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Chegou a hora?

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Publicado em 31/03/2017, às 15h27 - Atualizado às 15h30 por Cecilia Troiano


Tic. Tac. Tic. Tac. E assim vai girando o relógio biológico das mulheres. Sem interrupções, passam os segundos, minutos, horas, dias, meses e anos. Nesse tempo, muitas coisas acontecem e uma das decisões mais importantes na vida dos casais é a decisão se é hora ou não de ter filhos. Nessa balança do ter/não ter, muitos temas são discutidos e um deles em particular é o da melhor hora para se ter um bebê. Será que é o momento de ser mãe pensando na minha vida profissional? A dúvida que a maioria das mulheres tem é: o quanto ter filhos neste momento vai  prejudicar (ou não) minha jornada profissional? Será que meu lugar estará lá quando eu voltar? Perderei a oportunidade daquela promoção? Ou, será que meu negócio sobrevive sem minha presença no dia a dia?

Observem que falo de perguntas que as mulheres fazem a si mesmas e isso é uma realidade. A preocupação ou a “punição” associada a ter filhos e carreira é bem mais intensa juntos às mulheres. Poucos ou raros pais fazem as mesmas perguntas. Os números compravam isso. Nos cargos mais altos das empresas, não por acaso, nos estudos conduzidos por Antonio Neto, 41% das mulheres e 19% dos homens não têm filhos. E ainda, este mesmo autor afirma que 43% das mulheres e 29% dos homens têm apenas um filho. O que isso mostra? Ainda o peso da maternidade recai mais sobre os ombros das mulheres. Já do lado dos homens  eles ficam mais “livres” para decidir ter ou não filhos e quantos ter, sem medir, da mesma forma, os impactos sobre sua carreira. Aliás, há outras pesquisas que indicam inclusive o contrário, um valor atribuído aos homens que são pais, conferindo a eles um caráter de maior responsabilidade e compromisso com o trabalho.

Apesar dos números , o que eu acredito é o seguinte: a decisão de ser mãe é ao mesmo tempo uma decisão de ser pai. Na maioria das vezes quando essa dúvida surge, se é chegada a hora certa para ter um bebê, parece que ela é apenas um dilema das mulheres. Não é assim e nos casos em que é desse jeito, não deveria ser. Afinal, todo bebê tem dois adultos que cuidam dele, a figura paterna e a figura materna. Portanto o “chegou a hora” é algo que deve e merece ser compartilhado. Não deve e não pode ser uma decisão unilateral da mãe. O ônus e o bônus cabem aos dois. Talvez essa seja a primeira decisão que os pais fazem em relação aos filhos, a primeira de muitas outras que virão pela frente: quando tê-los.

Não pretendo que esse texto chegue a uma fórmula de sucesso para o ter/não ter mas que ele pelo menos lance alguns temas que merecem ser ponderados.  Em primeiríssimo lugar, antes de qualquer coisa: a decisão pela maternidade não deve ser pautada exclusivamente pela carreira. Ser mãe e pai é algo definitivo em nossas vidas. Uma carreira, um emprego ou um negócio próprio, por mais estável que sejam, poucas vezes têm o mesmo caráter definitivo. Assim, não devemos colocar o trabalho como balizador do sim e do não. Mas, como na “vida real” o trabalho acaba sim vindo à tona para essa tomada de decisão, sugiro duas perguntas bem amplas que merecem ser discutidas entre o casal para saber se chegou a hora! Opa, falei do casal novamente e isso é fundamental.

  1. Quão preparados vocês se sentem para gerenciar suas vidas futuras, equilibrando vida familiar e vida profissional?
  2. O quanto o casal já discutiu e fechou um plano (pelo menos um plano de intenções) de como pretender dividir as tarefas da casa e horários de trabalho após a chegada do bebê? Quem fará o quê?

Tic. Tac. Tic. Tac. Tic. Tac. Não conseguimos controlar o tempo mas dois adultos podem e conseguem dialogar e pensar juntos. Afinal, como falei acima, ter filhos é talvez a decisão mais definitiva de nossas vidas e não pode acontecer apenas quando o relógio biológico apita, nem apenas quando o momento profissional é favorável. E ninguém mais do que o próprio casal sabe responder: “ E aí, chegou a hora?”.

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