Publicado em 22/10/2021, às 09h28 - Atualizado às 09h54 por Sandra Lacerda, filha de Sandra e José Leonardo
Com um bebê a caminho, muita coisa muda na vida da mulher. Além da nova rotina com os preparativos para a chegada do recém-nascido, o corpo da gestante sofre várias alterações, tanto externas quanto internas.
Depois de algumas semanas já conseguimos identificar uma mulher grávida logo de vista, só pelo tamanho da barriga. Mas nem todas as transformações são visíveis como, por exemplo, o aumento da pressão da gestante.
A hipertensão durante a gravidez é uma condição que atinge aproximadamente 5 % das gestantes e pode acarretar uma série de complicações para a mãe e para o bebê. Quanto mais precoce se manifestar, maior a gravidade da doença. Um acompanhamento médico desde a descoberta da gravidez é superimportante para que seja tratada da maneira correta e não haja complicações.
De acordo com Ana Claudia Frabetti Koiffman, ginecologista, obstetra, especialista em gestação de alto riscoe mãe de Maria Luiza, os médicos ainda não sabem ao certo o que causa a hipertensão, mas é uma doença imunológica que leva à alteração na circulação da placentae, consequentemente, traz problemas para o bebê.
É claro que se o acompanhamento médico for feito corretamente, desde a descoberta da gestação, a identificação da pressão alta na gravidez é rápida e pode ser controlada. Ainda assim, existem fatores de risco que as grávidas precisam levar em consideração. Mulheres que se enquadram nas seguintes condições específicas devem ficar atentas:
Além do pré-natal e da realização periódica de exames, ainda existem sintomas que podem ajudar a identificar a pressão alta na gravidez. São eles:
As medicações que reduzem a pressão arterial são a melhor forma de controlá-la, mas você não deve se automedicar, é imprescindível ter a prescrição médica para isso . “Por ser uma doença que ocorre quando o próprio sistema imunológico não funciona corretamente, a atividade física não interfere, sendo até contraindicada em alguns casos”, explica Ana Claudia.Em casos graves, a única forma de tratamento definitivo é a antecipação do parto, muitas vezes antes das 37 semanas de gestação, levando à prematuridade.
O acompanhamento médico é importante, pois a pressão alta na gravidez pode ocasionar problemas sérios de saúde tanto para a mãe quanto para o bebê. No caso da mãe, pode ser desenvolvida a hipertensão arterial crônica, que eleva o risco de infarto e de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Também pode causar o envelhecimento placentário e, consequentemente, restrição de crescimento fetal ou diminuição do líquido amniótico. Para o bebê, nos casos em que o parto precise ser antecipado, ele pode nascer prematuro.
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