Família

“Nunca antes estivemos tão sozinhas para criar nossos filhos”, afirma Laura Gutman

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Publicado em 16/06/2017, às 12h12 - Atualizado às 13h49 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo


Durante nosso 3º Seminário Internacional, a psicopedagoga argentina Laura Gutman, escritora e mãe de três filhos, deu o seguinte recado para as mulheres: procurem suas comunidades, formem redes. Nunca antes na história do mundo estivemos tão sozinhas para criar os filhos. “É preciso uma vila inteira para educar as crianças”, lembrou. De fato, antigamente a palavra família abrangia todas as pessoas de “mesmo sangue”. Pais, avós, tios, primos, até primos de segundo grau, eram pessoas próximas que influenciavam nossa vida e forma de pensar. Hoje até no dicionário esse conceito passou por alterações. Segundo o Houaiss, família “é um núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantém entre si uma relação sólida”. Laços, não apenas sangue.

Embora tenham ocorrido tantas transformações, Edmara de Lima, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABP), mãe de Cibele, diz que as famílias atuais têm em comum a preocupação com os filhos e seu desenvolvimento. “Utilizo o plural, porque há alguns anos poderíamos falar de apenas um perfil, mas hoje temos vários. Há a família tradicional, a homoafetiva, algumas só com a mãe e o filho, outras só com o pai, diversas combinações. Essas mudanças afetaram profundamente o papel de cada um.” 

A primeira grande mudança é o papel da mulher. A mãe saiu do desígnio de ser dona de casa, responsável por cuidar dos filhos, e passou a ter um emprego. “No começo, ela não fazia diferença no orçamento familiar, porém hoje temos uma mulher que sustenta a família ou tem metade dessa responsabilidade”, aponta a psicopedagoga. Em consequência disso o papel de homem foi se ajustando ao da nova companheira.

Se no passado a família tradicional era baseada no modelo patriarcal, hoje há uma “queda” da figura paterna. “O pai jamais contestado, e imposto como sagrado, vai perdendo lentamente o espaço, já a mãe passa a assumir e garantir a estabilidade financeira”, afirma Renata Bento, psicóloga e psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, mãe de João Pedro e Eduardo Luiz.

Há um aspecto positivo nisso, porque o pai deixa de possuir essa imagem incontestável e passa a se aproximar dos filhos, ser visto como um amigo. “Desde que o pai abriu mão de ser somente o ‘mestre’, aquele que tinha o poder de castigar, ele ficou mais afetivo e paciente”, acrescenta Edmara.

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