Criança

O fator medo

Imagem O fator medo

Publicado em 09/08/2013, às 16h38 - Atualizado em 20/01/2021, às 14h21 por Redação Pais&Filhos


Julian Siegel, de 3 anos, sempre adorou banhos demorados na banheira, mas de repente começou a insistir em tomar banho de chuveiro. “Ele nos disse que ele estava com medo da banheira”, diz sua mãe, Sarah, da cidade de Nova Iorque. “Quando Julian não consegue ver o fundo da banheira, ele teme ser muito profundo ou cheio de monstros”.

Nesta idade, a mente criativa das crianças pode revelar temores antes não experimentados. “A imaginação da criança no pré-escolar está florescendo, e muitas vezes ele pode inventar algumas explicações assustadoras para as coisas que ele não tem certeza”, explica Tamar Chansky, Ph.D, autor de “Frreing your Child From Anxiety” (Libertando seu filho da ansiedade). Especialistas explicam algumas das coisas comuns que podem tornar as crianças ansiosas – e oferecer maneiras de acalmar a se preocupar.

Reconhecendo preocupações

A criança pré-escolar está descobrindo o mundo, portanto sua cabeça percebe milhares de coisas fascinantes para descobrir, mas a mente nesse momento também está repleta de cenários. Seu filho pode estar com medo do escuro, porque ele não pode ver o que está ao seu redor, então ele cria a certeza de que algo ameaçador está à espreita nas proximidades. O desconhecido também cria um sentimento assustador na criança. “O medo acontece no intervalo entre a exposição a algo novo e no entendimento de como aquilo funciona”, diz o Dr. Chansky. É por isso também que sua ansiedade acontece ao ouvir ruídos repentinos. Ele se assusta demais com fogos de artifício, por exemplo.

Crianças com idades entre 3 e 4 anos podem ter dificuldade em distinguir fantasia de realidade, um livro sobre dragões pode levar a preocupação que os monstros cuspidores de fogo estão por trás da porta do armário.

Por fim, crianças dessa idade começam a compreender símbolos, então uma aranha que Seu filho também está começando a compreender os símbolos, por isso uma aranha pode significar algo temível, pois ele associa aos símbolos do Dia das Bruxas. Ele pode ter dificuldade para entender que as coisas assustadoras que ele vê ou ouve falar não vai necessariamente acontecer a ele ou a alguém que ele ama, explica a psicóloga clínica Tracy Moran, Pd.D, professor do Instituto Erikson, em Chicago.

Detectando os sinais

Enquanto algumas crianças podem dizer: “isso me assusta”, ou “eu não quero fazer isso”, outros são menos suscetíveis de possuir as competências linguísticas para expressar seus medos. Em vez disso, sua ansiedade pode aparecer como agitação, mau humor e irritabilidade, diz Ira Glovinsky, PhD, um psicólogo infantil em West Bloomfield, Michigan.

Às vezes, mal-estar também assume a forma de dores de cabeça ou dores de estômago. Se o seu filho se queixa de desconforto, é uma boa ideia levá-lo ao pediatra, para avaliar o que é (ou não) problemas físicos. “Se as dores acontecem juntamente a eventos específicos, pode ser que você tenha algum dinal de ansiedade”, diz o Dr. Moran.

Passo a passo

Às vezes é tentador e a gente deseja fazer nossos filhos encararem seus medos de uma só vez, mas, acredite, isso pode fazer com que ele cresça ainda mais. Em vez disso, o recomendado é que os pais ajudem os filhos a lidar com o medo de modo gradual. Por exemplo, se o seu filho está com medo de cachorro, coloque-o distante para olhar o animal, depois vá o aproximando: um dia com ele nos ombros, outro no colo… Deixe que ele dê “tchauzinho” e converse com o cachorro, até que ele se sinta mais seguro. Talvez seja legal você conversar sobre isso com a criança, mas nunca negar aquele medo. Lembre-se: para seu filho, aquilo é real.

Foco na diversão

Abordagens lúdicas e brincadeiras divertidas podem reduzir a ansiedade da criança. Se seu filho tem medo do escuro, por exemplo, conte histórias para ele no escuro com lanternas, crie brincadeiras de caça aos monstros, compre aquelas luminárias divertidas para deixar no quarto, desenhe monstros divertidos e bobos. Tudo isso pode ajudar a criança a sentir-se mais confiante e menos temerosa, explica Dr. Chansy.

Ajudá-lo a relaxar

Aos 4 anos, as crianças têm a paciência e a consciência corporal para a prática de exercícios de respiração profunda. “Eu ensino às crianças a deitar sobre suas costas, apertar os olhos, levante os ombros até os ouvidos, a respirar e expirar e, finalmente, relaxar”, diz o Dr. Glovinsky.

Ajude o seu filho a praticar esta técnica – e outras de relaxamento. Os movimentos e a respiração podem ajudar a acalmar a criança e a espantar os medos mais profundos.


Palavras-chave
Comportamento

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