Criança

Você está acompanhando o calendário de vacinas do seu filho?

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Publicado em 19/12/2017, às 14h42 - Atualizado às 14h42 por Redação Pais&Filhos


vacinaAcompanhar o calendário de vacinas e as campanhas do Ministério da Saúde é a melhor maneira de manter você e seus filhos protegidos. Saiba quais as imunizações essenciais nas diferentes fases da vida:

Manter a caderneta de vacinação dos filhos sempre atualizada não é uma tarefa fácil. É preciso acompanhar de perto para não perder os prazos – são muitas vacinas e doses em idades distintas -, além de ficar atenta às campanhas de vacinação que o Ministério da Saúde realiza periodicamente, além das atualizações do calendário vacinal, que vez ou outra inclui novas formas de imunização. As gestantes também precisam ter cuidado com as vacinas necessárias durante o período, para garantir a sua boa saúde e também a do bebê. “A imunização é um dos melhores mecanismos de proteção de doenças. Só perde para o tratamento de água. Quando um indivíduo se vacina ele não está somente se protegendo, mas a todos que estão em volta”, explica Jessé Reis, filho de Martha e infectologista e diretor da Área de Análises Clínicas do Laboratório Delboni em São Paulo.

No início de março, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação do público-alvo de seis doses que integram o calendário nacional de vacinação. São elas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A. “A hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até cinco anos. Antes, a idade máxima era dois anos. O HPV antes era só para as meninas, agora foram incluídos os meninos de 12 a 13 anos. Outro ganho para os adolescentes é o reforço da vacina meningocócica C, para meninas e meninos entre 12 e 13 anos. É muito importante que os adolescentes façam o reforço porque essa é uma doença muito grave”, afirma Rosana Richtmann, mãe de Caio e Renata e infectologista do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Outra mudança no calendário vacinal foi a ampliação da tetra viral – sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Ela passa a ser administrada para crianças de 15 meses até quatro anos. Antes, a aplicação era feita entre 15 meses e menores de dois anos. “Para as gestantes, a vacina DTPA adulto – difteria, tétano e coqueluche – passa a ser dada a partir da 20ª semana de gravidez, anteriormente era a partir da 27ª semana. O coqueluche era uma doença que parecia controlada há anos, mas vem aparecendo em bebês que ainda não puderam tomar a primeira dose. Por isso a importância da vacinação em grávidas. O ideal é que além da mãe, os demais adultos próximos da gestante também sejam imunizados contra a doença. É a chamada estratégia casulo”, explica Reis. Já as gestantes que perderam a oportunidade de se vacinar devem receber a dose durante o puerpério – até 40 dias após o parto. “A vacina da gestante tem dupla finalidade. Uma é a própria proteção e a outra, que acredito ser a mais importante, é a proteção do bebê na hora do nascimento”, ressalta Rosana. Na vacina tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola – será introduzida a segunda dose para a população de 20 a 29 anos. Anteriormente, era aplicada apenas em pessoas com até 19 anos.

Atualmente, a vacinação obrigatória para gestantes é igual na rede pública e na privada. “São três as vacinas que elas devem tomar: tríplice bacteriana tipo adulto – difteria, tétano e coqueluche –, hepatite B e influenza. A vacina de hepatite B é administrada em três doses e de preferência a partir do segundo semestre da gestação. As mulheres que já foram vacinadas anteriormente não precisam fazer reforço na gestação. É muito segura e o principal efeito adverso é o desconforto local. Já a tríplice bacteriana tipo adulto pode dar um pouco mais de reação, por causa do tétano, dor ou inchaço onde foi aplicada. Pode, eventualmente, também causar febre, dor de cabeça, mas nada que dure mais do que 24 horas. E a última vacina, e uma das mais importantes, que a gestante deve tomar é a da Influenza, que é a da gripe. Ela pode ser prescrita em qualquer mês da gestação e é dose única. No ano passado a cobertura dessa vacina para grávidas não foi tão boa. E em 2017 já há casos de gestantes internadas por causa da influenza. Então é fundamental que as futuras mães se vacinem. As puérperas que não tomaram a vacina durante a gravidez podem se imunizar também”, diz Richtmann.

Há, entretanto, uma diferença entre a vacina de gripe disponível no SUS – Sistema Público de Saúde – e no privado. “No sistema público, a vacina é trivalente e no privado é tetravalente, que possui uma cepa de influenza B a mais. Quem determina a composição da vacina é a OMS – Organização Mundial de Saúde. Se as mães e gestantes puderem ter uma proteção mais ampla, é melhor”, comenta Mônica Levi, mãe da Laura e da Elisa e pediatra do CEDIPI – Clínica Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias e em Imunizações – e presidente da Comissão de Revisão de Calendários e Guias da Sociedade Brasileira Imunizações.

