Publicado em 21/01/2021, às 07h40 - Atualizado em 23/03/2021, às 15h01 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Com um ano cheio de desafios, 2020 chegou trazendo bastante impacto e mudanças de comportamento na vida de diversas famílias. Com a birra, não foi diferente. Durante a pandemia, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informou que as crianças apresentaram alterações emocionais, que também podem ser refletidas na saúde física.
Segundo pesquisas, foi possível notar que as crianças passaram a ter oscilações de humor com maior frequência, passando de felizes e ativas para taciturnas e retraídas. De acordo com 75% dos médicos, o problema vem acompanhado ainda de irritabilidade, ansiedade, depressão, agitação, insônia, agressividade, aumento de apetite, tristeza, entre outros.
Outro ponto relevante a ser considerado, foi a ausência da convivência com outras crianças, principalmente na escola, além do aumento de 54% de divórcios com o início da pandemia. De acordo com Karla Mendonça, neurocientista e especialista em sono dos bebês, birra, brigas de irmãos e inteligência emocional, a partir de todo esse cenário, que já dura mais de oito meses, é possível esperar que as crianças façam birra.
“As birras nada mais são do que uma reação daquilo que as crianças estão sentindo e pensando. O maior erro e o mais comum dos pais e cuidadores é de punir ou recompensar o comportamento”, explica. Para entender a birra, é preciso se abrir e dar atenção aos sentimentosda criança durante esse momento, e não ao comportamento em si.
A especialista comenta ainda que focar apenas no comportamento final, punir ou recompensá-las pela atitude pode trazer consequências negativas ao desenvolvimento. “Pense que seu filho ou filha quer ser compreendido, e não sabe expressar seus sentimentos e emoções, e dessa forma, agem por impulso fazendo birra”, comenta.
É preciso que os pais cuidem de suas emoções, comportamentos e ambiente familiar, para poder ajudar a criança a lidar com as frustrações e as emoções. O momento atual é de estresse e muitas adaptações. É comum que as birras dos pequenos cheguem durante esse momento de estresse, principalmente se junto vem o divórcio, a chegada de um irmãozinho, mudança de casa, e outras. Por isso, é importante saber os fatores que levaram ao comportamento do pequeno, pois os sentimentos que ele tem em relação aos pais ou a uma situação específica, pode estar precisando de atenção e a maneira que ele vai encontrar de pedir essa atenção é através das birras”.
O primeiro passo é compreender os sentimentos da criança e entender o que levou ela a ter esse tipo de comportamento. “Saber que as crianças sentem insegurança e estão vivendo uma rotina imposta, na qual está sendo difícil adaptação, é o começo de tudo”.
A gente sabe que ficar em casa sem poder sair e socializar não é uma tarefa fácil, tanto para os pais como para os filhos. Mas, criar horários e atividades que contribuam para as tarefas domésticas e novos aprendizados pode ser uma opção. “Isso pode amenizar o impacto negativo da pandemia sobre a saúde emocional dos pequenos”.
Com dicas de ouro, Karla Mendonça cita algumas ideias para amenizar as birras durante a pandemia:
A rotina de home office não significa necessariamente dar mais tempo de qualidade para as crianças, mas com organização é possível fazer dar certo. “Organize sua agenda e seu horário de trabalho tentando priorizar os momentos com os pequenos. Você pode deixar o período da manhã para as atividades tranquilas e se dedicar mais aos filhos. Assim, durante a tarde, quando estiver focada no trabalho, seus filhos já estarão menos ansiosos por sua atenção e você conseguirá se dedicar melhor às atividades que exigem mais concentração, por exemplo”.
Enquanto estiver com as crianças, é fundamental evitar celulares, tablets e televisão. Tente substituir por atividades como jogos de tabuleiro, pinturas e brincadeiras antigas, que além de tudo, também auxiliam para um desenvolvimento infantil mais saudável.
Mesmo em casa, é superimportante ter uma rotina e cumprir com as principais atividades como, por exemplo, a hora de brincar, refeições, sono, horários de estudar, entre outros. “Isso vai equilibrar a vida dos pequenos e diminuir a ansiedade das crianças por ficar muito tempo em casa. A rotina deixa as crianças mais seguras e tranquilas”, explica.
Além disso, é fundamental estarmos bem, pois quando estamos tranquilos e harmoniosos também transmitimos esses sentimentos às crianças. “Use músicas tranquilas para relaxar, mantenha a casa arejada e com luz natural durante o dia, isso faz com que o ambiente fique mais harmonioso e também tranquiliza os pequenos”, conclui.
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