Publicado em 29/11/2018, às 12h12 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h41 por Nathália Martins, Filha de Sueli e Josias
Uma mãe sueca contou a história de sua filha de três anos que teve a perna esquerda amputada, e como a garota ensinou que não há vergonha em ser diferente.
Os pais de Penny Lundin, foram informados de que seu bebê teria hemimelia fibular logo no exame de 20 semanas. A condição rara, que é estimada em um em cada 25.000 nascimentos, é uma ausência parcial ou total do osso da fíbula na panturrilha.
Angélica e Mikael tomaram a dolorosa decisão de amputar a perna esquerda da filha porque a perna e o tornozelo estavam muito fracos para se desenvolverem ou para passar por tratamento de alongamento ósseo. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, ela disse que “foi uma das decisões mais difíceis que já tomamos no início. Mas quanto mais eu lia sobre o assunto e falava com outras famílias, mais me tive certeza da decisão”.
Mas a bebê, que tinha apenas 13 meses de idade quando teve a perna amputada, inspirou seus pais depois da operação e grande mudança de vida. Oito semanas após a cirurgia, Penny já estava de pé e andando. Atualmente ela joga futebol, tem aulas de dança e faz natação com a pena de prótese.
Ainda comentando sobre a filha, Angélica disse que “ela nasceu uma criança feliz, temos a certeza de incentivá-la a acreditar em si mesma todos os dias, mas ela nos ensinou mais sobre a vida do que jamais poderíamos”.
“Ela me ensinou a não ter vergonha, que ser diferente é uma coisa boa e que a positividade vem de um ambiente seguro e de uma família amorosa”.
Hemimelia fibular
Na maioria dos casos, não se sabe por que a condição de nascença acontece. Mas acredita-se que seja causado por algo do início da formação do membro referente à ordem de ativação dos genes que formam a perna. O tratamento depende da gravidade do caso, com amputação para casos em que o pé não forma sendo a opção recomendada.
A mãe espera ajudar outros pais e famílias afetados por essa condição ao compartilhar a história de Penny. “Meu objetivo é educar e responder à todas as perguntas que recebo de famílias em situações semelhantes em que estávamos. Também acho muito importante mostrar a eles que Penny perdeu em um pé que conquistou em independência”.
Seu conselho para outras famílias que estão passando pela mesma coisa é: “Tente aprender o máximo que puder para o seu próprio bem, mas também para poder responder a todas as perguntas do seu filho ou filha. É exatamente por isso que quero compartilhar a história de Penny com o mundo e ser capaz de difundir a consciência da hemimelia fibular e dos amputados”.
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