Família

Como uma barriga de aluguel rendeu uma história incrível

Teté Ribeiro com as filhas Cecília e Rita - Renato Parada
Renato Parada

Publicado em 20/07/2016, às 13h52 - Atualizado em 27/07/2016, às 15h05 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice


Depois de sete anos de tentativas sem sucesso de engravidar, a jornalista Teté Ribeiro e o marido Sérgio D’ávila decidiram que iam parar de tentar pelos métodos naturais e, em janeiro de 2013, tomaram duas iniciativas: entraram na fila da adoção e tentar uma barriga de aluguel. A segunda tentativa foi duplamente certeira! Em março do mesmo, as gêmeas Cecília e Rita já estavam se desenvolvendo em uma barriga de aluguel na Índia. Sim, tudo muito novo! Teté resolveu contar toda essa experiência no livro “Minhas duas meninas”, lançado em julho. Batemos um papo com a jornalista, que nos contou mais curiosidades.

Pais&Filhos: Por que Índia? É por que o processo é legalizado ou você gosta do país por outros motivos?
Teté Ribeiro: Foi uma escolha casual. Caiu no meu gosto pessoal, mas não foi por nenhuma razão espiritual. O sistema é legalizado e sistematizado lá. Então, você sabe como recorrer as coisas que você quer. Fora isso, eu também tinha contato com a clínica especifica (que o processo foi feito) porque saiu uma matéria na Folha de S.Paulo e a repórter me passou o e-mail de uma médica.

P&F: Como você tomou a decisão da barriga de aluguel?
TR: Passei sete anos tentando engravidar e percebi que esse processo estava ficando longo demais. Foi uma decisão de reveillón de 2012 para 2013 parar de tentar engravidar e partir para outros métodos. No começo de fevereiro, entrei em contato com a médica e também na fila da adoção. No final de março, eu e meu marido fizemos a primeira e única tentativa, que foi duplamente bem sucedida. Se não tivesse dado certo, não teríamos feito outra.

P&F: Qual é o seu objetivo compartilhando essa experiência no livro?
TR: A história despertou muita curiosidade quando comecei a contar e até hoje em dia. É um assunto muito novo. Meu lado jornalista viu que isso renderia uma boa história. Pelo lado mãe, eu quis ser narradora dessa história para contar em primeira mão para minhas filhas. Espero que muitas pessoas leiam, mas ela são minhas leitores principais. Espero que daqui 10, 15 anos quando tiverem mais vontade de conhecer a própria história, leiam o livro para saciar as dúvidas.

P&F: Você disse que não teve muito controle da gestação, obviamente, mas como é sua relação com as meninas hoje? Elas estão com dois ano e meio, né? Como você e o pai delas se dividem nos cuidados?
TR: Eu fico mais tempo com elas por condições de trabalho, mas o pai é mais controlador. Ele que manda Whatsapp pro médico a cada primeira tosse ou vermelhinho que aparece na pele. Eu tendo a ser um pouco mais relaxada em relação às coisas que acontecem. Eu acho que nem tudo é grave e é assustado com essas coisas. O contato dele com o pediatra é mais frequente que o meu. Ele que marca vacinas e consultas.

P&F: Além da barriga de aluguel, o livro você também fala sobre a sua geração, que não teve a mãe como melhor amiga e que isso te deixou um pouco confusa… 
TR: Minha geração descolou um pouco das tradições e ficou um pouco solta na vida, sem muito modelo. Isso nos tornou espíritos livres. Vejo que muitas pessoas da minha geração tem a cabeça muito aberta, mas, ao mesmo isso nos deixou um pouco sem referência, sem parâmetro. Isso é bom para muitas coisas, mas ruim para outras.

P&F: Agora que você é mãe, como você vê essa questão? Você quer ser a melhor amiga das suas filhas? 
TR: Eu espero que não seja a melhor amiga das minhas filhas. Acho isso pouco triste. Espero que elas tenham melhores amigas, mas que não me vejam só como uma figura materna. Espero que tenha amizade, um pouco mais de abertura que eu tive com a minha mãe, mas que isso seja natural e que não fique nublada a fronteira de quem são elas na minha vida e quem eu sou na vida delas.  Eu pretendo ser mãe, não melhor amiga. Mas uma mãe com relação de amizade e de companheirismo.

livro edit

P&F: A gente acredita que família é tudo. E você?
TR: Família não é tudo. Família é uma boa parte e com muita sorte uma parte boa, mas falta coisas no meu tudo. Eu não seria tão tranquila em relação às escolhas da minha vida se eu tivesse só me dedicado à família. Porque eu me dedico a mim, ao meu trabalho e aos meu amigos que eu posso ter uma relação saudável com as minhas filhas.

P&F: É verdade que você ainda fala com a mulher que gerou suas filhas? Como é essa relação?
TR:
É tranquila. Ela tem uma curiosidade natural de ver o crescimento delas. É uma relação de afeto, mas um pouco complicado porque ela não fala inglês. Nos falamos por um celular da família dela. Parece um pouco uma relação de tia. Sei que ela tem mais curiosidade a respeito das meninas do que a mim.

P&F: E a história vai virar livro! Como se sente? Como anda a produção?
TR: Ainda não começou a produção. Por enquanto, os direitos foram comprados pelo Rodrigo Teixeira, que é produtor brasileiro. É ele quem está pensando em transformar o livro em roteiro. Mas, na brincadeira, eu fico imaginando e sonhando um pouco quais serão os atores.


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