Publicado em 03/05/2024, às 15h13 por Malu Lopes, Estagiária | Filha de Carmem e Single
Em um episódio que marcou o início de 2020, no ABC Paulista, uma família inteira foi assassinada, composta por mãe,paie filho. Os detalhes deste caso foram reexaminados no programa "Linha Direta" na última quinta-feira, 02 de maio, destacando a complexidade e a crueldade do crime que levou à morte de Romuyuki Veras Gonçalves, Flaviana de Meneses Gonçalves e Juan Victor Gonçalves. As investigações culminaram em uma descoberta: Anaflávia Gonçalves, filha e irmã das vítimas, foi apontada como a mentora por trás dos homicídios.
No dia seguinte à transmissão do programa, Dona Vera, avó materna de Anaflávia e mãe de Flaviana, compartilhou seu desalento e angústia no programa "Encontro com Patrícia Poeta". A dor de perder entes queridos de maneira tão trágica foi intensificada pela revelação de que um membro da própria família esteve envolvido nos assassinatos.
“Foi um susto. Me tirou do chão. Eu queria pensar que foi outra pessoa, uma outra pessoa, a dor seria menor. Eu ia sentir a morte deles, lógico, mas eu acredito que ia ser menos do que a minha neta, meu sangue. Eu nem desconfiei", desabafou Dona Vera.
Desiludida e ainda buscando justiça, Dona Vera expressou seu distanciamento definitivo em relação a Anaflávia. "Com a Anaflávia eu não tenho mais sentimento nenhum. Ela não é mais nada minha. Eu só quero justiça dela e dos quatro, né? Porque foram cinco (suspeitos). Mas a pior foi ela, porque os outros não mataram pai, mãe e irmão. Ela matou pai, mãe e irmão", disse.
A frieza com que Anaflávia lidou com o luto da família, especialmente durante o velório, foi um aspecto particularmente perturbador para Dona Vera. "Uma pedra de gelo tem mais sentimentodo que ela. Até hoje eu falo, a gente sente o gelo, ela não. Ela agiu naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Chorando fazendo cena. Eu choro de tristeza e dor, ela fazendo cena", relembrou a avó angustiada.
Na noite de 27 de janeiro de 2020, estendendo-se até a madrugada do dia seguinte, Romuyuki Gonçalves, 43 anos, sua esposa Flaviana Gonçalves, 40 anos, e seu filho Juan Gonçalves, de apenas 15 anos, foram vítimas de uma chacina que chocou a região.
O crime, meticulosamente planejado por Anaflávia Gonçalves, a filha mais velha do casal, em parceria com sua companheira Carina Ramos, teve como objetivo principal o roubo de R$ 85 mil que estavam guardados em um cofre na residência da família. Para executar o plano, contaram com a ajuda dos irmãos Juliano e Jonathan Ramos - primos de Carina - além de Guilherme da Silva, vizinho dos irmãos Ramos.
A descoberta do crime ocorreu após autoridades serem alertadas sobre um incêndio em um veículo pertencente à família Gonçalves, localizado numa estrada em São Bernardo do Campo, cidade vizinha. No local, foram encontrados os corpos das três vítimas.
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