão. Aliás, cansa mesmo é dono de cachorro que fala com o bicho como se fosse pessoa. Quer dizer, falar não tem problema não, é o tratamento que me cansa. 

Uma cachorra que eu conheço se acha tanto gente, que quando a dona sai ela deprime e surta. Não só seu coração se despedaça, como quase todo o apartamento da sua dona também. Pode? A bichinha fica tão mal que não consegue se controlar. Imagina a descarga de energia. Mas, vamos lá. Estávamos eu, uma amiga e o moleque pequeno que anda equilibrando numa praça. Ele desesperado para ir para o chão, eu o coloco. Ele sai andando. A cachorrinha o vê. Eu vejo que ela o viu. Ela corre em disparada em nossa direção, eu fico meio sei lá onde vendo e indo na direção deles. Ela o empurra com as patinhas no peito e o lambe sem parar na cara, na boca… Eu grudo em sua boca de cão e jogo-a longe, nem sei de onde veio a determinação, hein… Ela volta, eu repito a ação. Ele chora até ser levantado. Ela parece sorri de amor. Eu fico sem saber direito o que fazer, pois não quero que meu filho fique com medo de cachorros, como eu tenho. 

Então, em fração de segundo, ou menos, eu pego ele no colo, abaixo na frente da bichinha e mostro um para o outro. Enquanto eu também a vejo e tento entender o que fazer com isso. Para algumas pessoas essa história deve ser um exagero… Tenho certeza que é. Ele a olha sem chorar e ela o deseja enquanto seu dono a segura. Ele logo se distrai com a terra, grama e cimento da praça e eu continuo com o coração acelerado de dar tontura. Minha amiga nem soube o quanto eu tremi, pois fingi ser a mãe tranquila que entende a situação pedagógica possível e que livrou, possivelmente, seu filho de um trauma. Ah, tá. Continuamos o passeio como se nada fosse. E só hoje de manhã vi o roxo, fiquei quieta e não mostrei para ninguém, mesmo sendo um pontinho miúdo, mas daí escrevi aqui e agora todo mundo vai saber. Que tenham piedade de mim.


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