Já a vacina de febre amarela é contraindicada para gestantes. “Ela é composta de vírus vivo atenuado e pode afetar o feto. Mesmo em grávidas que moram em áreas de risco a vacina não deve ser aplicada. É necessário conversar com o ginecologista para avaliação e decisão da melhor forma de se prevenir. E a futura mãe que pensa em ir viajar para alguma dessas áreas, é recomendado que não vá”, explica Isabela Garrido, filha de Maria das Graças e pediatra e assessora médica em imunização do Fleury Medicina e Saúde.

Bebês e Crianças

São 12 as vacinas que fazem parte do calendário nacional de vacinação infantil 2017 (até os 9 anos de idade): BCG – IG contra formas agudas de tuberculose; hepatite B; pentavalente que evita a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções; VIP – vacina inativada poliomielite; VORH – vacina oral de rotavírus humano que imuniza contra a diarréia; Pneumocócica 10 valente que previne contra doenças invasivas e otite média aguda; meningocócica C conjugada protege contra doenças invasivas; SRC – tríplice viral – imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola; hepatite A; SCRV – tetra viral – que combate o sarampo, caxumba, rubéola e varicela; hepatite A; HPV quadrivalente, somente para meninas a partir dos 9 anos, e febre amarela, indicado somente para crianças que residem ou que irão viajar para área endêmica. “O nosso programa de vacinação pública é muito bom. Para quem não tem condições financeiras, fique tranquilo que seus filhos estarão muito bem protegidos”, ressalta Rosana.

De uma maneira geral, todas as vacinas que constam no calendário de vacinação pública são encontradas também na rede particular. “As únicas que estão disponíveis somente em clínicas e laboratórios privados e que devem ser dadas, quando possível, é claro, são as vacinas de meningococo B e a meningococo ACWY”, explica Reis. A vacina ACWY deve ser aplicada inicialmente aos três meses de idade, com três doses no primeiro ano de vida, e reforços aos 12 meses, 5 e 11 anos de idade. Já a meningococo B são quatro doses aos 3, 5 e 7 meses de vida e entre 12 e 15 meses.

Existem também algumas diferenças entre as vacinas da rede particular em relação à pública. “A da rede privada pode apresentar menos efeitos colaterais devido à tecnologia usada na vacina. Outro aspecto é a amplitude de cobertura. Na rede pública, por exemplo, a vacina de pneumococo é contra 10 tipos da bactéria enquanto na privada protege contra 13. E a terceira característica é o número de picadas que a criança leva. Na rede privada você consegue um número de picadas menor. A mãe, se puder, vai preferir”, explica Richtmann.

“A pentavalente brasileira, disponível no sistema público, tem uma composição que é feita com a tríplice – difteria, tétano, coqueluche – de células inteiras, é mais reatogênica e é combinada com a hepatite B e com hemófilos. E a vacina da poliomielite inativada, que é a SALK, é dada em outra picada. Já no privado a criança vai receber uma picada só pois a pentavalente e a hexavalente imunizam também contra poliomielite, além de darem menos reação por serem vacinas acelulares, mais purificadas”, diz Mônica. Atualmente, no sistema público a vacina de poliomielite no primeiro ano de vida é injetável e só nos reforços de 15 meses e de 5 anos que é via oral.

Outra vacina que apresenta uma amplitude maior na rede privada é a de rotavírus, que é pentavalente contra cinco tipos de rotavírus, e a da rede pública é monovalente. “E em termos de tecnologia, a diferença está na tríplice bacteriana, que na rede pública é de células inteiras e na particular é acelular, dando menos reação. Mas a proteção é igual. Outra diferença está nas vacinas da hepatite A e da catapora (varicela). Na rede pública é dada somente uma dose e na rede privada são duas. Então é muito comum os pais darem a primeira dose na rede pública e a segunda dose na privada. Isso acontece e não há problema algum”, afirma Rosana.

A partir de 24 de abril também estará disponível no SUS a vacina da gripe (influenza). Entre o público-alvo estão as crianças a partir de seis meses a menores de cinco anos, grávidas, puérperas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos. “Crianças e adolescentes são os mais acometidos pelo influenza B. É nessa faixa etária que vem ocorrendo o maior número de casos da doença e óbitos. Diferente do H1N1 e do H3N2, onde a incidência maior da doença são os adultos”, reforça Levi.

