Publicado em 29/06/2017, às 14h56 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
“Compra pra mim?”. Mais cedo ou mais tarde, na loja de brinquedos ou até na farmácia, essa pergunta sempre surge. Nossos colunistas Ana Cardoso e Marcos Piangers aprenderam a lidar com os desejos das filhas de formas diferentes, mas igualmente inspiradoras.
Ana Cardoso – “Criança quer comprar tudo que vê pela frente. Leve duas crianças ao supermercado e treine sua autorregulação. Você tem meditado? Tem ido ao yoga? Agora é a hora de vermos se está funcionando. As minhas agem como se estivessem numa gincana. Pedem tudo. Tento fazer acordos antes. Quando eu cito a palavra mercado, a menor, de 4 anos anos, começa:
-Só se você me der uma coisa.
-Que coisa?
-Não sei. Uma coisa que eu querer (ela ainda falar eu querer ao invés de eu quiser).
Já começa errado. Quem disse que ela está em condições de me chantagear? Como se eu quisesse muito que ela fosse ao mercado comigo e ela não estivesse no clima. Mas, ‘se eu lhe der algo que ela “querer”’, ela toparia meu programa. É incrível a inteligência/habilidade da pessoinha em distorcer os fatos.”
Marcos Piangers – “As crianças não nascem sabendo o valor das coisas. Elas sabem apenas que querem tudo aquilo que seja novo e brilhante e que tenha aparecido na televisão ou que tenham visto na casa dos amiguinhos. Pra comprar um amontoado de plástico por R$ 89,90 eu precisei trabalhar, responder e-mails às três horas da manhã, viajar e ficar longe de você, minha filha. As crianças não sabem de nada disso, e eu tenho certeza que se soubessem não pediriam nada muito caro. Um amigo meu, esses dias, perguntou ao filho o que gostaria de ganhar de aniversário. “Qualquer coisa, pai”, perguntou o filho. “Qualquer coisa, filho?”. Meu amigo trabalhava como um condenado e isso fez dele um homem muito rico. “Então, eu quero um dia inteiro com você, pai”. O pedido de presente mais especial na vida daquele pai.
Vivemos a vida como se vive uma gincana, pagando contas, conhecendo pessoas, organizando a agenda, levando filho pra escola, ligando pra sogra pra ver se ela pode ajudar, colocando desenho na televisão, fica com o tablet agora pro papai poder trabalhar, papai trouxe um presente pra você da viagem. As crianças não sabem por que você tem que trabalhar, sair de casa todo dia, viajar no fim de semana, perder a festa de final de ano. A gente diz que tem que ser assim, um dia você vai entender, e a criança entende o recado. É assim que é a vida. A criança não nasce sabendo o valor das coisas, a gente ensina o valor das coisas pra ela.”
Quer ler mais? Então garanta sua edição de Junho da Pais&Filhos e confira a coluna Ela Diz, Ele Diz na íntegra!
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