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Parar para pensar antes dos 6 anos não funciona

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Publicado em 05/06/2013, às 12h24 - Atualizado em 08/10/2020, às 13h43 por Redação Pais&Filhos


Na edição de julho da Pais & Filhos, já nas bancas, levantamos a questão: colocar a criança para pensar no que fez de errado é eficaz como castigo? Os especialistas confirmam o que muitos pais já perceberam na prática: antes dos 6 anos, a “técnica” é ineficaz. E o pior mesmo é que acabamos associando dois termos que não combinam, pensar e castigo. Pensar é bom, deve ser prazer, nunca punição. A advogada Ana Paula Tredesini Barbieri, mãe de Gael e Pablo, conta como consegue que seus filhos se comportem. Cara feia, para eles não é fome, não. É mãe determinada. Funciona. Quer ver?

(Foto: Getty Images)

Confira a reportagem Castigo pra pensar? Nem Pensar! na Pais & Filhos de julho, já nas bancas

Você costuma colocar seus filhos de castigo?

O Pablo, que tem apenas 1 ano e 2 meses, nunca ficou de castigo, não tem nem idade para entender o que está acontecendo, nem o motivo.  O Gael, que já tem 5 anos e 10 meses, ficou de castigo poucas vezes e quando ficou foi por pouco tempo.

Você e seu marido adotaram aquela história de cantinho do castigo, onde a criança fica “pensando” por alguns minutos? 

Não falamos para ficar pensando, apenas falamos para ele ir para o quarto até mandarmos sair. E nesse tempo ele não pode brincar. Tem um canto no quarto que ele mesmo se coloca lá quando está chateado. Mas não é o cantinho do castigo, jamais o chamamos assim.  É um “refúgio” que ele mesmo adotou se, por algum motivo, fica magoado.  Já espiamos e vimos que, quando ele fala sozinho, brincando com sua imaginação. Achamos até bonitinho e procuramos respeitar quando ele tem necessidade dessa privacidade, desse momento só dele. Apenas não permitimos que feche a porta, pois isso ele já fez.

Você acha que o castigo funciona? 

Deixamos o Gael de castigo poucas vezes até hoje, acredito que menos de cinco. Notamos que conversar é mais eficaz. Demanda também mais paciência e tempo, mas acredito que surte mais efeito. Explicamos por que aquilo que ele fez não foi legal, por exemplo, porque é perigoso, pode machucar o irmão que é bem menor etc. O castigo no estilo colocar a criança isolada no canto não me agrada e percebo que só o magoa e o faz chorar. Já a conversa faz com que ele dialogue e normalmente parte dele mesmo dizer que não vai mais fazer e pedir desculpas.

Como você mostra aos seus filhos que estão fazendo algo errado?

Inicialmente chamo a atenção com tom de voz mais firme e alto que o normal, para deixar claro que não gostei, que aquilo não é legal. Então procuro explicar o motivo.

Há alguma diferença entre fazer isso com o Gael e com o Pablo?

Há bastante diferença, pois o Gael, com quase 6 anos, já entende muita coisa, é capaz de manter um diálogo e até mesmo de argumentar. Veja, não disse responder, pois isso eu repreendo se estamos no meio de uma “lição”. Com o Pablo, que tem apenas 1 ano e 2 meses, eu já uso o tom de voz mais firme e mais alto para chamar a atenção. Sei que ele entende, pois reage quando se sente contrariado. Mas ainda não é possível conversar e explicar o motivo pelo qual aquilo que fez não deve se repetir. Pablo ainda é muito pequeno para isso.

Você acha bacana mandar a criança “pensar”?

Não, tanto que nunca fiz isso com Gael, o mais velho, e certamente não farei com Pablo.

Você tem alguma história de castigo que funciona?

O Gael gosta muito de brincar na pracinha perto de casa, gosta que a gente conte histórias, para citar alguns exemplos. Já notei que ameaçá-lo de ficar sem ou deixá-lo temporariamente sem alguma dessas atividades surte mais efeito do que deixá-lo de castigo.


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