Família

Filha de paciente morta após confusão em hospital diz que mãe receberia alta essa semana

Eles estavam aguardando para serem atendidos na unidade de saúde - Reprodução/Google Street View
Reprodução/Google Street View

Publicado em 17/07/2023, às 11h09 por Mayara Neudl, Estagiária | Filha de Lidia e Rogerio


A auxiliar de serviços gerais de 52 anos, Elaine Marques, filha da paciente idosa, de 82 anos, que faleceu durante a confusão causada por pai e filha no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, havia recebido previsão de alta para essa semana, após ela ficar internada por 15 dias na unidade de saúde no bairro de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Arlene Marques da Silva estava na Sala Vermelha da unidade de saúde que foi invadida por André Luiz do Nascimento Soares e a filha dele, Samara, na madrugada do domingo, 16 de julho.

Segundo Elaine, o homem pediu para ser socorrido por conta de um corte no dedo, e fingiu que estava armado quando a única médica plantonista não pôde atendê-lo.

Ela disse ao Extra, que a única médica que estava atendendo a mãe foi a que foi agredida por André. “Minha mãe quando viu aquilo começou a passar mal na cama e não pôde ser atendida porque estavam socando a cara da médica”, relatou.

Pai e filha foram presos em hospital no Rio de Janeiro
Além de depredarem o local, os dois teriam assustado pacientes em estado grave e o pai agrediu uma médica (Foto: Reprodução/Instagram)

“Um paciente com bolsa de colostomia correu e se escondeu no banheiro. Foi o que me contaram”, contou Elaine. A filha afirmou que a família da idosa está sofrendo muito. Arlene tinha oito filhos e 38 netos e bisnetos.

A auxiliar de serviços gerais ainda falou sobre a mãe: “A gente é muito apaixonado pela minha mãe. Ela já estava se recuperando. Não deu para socorrer. Foi o susto. Acredito que foi isso que causou a morte dela. Só quero justiça”.

O aniversário de Arlene foi dia 5 de maio e reuniu toda a família. Na manhã do dia 2 de julho, com um mal estar em casa, no bairro de Vaz Lobo, no Rio de Janeiro, fez com que os familiares a levassem para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Irajá e, devido a um princípio de infarto, ela foi transferida para um hospital. Segundo Elaine, o quadro dela estava evoluindo bem.

Pai e filha foram presos

A confusão no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, no bairro de Irajá na Zona Norte do Rio de Janeiro, causou a prisão de André Luiz do Nascimento Soares, de 48 anos, e sua filha, Samara Kiffini do Nascimento Soares, de 23.

O problema foi o tempo de espera para ser atendido na unidade de saúde. O pai e Samara estavam no local desde as 03h30 da manhã, quando André deu entrada com um leve machucado na mão esquerda. Porém, foram informados que precisariam aguardar, já que haviam pacientes em estado de emergência que precisavam de atendimento.

Irritados, os dois depredaram a sala, quebrando os vidros das janelas e portas. Segundo o Extra, eles já chegaram alterados ao hospital.

O pai e a filha também invadiram o local destinado para atender pessoas em estado grave, a Sala Vermelha. No local, assustaram pacientes diagnosticados com infarto e André deu um soco na boca de uma médica plantonista.

A profissional de saúde teve um corte interno e precisou levar cinco pontos. Uma senhora de 82 anos em estado gravíssimo, veio a falecer em meio ao tumulto. Ela precisava de observação e acabou entrando em uma parada cardiorrespiratória, que a equipe médica tentou reverter, mas sem sucesso.

Ao Extra, a Secretaria municipal de Saúde (SMS), emitiu uma nota de repúdio se referindo ao acontecido como “atos lamentáveis” e afirmando que “todas as emergências da cidade atendem por classificação de risco, com prioridade absoluta aos pacientes com quadros de maior gravidade”. Ainda ressaltaram que “casos de menor risco são atendidos na sequência ou encaminhados a outros serviços”.

Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
A Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro emitiu uma nota para falar sobre o acontecido (Foto: Reprodução/Twitter)

Ao G1, o advogado de defesa Cláudio Rodrigues afirmou que o atendimento na unidade é precário, “com apenas uma médica e pouquíssimas enfermeiras” e que acusar André e Samara de homicídio “é forçoso demais”. E ainda que o homem e a filha “estavam naquela unidade desesperados por um atendimento que não alcança”.

A 27ª Delegacia de Polícia da Vila da Penha no Rio de Janeiro, está encarregada da investigação. Enquanto a Polícia Civil liga o óbito da paciente ao caso, a Secretaria municipal de Saúde afirmou que a morte foi constatada uma hora após Samara e seu pai darem entrada na unidade de saúde.


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