Publicado em 16/08/2013, às 08h30 - Atualizado em 24/06/2015, às 13h33 por Redação Pais&Filhos
Uma pesquisa inédita americana realizada por economistas da Universidade de Harvad e da Califórnia estudou a crise da baixa mobilidade social que ocorre nos Estados Unidos. O resultado é surpreendente: de acordo com os estudiosos, é preciso investir em crianças para recuperar seu poder. Ao investir na infância, ficará mais fácil para as pessoas, não importa a origem, conseguirá realizar a mobilidade.
A Europa tem mobilidade social mais bem sucedida que nos Estados Unidos, e isso é provado há mais de uma década. Mas, como houve algumas rejeições à comparação feita entre os países de diferenças territoriais e populacionais bruscas. Por isso, estudaram a comparação entre Canadá e Austrália com os Estados Unidos e o que eles perceberam é que os canadenses e australianos tem duas vezes mais possibilidade de acender socialmente que os americanos. A correlação mais importante no estudo de Harvard e Califórnia está no capital social: cidades com famílias com vínculos consistentes, grupos de apoio cívico e voltadas para serviços comunitários têm desempenho melhor em mobilidade social.
Um dos exemplos dado pelo estudo é a cidade de Salt Lake City dominada pelos mórmons, com nível de mobilidade social e econômica comparado ao da Dinamarca. Neste mesmo pensamento, os Estados Unidos tem desempenho medíocre, já que possui muito mais famílias desfeitas que no Canadá e Austrália.
Cidades onde encontramos áreas segregadas onde os pobres vivem muito distantes da classe média apresentam situação pior do que aquelas onde há convivência maior entre classes sociais.
Um último fator que explica a baixa mobilidade: as políticas públicas.
No geral, os EUA aplicam rios de dinheiro na educação, mas a maior parte do dinheiro vai para o ensino superior ou é direcionada para os já favorecidos em vários aspectos. O país gasta bem menos em educação e no bem-estar dos pobres, especialmente de crianças, do que qualquer outra nação rica.
O artigo foi publicado pelo jornal The Washington Post e traduzido para O Estado de S. Paulo
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