Criança

Cris Guerra: “Escrevi tentando entender dois sentimentos opostos e simultâneos vividos pela viúva e mãe que me tornei”

cris Gurra

Publicado em 30/01/2018, às 14h46 por Redação Pais&Filhos


cris GurraPublicitária por formação e escritora por vocação, Cris Guerra, mãe de Francisco, conta como foi escrever um livro para o filho após a morte do marido, o Gui, dois meses antes do menino nascer. As páginas de “Para Francisco” nasceu de um blog onde ela escrevia para ela, para o mundo, mas, principalmente, para o filho sobre o marido que tinha perdido.

Este é o primeiro livro que escreveu? O que fazia antes de ser escritora?

Sou publicitária por formação. Trabalhei 20 anos como redatora e diretora de criação em agências de Belo Horizonte. Já publiquei 4 livros. “Moda Intuitiva”, um não-manual de moda para ajudar as pessoas a encontrarem o seu estilo; “Que ninguém nos ouça”, uma troca de e-mails com a jornalista e escritora mineira Leila Ferreira sobre a vida, o universo feminino, o envelhecimento, as perdas, as dores e o amor; “Mãe”, ilustrado por Anna Cunha, uma crônica sobre a maternidade e “Para Francisco”.

Como surgiu a ideia de escrever “Para Francisco”? Qual é a história do livro?

Um homem tem morte súbita dois meses antes do nascimento do seu único filho, assim nasceu o blog ‘Para Francisco’, cujas principais cartas foram reunidas no livro. Escrevi tentando entender e explicar dois sentimentos opostos e simultâneos vividos pela viúva e mãe que me tornei. Movida pelo amor, pela saudade e pelo sonho de transformar e eternizar. Por uma ânsia de falar para Francisco sobre seu pai, sobre o mundo e sobre mim mesma.

Você lançou a versão ampliada recentemente, o que incluiu?

O livro foi publicado em 2008 e foi um sucesso. Depois disso, continuei postando por 3 ou 4 anos no blog, embora não mais com a mesma frequência. Naturalmente, o luto foi terminando e minha vida foi retomada. Em 2017, a morte do meu marido completou dez anos e, dois meses depois, Francisco também completou dez anos. Achamos que era motivo para uma edição especial contendo mais cartas com uma seleção do que fui escrevendo no blog até 2011. Ao mesmo tempo, comecei a registrar as historinhas engraçadas do Francisco, que chamei de ‘Francisquices’. O livro tem esse conteúdo extra e uma carta final para o Gui fazendo um apanhado desses dez anos.

Como isso te ajudou com relação à saudade?

É um bom exercício de aprendizado com as perdas, o amor e o tempo (tanto para mim, quanto para quem vai ler). Considero que esta edição especial tem um olhar sobre os dez anos de história e sobre o amadurecimento trazido pela perda, bem como a poesia que podemos descobrir sobre a própria vida numa história de morte e nascimento praticamente simultâneos. Mais do que o relato de uma história particular, o livro é um testemunho que pode ajudar muitas pessoas a enxergar os acontecimentos da vida de forma mais positiva a fim de mudar a nossa forma de viver as coisas. É um relato sobre vida, morte, maternidade, amor. Fala de sentimentos e vivências universais.

Com quantos anos você entregou o livro a Francisco? Como ele reagiu?

Ele tem contato com o livro desde os 7, 8 anos. Como ele ouve falar sobre a sua história há bastante tempo, pois sempre conversamos abertamente sobre isso, ele age naturalmente. Ele convive com memórias do pai desde cedo, pessoas da família, amigos contando pra ele um ou outro caso.

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