Criança

10 desafios da educação de gêmeos

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Publicado em 10/06/2014, às 17h45 - Atualizado em 15/04/2016, às 16h38 por Redação Pais&Filhos


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“Você não tem um bebê na barriga”, disse a médica quando viu os primeiros exames de Kamilla Giora. “São dois!”, esclareceu. Depois do susto inicial, bate aquela angústia misturada com o medo de não conseguir dar conta do recado.

Listamos 10 coisas complicadas na educação de gêmeos – com sugestões de como solucioná-las. Quem nos ajudou foram duas mães craques de gêmeos, Kamilla (mãe de dois meninos) e Fernanda (mãe de um casal), e duas psicólogas especializadas em família, Alessia Leone e Carmen Alcântara.

1. Vestir os dois sempre com roupas iguais –  Pode ser uma tentação e tanto – e vira hábito. Mas acredite: é uma atitude nada inofensiva. “Se isso vira um padrão, confunde a identidade, porque as crianças são vistas como um bloco só, e não individualmente”, explica a psicóloga Carmen Alcântara, mãe de Carolina, Luisa e Mariana. “O ideal é que usem pelo menos cores diversas, com combinações diferentes para que se vejam como pessoas separadas e cresçam seguras de si, principalmente quando entrarem na escola”, sugere.

2. Dar brinquedos iguais para evitar brigas – A intenção pode ser a melhor possível, mas o resultado pode acabar sendo o contrário do previsto. A dica da psicóloga é que os pais percebam as preferências de cada um e presenteiem de acordo com os gostos individuais. “Se um curte mais livro e o outro, carrinho, ótimo: isso vai marcando as diferenças e os pais vão acompanhando as necessidades de ambos.”

3. Priorizar o mais chorão ou manhoso – Facilita muito, até porque corta o coração ver uma criança chorando. “Com o tempo, a tendência é que o bebê perceba que, ao chorar, recebe mais atenção, e continue assim com esse comportamento”, explica a psicóloga Alessia Leone, mãe de Luca e Ana. No caso de crianças maiores, Alessia sugere que o revezamento entre as crianças seja feito com competições saudáveis, através de brincadeiras de par ou ímpar, sempre evitando o favoritismo.

4. Um no colo da mãe, o outro no colo do pai – Esse hábito pode facilitar, mas o ideal é que os pais se revezem com os dois bebês. Nada de ter uma divisão do tipo “o mais próximo da mãe” e “o mais próximo do pai”. “É interessante pai e mãe sejam próximos de  ambos igualmente”, sugere.

5. Tratá-los da mesma maneira – Para Carmen, tratar as crianças sem diferenciação, por motivos de justiça ou de culpa, pode criar uma dependência emocional ainda maior, deixando-as mais inseguras, sem criatividade e com dificuldade de dividir as coisas. “Mesmo com gêmeos idênticos, as personalidades sempre são diferentes. E é muito bom que seja assim, porque o bebê precisa desenvolver a noção de identidade para se diferenciar do outro”, explica Carmen. “Os pais devem ir percebendo essas diferenças e estimulá-las”, sugere.

6. Comparar os irmãos gêmeos – Sabe quando a gente diz “o mais velho é o artista da família” e “o mais novo é craque em matemática”? Até reforça as qualidades e as diferenças, o que é benéfico, mas muitas vezes isso introduz um estilo competitivo. “Os rótulos podem fazer com que um ou outro irmão se sinta menos valorizados pelos pais”, explica Alessia. O ideal, diz ela, é fazer essa comparação longe das crianças e, na frente delas, ressaltar as qualidades de um e de outro.

7. Separá-los logo no início da vida escolar – “Não existem pesquisas que comprovam que a separação de classe é benéfica para os dois na primeira infância”, diz Alessia. “A entrada na escola é um processo novo que exige muito da criança. Como gêmeos costumam se sentir  seguros um com o outro, é interessante colocá-los juntos em um primeiro momento”, continua. A partir daí, o negócio é ir verificando se há algum motivo para se pensar em separá-los. Brigas constantes e disputas por amigo. “Quando um dos dois pede ou as habilidades dos irmãos são muito diferentes, pode ser sinal de que é melhor separá-los”, orienta.

8. Separá-los de quarto sem consultar a vontade deles – Pelo fato de os gêmeos serem muito próximos, é legal que os pais vejam aos poucos com eles a possibilidade de dormirem cada um em um quarto. Mas essa é uma ideia que deve esperar os 4 ou 5 anos. “Se a casa tiver mais quartos ou um dos irmãos acordar mais à noite, os pais podem separá-los depois dessa idade”, orienta Carmen. Se for um casal, por volta dos 3 anos, quando as crianças tem uma primeira noção das diferenças entre os sexos, a vontade de ter o próprio espaço também pode surgir.

9. Dar bronca nos dois quando estão brigando – É um instinto normal de qualquer mãe que tenha mais de um filho. “O adulto pode interferir quando os dois estão se machucando, mas é bom deixar espaço para os dois resolverem seus conflitos”, diz Carmen.

10. Não dar espaço para a solidão – Por terem ficado fisicamente juntos a gestação toda, os gêmeos costumam sentir falta um do outro. Mas privacidade faz bem também para eles. “É legal, de vez em quando, os pais garantam isso sobretudo se for um desejo da criança. Aí é combinar com o outro que, enquanto o irmão ficar fazendo o que quer, ele não atrapalhe”, sugere Alessia.

Consultoria: Alessia Leone, mãe de Luca e Ana, é especializada em terapia de família e casal e psicóloga do Instituto Nascer; Carmen Alcântara, mãe de Carolina, Luisa e Mariana, é psicóloga clínica e psicanalista.


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