Em relação à febre amarela, a recomendação atual do Ministério da Saúde é vacinar somente as pessoas, incluindo as crianças, que estão em área de risco, onde aconteceu a infecção do macaco. “Em casos de surtos, as crianças podem ser imunizadas a partir de 6 meses. Quando o habitual é a partir dos 9 meses. E o reforço é feito aos 4 anos. Já quem está fora das áreas de risco não precisa se desesperar e sair correndo atrás da imunização. Mas caso a pessoa vá viajar para esses locais, aí sim ela precisa ser vacinada com 10 dias de antecedência da viagem”, comenta Isabela. No calendário da criança a vacina de dengue é contraindicada em menores de 9 anos por não ter uma proteção adequada e ter efeito colateral.

Efeitos colaterais

De um modo geral, os principais efeitos colaterais das vacinas são bem parecidos. “Febre, irritação, falta de apetite, vermelhidão e endurecimento no local da aplicação. É uma reação inflamatória do próprio organismo que indica que ele está reagindo àquele estímulo. E em algumas crianças, cerca de 10 a 15%, esses efeitos demoram mais tempo para desaparecer”, diz o infectologista do laboratório Delboni. Com exceção da vacina de meningite meningocócica do tipo B que é bastante dolorida. “Nos estudos pré-licenciamento constatou-se que 40 a 50% dos vacinados tem reação. Por isso, muitas vezes, já recomendamos que os pais deem um remédio preventivo para dores e febre, principalmente no caso de bebês”, ressalta Mônica.

Tipos de Vacinas

São dois os principais tipos de vacinas para gestante e mães: as de vírus vivos atenuados e as chamadas vacinas de agentes mortos ou inativados. “A vacina de vírus vivo atenuado é composta por um vírus que foi enfraquecido e ele consegue acionar o sistema de defesa do nosso organismo, mas não provoca a doença. Como exemplo podemos citar a da febre amarela, tetra viral – sarampo, caxumba, rubéola e varicela -, a poliomielite oral e a BCG que é contra a tuberculose. Já as vacinas inativadas são feitas usando um pedaço do vírus ou bactéria ou eles completamente inativos. Como exemplo podemos citar a vacina da coqueluche e da influenza. A principal diferença entre os dois tipos é que as vacinas de vírus vivos atenuados não devem ser aplicadas durante a gestação, enquanto que as inativadas podem”, explica Otávio Cintra, diretor médico de vacinas da GSK Brasil e infectologista pediátrico, pai da Rachel, do Guilherme e do Luis.

Calendário de Vacinação 2017 da Criança – Rede Pública

Idade

Vacinas

Doses

Doenças Evitadas

Ao nascer
 BCG – ID

Dose única

Formas graves de tuberculose

 Ao nascer
 Hepatite B

Dose

Hepatite B

2 meses

Pentavalente (DTP + HB + Hib)

1ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.

2 meses

VIP (vacina inativada poliomielite)

1ª dose

Poliomielite (paralisia infantil)

2 meses

VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)

1ª dose

Diarreia por Rotavírus

2 meses

Pneumocócica 10 (valente)

1ª dose

 Doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.
3 meses
Meningocócica C (conjugada)
 1ª dose
Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C.
4 meses
Pentavalente (DTP + HB + Hib)

2ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
4 meses
VIP (vacina inativada poliomielite)
2ª dose
 Poliomielite (paralisia infantil)
4 meses
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)

2ª dose

 Diarreia por Rotavírus
4 meses
Pneumocócica 10 valente

2 ª dose

Doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.

5 meses

Meningocócica C (conjugada)

2ª dose

Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C.
6 meses
Pentavalente (DTP + HB + Hib)

3ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
6 meses
VIP (vacina inativada poliomielite)

3ª dose

 Poliomielite (paralisia infantil)

9 meses

Febre amarela (viajantes para área com recomendação de vacinação)

Dose Inicial

Febre amarela

12 meses
SRC (tríplice viral)
1ª dose
Sarampo, caxumba e rubéola.
12 meses
Pneumocócica 10 valente

Reforço

Contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.
12 meses

Meningocócica C (conjugada)

Reforço
Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C.
15 meses
DTP (tríplice bacteriana).
1º reforço
Difteria, tétano e coqueluche
15 meses
SCRV (tetra viral)
Dose única
 Sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
4 anos
DTP (tríplice bacteriana).
2º reforço
Difteria, tétano e coqueluche
4 anos
 VOP (vacina oral poliomielite)
2º reforço
 Poliomielite (paralisia infantil)
4 anosFebre amarela (viajantes para área com recomendação de vacinação)

Reforço

Febre amarela

9 anos (meninas)HPV quadrivalente2 dosesInfecções pelo Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18.

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