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Round 6: Vereadores brasileiros criam petição para Netflix tirar série do catálogo

Round 6 é o mais novo sucesso da Netflix - Reprodução/ Netflix
Reprodução/ Netflix

Publicado em 04/11/2021, às 05h30 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


Um grupo de vereadores brasileiros está se organizando para pedir formalmente que a Netflixretire ‘Round 6’ de seu catálogo. O seriado foi lançado em setembro deste ano e já é uma das série mais assistidas de todo o streaming. Contudo, mesmo com a classificação indicativa de 16 anos e aviso sobre o teor violento dos episódios, muitas famílias vem enfrentando problemas depois que crianças passaram a assistir a série.

O caso está se desenrolando em Santa Catarina, conforme informações divulgadas pelo portal RD1. Na cidade de Içara, este grupo de vereadores está justamente alegando que este conteúdo violento pode afetar diretamente a saúde mental dos jovens.

Round 6 é o mais novo sucesso da Netflix
Round 6 é o mais novo sucesso da Netflix (Foto: Reprodução/ Netflix)

Edson Freitas foi o autor da medida, aprovada em 20 de outubro. Contudo, o grupo ainda não recebeu resposta da plataforma. Em seu pedido formal, o vereador alega:

“O conteúdo da série contém violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos e cenas de sexo, utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final”.

E, por causa disso, finaliza, “Há preocupação com esse tipo de série violenta que mistura brincadeira de crianças com crimes bárbaros. Além da facilidade com que as crianças acessam esse material, existe o impacto que este pode ter sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, especialmente daqueles que já se encontram, por algum motivo, fragilizados”.

Como conversar com as crianças sobre ‘Round 6’?

“Batatinha frita, 1, 2, 3…”. Com certeza você já ouviu essa frase que dominou as redes sociais e conversas nos últimos dias. A expressão marcou uma cena icônica da série sul-coreana Round 6, que foi lançada na plataforma de streaming Netflix no dia 17 de setembro e vem dando o que falar. O sucesso da produção é tão grande que ela está no Top 10 das mais assistidas pelos assinantes brasileiros do streaming desde então.

A história mostra um grupo de adultos com problemas financeiros que se envolve em uma espécie de jogo, que competem pelo prêmio calculado no valor de US$ 39 milhões. Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que Round 6 tem classificação indicativa de 16 anos na Netflix. Ainda assim, ela vem sendo tema entre as crianças nas escolas e redes sociais como Instagram e TikTok.

O seriado gerou polêmica
O seriado gerou polêmica (Foto: Reprodução/ Netflix)

Roberta Bento, especialista em educação e neurociência cognitiva, fundadora do SOS Educação e mãe de Taís, defende que essa é uma boa forma de explicar à criança o motivo da proibição. “Para pertencer ao grupo, ele não precisa fazer tudo que o grupo faz. Não temos como controlar tudo o que o nosso filho faz, mas nós temos o poder de influenciar o que nosso filho vai fazer. O sentimento de estar fazendo uma coisa contrária ao que foi proposto pela mãe não o deixa relaxado”.

“A gente tem a sensação de que amar é falar sim, mas amar também é falar não. Com a pandemia, acabamos naturalizando o impacto do uso de telas na educação das crianças. A gente foi perdendo a noção e o critério do que pode ou não pode na tentativa de dizer sim por amor. A autonomia dada pelos pais deve estar de acordo com a idade dos filhos. Não podemos confundir autonomia com negligência. O canal de comunicação deve estar aberto, mas o poder de decisão é dos pais“, afirma Vanessa Abdo, doutora em psicologia e CEO do Mamis na Madrugada, mãe de Laura e Rafael.

“O maior medo dos pais é de desagradar os filhos. É importante que todos sejam ouvidos, como em uma democracia, mas quem diz sim ou não são os pais”, completa Beto Bigatti, do @pai_mala. Por isso, caso seu filho insista em querer assistir à série, seja firme e diga não. Proibir também é cuidar e demonstra preocupação com a criança. “Pai pode falar não. A palavra “não” pode e deve fazer parte da educação dos filhos”, ressalta Taís Bento, que também é especialista em educação e neurociência cognitiva e fundadora do SOS Educação, ao lado da mãe, Roberta.

Por outro lado, as especialistas defendem que o fato de falar sobre a série, caso seu filho traga esse assunto para dentro de casa, não deve ser proibido. “Não proíba o assunto dentro de sua casa porque você precisa ouvir o que ele está falando e com quem ele está falando. É do seu filho dentro de casa que você precisa cuidar. Não perca o seu tempo pensando no que a Netlix pode ou não colocar na plataforma. É responsabilidade nossa. Nós adultos somos a fonte mais segura de devolução para eles”, diz Roberta.


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