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Carro pra que te quero!

Imagem Carro pra que te quero!

Publicado em 04/10/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


por Julia Contier, mãe de João 

Mala com roupas, berço dobrável, fraldas, inalador, brinquedos, bicicleta, cadeirinha, carrinho, comida… Fazer a mala de uma criança para ir à praia não é tarefa fácil, não mesmo. Agora, imagine para três. Pois esses são alguns dos itens que a publicitária Luna Menina Gonçalvez Weyel, mãe de Davi, Bruno e João, tem que colocar no carro para passar duas semanas na praia com os filhos. Isso sem contar a mala dela, do marido e da babá. Será que cabe tudo isso em um carro?

Escolher um modelo para essa família foi complicado. “Enquanto éramos três, eu, o meu marido e o meu filho mais velho conseguíamos viajar em um carro espaçoso. Mas depois que vieram os gêmeos, a coisa complicou. Além das três crianças, geralmente estávamos em três adultos, porque sempre tinha uma babá, ou uma avó, um tio, então faltava lugar”, conta Luna. “Escolher um carro em que coubessem seis pessoas era difícil. E não bastava ter três fileiras de bancos, tinha que ser um carro largo, confortável, com um bom motor, seguro e automático – porque gerenciar mamadeira, chupeta, bronca em três e marcha, não dava”, diz Luna.
A primeira solução da família foi pedir emprestado ao sogro uma minivan com espaço para oito pessoas. “Cabiam três cadeirinhas e três adultos, perfeitamente. Mas era um carro muito grande para rodar na cidade”, conta Luna. Carro grande demais dificulta um monte de coisas, como achar uma vaga para estacionar. Eles devolveram a minivan e compraram uma perua, mas acharam que não era muito confortável. “Ficamos pensando em como evoluir. Então, finalmente, compramos um carro com cinco lugares e bancos opcionais para sete”, conta. Mas, afinal, esse carro comportava toda aquela bagagem para a praia? “Para as férias já desistimos de ir em um carro só. Se a viagem for curta, tudo bem, colocamos um bagageiro em cima e vamos, mas para viagens longas, temos que ir em dois carros”, diz Luna.
“A melhor forma de escolher um carro para a família é levando todos à loja”, recomenda o engenheiro e conselheiro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade Francisco Satkunas, pai de Henrique e Lilian. “Não é só a opinião do dono do carro que importa. É preciso ver se acomoda bem o filho, se todos estão de acordo com a escolha”, ressalta.
“Um carro voltado para a família precisa ser econômico, ter um bom espaço interno, um porta-malas grande, ter itens de segurança, espaço para as cadeirinhas e, de preferência, um estofamento de couro escuro, mais fácil de limpar, em que não fiquem visíveis as possíveis manchas das comidas e bebidas derrubadas”, diz o engenheiro. “Uma boa escolha são os carros com possibilidade de colocar coisas em cima, que já venham com as duas barras. Mas o motorista deve atentar para o peso máximo de carga permitido”, alerta.
Para levar os dois filhos e o sobrinho para a escola, a engenheira e empresária Paula Regina Raposo Valente precisou trocar de carro. “Os carros não têm espaço para três cadeirinhas, um motorista e duas babás”, diz Paula. “Buscamos as opções disponíveis no mercado na menor faixa de preço, consultamos os carros chineses e nacionais, íamos para as concessionárias com as cadeirinhas para testar o espaço interno”, diz ela. “O eleito não foi o carro dos sonhos, mas sim o melhor custo benefício que encontramos. É um carro de acabamento simples, não tem muito motor, não sobra porta-malas e gasta bastante combustível, mas, para rodar na cidade com o propósito de levar crianças para suas atividades, está ótimo”.
O gerente de projetos Anderson Rodrigues Costa, pai de Luisa e Victor, trocou de carro quando o segundo filho nasceu. Vendeu o antigo e comprou um modelo com porta-malas bem maior. Ainda assim, utiliza cada espaço e porta-treco disponível para as coisas deles. Agora, com o terceiro filho chegando, já está pensando em um carro de sete lugares.
Anderson sempre foi adepto da carona por causa do rodízio. Há 8 meses, se cadastrou na rede Caroneiros. Agora a prática é tão frequente que os filhos já estão habituados. “Eles adoram que outras pessoas peguem carona conosco. Ficam chamando a atenção do carona o tempo todo, tagarelando e mostrando seus brinquedinhos”, conta Anderson. “Vi que seria ótima alternativa para reduzir estresse e custos. Pego e dou carona também por causa da questão ambiental e do pensamento coletivo, valores que quero passar aos meus filhos”, completa.
“O que acho arriscado é a questão das cadeirinhas, já que dei carona para pais com crianças, que acabaram ficando soltas no banco de trás. Acho bem arriscado não ter as cadeirinhas disponíveis para a ocasião”, diz Anderson.
Cadeirinha, sim!
Segundo a Resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), crianças com até um ano devem utilizar, obrigatoriamente, o bebê conforto de costas para o movimento; para crianças de um a 4 anos, deve ser utilizada a “cadeirinha”; dos 4 aos 7 anos e meio, o dispositivo conhecido como assento de elevação, e até 7 anos e meio devem ser transportadas obrigatoriamente no banco traseiro. 
“Estudos americanos mostram que cadeiras de segurança para crianças, quando instaladas e usadas corretamente, diminuem os riscos de óbito em até 71% em caso de acidente”, diz a coordenadora de Mobilização da ONG Criança Segura, Lia Gonsales, mãe de Antônio. Além de comprar o produto correto, de acordo com as indicações do fabricante, é essencial observar se o equipamento possui o selo do Inmetro ou, no caso de produtos adquiridos fora do Brasil, se possuem certificação europeia ou americana. A instalação correta também é muito importante. Esse serviço geralmente é oferecido nas lojas e os pais podem buscar orientações no manual do produto. 
A relação entre ter filhos e possuir um carro não é necessariamente uma regra. A produtora de conteúdo Cristiane Guimarães de Oliveira, mãe de Daniel, Pedro Henrique e Luís Felipe diz que ainda não comprou um carro por falta recursos. “Com três, às vezes faz falta, mas a gente consegue contornar bem, com transporte público e fazendo o que dá a pé”, conta.
Segundo Cristina, quando o menor usava carrinho, era mais complicado, especialmente para entrar em ônibus. “Nessa fase, preferi fazer a maioria das coisas de táxi. Agora que ele dispensou o carrinho, não tenho muitos problemas”, conta. “A falta de paciência e educação de alguns motoristas também é um complicador, nem sempre a gente se depara com profissionais educados e preparados”, diz ela.
Quanto a levar e buscar na escola, Cristiane já utilizou transporte mas, hoje, como todos estudam pela manhã, vão andando e conversando. “No final da tarde, pego e fazemos a mesma coisa. É divertido e um momento em que colocamos o papo em dia. Até o pequeno já anda bem na rua, dispensando carrinho”, conta.
Na hora de viajar, é mais complicado para quem não tem carro. E, afinal, mesmo para quem tem, são necessários alguns truques: mágica para caber a bagagem, para instalar as crianças e para distraí-las. Afinal, ter filhos não é moleza, não.  

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