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A vida de equilibrista bate à porta, prepare-se!

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Publicado em 31/05/2016, às 15h35 - Atualizado às 16h42 por Cecilia Troiano


Com a gravidez nossa vida muda. Passamos a ver barrigas e bebês por todos os lados. O mundo parece que nunca teve tantas ofertas de fraldas ou carrinhos. Nossos assuntos mudam e interesses idem. Falamos de amamentação, trocamos dicas de pediatras, sabemos tudo sobre parto e gastamos horas pesquisando sobre o enxoval do bebê. Sem falar nas horas discutindo o nome da criança.

Nosso dinheiro também muda. Ele tem destino mesmo antes de chegar às nossas mãos. Recentemente escrevi um texto sobre como tudo muda após a maternidade. E muda mesmo. Aliás, a Johnson & Johnson, uma das marcas que considero um ícone da maternidade, acaba de lançar uma campanha mundial muito linda cujo tema é “For every little wonder” (algo como para cada pequeno momento de encantamento) e fala justamente das mudanças que uma mãe e um pai sentem com a chegada dos filhos (para saber mais clique aqui).

Na voz em off de uma criança ouvimos, “You know mommy, I will change you…” [você sabe, mãe, eu vou te mudar; em tradução livre]. Verdade! Eles vão mesmo nos mudar e muito! Como já é tradição, a marca Johnson’s reforça nesta campanha seu papel de estar ao lado de mães e pais. Ah, e muito bem lembrado: o filme tem uma versão para a mãe e outra para o pai, coisa que nem sempre é comum, desta vez lembraram que pai também é responsável pelos filhos.

Mas hoje quero usar o tema da mudança para falar de algo que vem antes. Quero falar daquilo que podemos fazer para nos preparar para nossas vidas de equilibristas. Nesse planejamento para a chegada do bebê damos atenção a dezenas de temas: berço, cor do quarto, enxoval, carrinho, cadeirinha do carro, mala para a maternidade, escolha do nome, enfeite de porta da maternidade, escolha dos padrinhos, futuro pediatra, planos de amamentação, local do nascimento, tipo de parto, dias de licença, etc.

Mas poucas mães e pais fazem planos para quando a vida de equilibrista chegar de verdade. Planos para quando a rotina da casa e do trabalho for retomada, para quando a mãe e o pai precisarem equilibrar os pratinhos e não mais apenas se concentrar no bebê.

Com a frase do comercial na cabeça, “You know, mommy, I will change you”, fico pensando o que podemos fazer para nos preparar para as mudanças que virão pela frente quando a vida de equilibrista chegar. Já sabemos que a vida vai mudar, até o bebê da Johnson´s sabe. Com isso em mente, a seguir trago cinco dicas práticas de coisas que podemos fazer para nos preparar melhor para as mudanças que estão por vir.

1. Converse sobre o tema com seu companheiro/companheira. Certamente vocês falam de tudo nessa fase pré-bebê, esse também é o momento de pensarem e discutirem qual a melhor forma de dividir as tarefas quando ambos retomarem as rotinas de trabalho. Como diz o ditado, “o combinado não sai caro”, vale a pena chegarem a um acordo do melhor caminho para a nova dinâmica familiar, quem faz o que, a que horas, em que dias da semana.

2. Construa um plano de voo. Planejar nunca é demais e organizar bem o retorno ao trabalho é uma das formas mais eficazes do retorno ser mais ameno, para a mãe, para o pai e para o bebê. Planeje como vai se organizar para amamentar no retorno ao trabalho, se esse for o caso, ou então quando prevê desmamar para não deixar para tão em cima da hora o desmame. Planeje com quem ficará o bebê. Se for uma creche/berçário, visite ainda na gravidez, com calma e sem a pressão do tempo para decidir. Planejar é a melhor forma de garantir que as coisas aconteçam da forma certa, sem atropelos. Se temos nove meses para esperar o bebê e boa parte do tempo usamos para comprar coisas, vale usarmos algumas horas ou dias para esse planejamento que pode nos ajudar imensamente, ainda mais nesse momento de estreia na vida de equilibrista. No caso do primeiro filho isso deveria estar na lista de prioridades.

3. Pense num back up. Muitas vezes o plano é ultra bem feito, mas, como todo plano, há falhas e precisamos estar preparados para elas. Pense sempre em um plano B ou até mesmo em um plano C. Uma pessoa que possa cobrir a babá no caso de ela faltar. Um pediatra que seja de confiança caso o seu esteja viajando. Uma marca alternativa de leite caso não encontre a que está habituada. Acredite, ter um plano B nos previne de termos que resolver tudo em cima da hora, sem nunca antes ter pensando sobre o tema.

4. Não terceirize sua intuição. Sim, você tem intuição e sabe o que é melhor para seu bebê. Use o tempo antes da vida de equilibrista chegar para pensar como quer educar seu filho/filha, o que é importante para você e seu/sua companheiro(a) e do que não abrem mão. O filho da vizinha é o filho da vizinha e nem sempre o que serve para ele serve da mesma forma para seu bebê. Estabeleça as suas prioridades, converse com seu pediatra e tome suas posições. Nem mãe nem pai vêm com manual de instruções mas você aprenderá tudo, acredite. Não faça apenas porque está na moda ou porque dizem que é bom. Faça aquilo que faz sentido para você e sua família. E essa preparação para saber o que importa para você deve começar desde a gravidez. Você verá que palpites não faltam e por isso é importante você ter essa clareza do que é relevante para você, para o seu bebê e para a história que construirão juntos.

5. Aceite falhas. Acho que junto com a maternidade/paternidade vem uma série de coisas, entre elas a nossa capacidade de aceitarmos que vamos falhar. Educar filhos não é uma ciência exata, muito pelo contrário. Aceitar nossas falhas é um exercício que podemos começar a fazer desde a gravidez. Aceitar se engordamos mais do que queríamos. Aceitar uma cesariana mesmo quando seu sonho era ter parto normal. Aceitar que a perfeição não combina com maternidade/paternidade. Comece a praticar que somos falíveis como pais e que perfeição não existe, pelo menos no campo da maternidade/paternidade.

Finalizo repetindo o tema “You know, mommy, I will change you…”. Sendo assim, é melhor se preparar pensando nessas cinco dicas que compartilhei com você para poder aproveitar tudo de bom que vem junto com tantas mudanças.

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Palavras-chave
Comportamento

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