Publicado em 13/03/2022, às 06h16 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
A importância das árvores são indiscutíveis, mas mantê-las em grandes cidades nem sempre é uma tarefa fácil. Foi pensando justamente nessa questão que os alunos Gustavo Pereira Donadon Dutra, Gabriel Vicente Fernandes e Gabriel Siqueira do Espirito Santo, todos de 16 anos, criaram um projeto novo de reflorestamento.
Os alunos da ETEC (Escola Técnica Estadual) Professor Armando José Farinazzo, de Fernandópolis, interior de São Paulo, criaram um projeto para reflorestamento de áreas desmatadas usando drones. A ideia será apresentada na Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), a partir de segunda-feira, 14 de março.
O projeto tem como foco mostrar as soluções e os avanços para o setor florestal, de forma rápida, natural e também econômica, por meio de fertilizante orgânico e artesanal.
Em entrevista ao jornal R7, Gustavo Dutra contou que sempre amou robótica e aproveitou a oportunidade que surgiu na escola para testar o que sabe. “Essa ideia de construção chamou a atenção do nosso grupo que já atuava com os drones em aula”, contou ele. E foi a partir daí que eles decidiram unir a tecnologia com a sustentabilidade.
“Nosso principal objetivo é reflorestar áreas degradadas, que não possuem vegetação. Queremos que o nosso projeto possa ser reconhecido e de alguma forma ajudar o meio ambiente e as futuras gerações”, ressaltaram eles, mostrando que já estão pensando no futuro.
O professor e orientador do projeto, Gustavo Tadeu Moretti de Souza, contou que a ideia do projeto veio em 2019, quando o assunto estava em alta por conta das queimadas da Amazônia. “Naquela época, com o assunto em evidência, os alunos trouxeram a ideia de usar drones para o despejo de sementes”, relembrou.
Desde então, eles vêm trabalhando no projeto e buscando sempre melhorias. Os estudantes criaram cápsulas feitas de amido contendo terra e sementes, além do fertilizante NPK (Nitrogênio-N, Fósforo-P e Potássio-K), nutriente produzido artesanalmente pela equipe. “Foram feitas muitas pesquisas e testes práticos justamente para saber se seria possível realizar o processo com o NPK caseiro dentro dessas cápsulas. Eles montaram a solução de forma simples, química e natural, com restos de comidas e cascas de ovos”, disse o professor.
No momento, o projeto já conta com patrocínio, mas está aberto para parcerias. “O investimento para criar o drone é alto. Em média, gastamos cerca de R$ 2 mil por conta das peças eletrônicas serem mais caras”, explicou Gustavo.
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