Se você achava que estava esperando um filho e, em vez disso, vieram dois, três, ou mais, vai precisar de jogo de cintura para adaptar o espaço e o enxoval. Serão mais berços, mais fraldas, mais roupas e, claro, mais carrinhos. É um trabalhão, sim, mas logo você se acostuma a ter uma grande família e não vai nem imaginar como seria com um só.
Na hora de escolher o carrinho, o primeiro critério é básico: a segurança. Lembre-se que você não vai tomar conta apenas de duas mãozinhas…
Quando a nossa colunista Majoy Antabi, mãe de Laila, Henri, Maia e Raica, teve, na primeira gestação, os trigêmeos, estava morando em Londres. Seu sonho de consumo era um carrinho triplo, em que os bebês ficam lado a lado. “Na minha cabeça, eles me dariam mais mobilidade e liberdade”, explica.
Antes do nascimento das crianças, costumava deixar o carrinho aberto em casa com três bonequinhos. “Eu sonhava em enchê-lo com pessoinhas de verdade”, diverte-se.
Ao voltar para o Brasil, com as crianças e com o carrinho, Majoy não conseguiu se adaptar como gostaria. O tipo escolhido, que era de uma marca inglesa, não passava nas calçadas – era largo demais para isso.
E a solução que a família encontrou foi comprar mais dois carrinhos, um duplo e um individual, mesmo isso gerando a necessidade de ter sempre uma companhia nas saídas de casa, para ajudar a empurrá-los.
E tendo essa frota toda estacionada em casa, Majoy tinha a opção de fazer o que ela chama de“dia de filho único”, saindo com apenas um bebê no carrinho avulso.
A verdade é que todos os modelos vão trazer vantagens e desvantagens para a família. Por isso, é preciso pensar antes de escolher. Os carrinhos serão usados por muito tempo, então vale a pena investir.Segundo Alessandra Françoia, filha de Maria Luiza e Harry, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, a norma brasileira (e que está em processo de aprovação) não faz nenhuma especificação para os modelos duplos ou triplos. Mas é importante observar o equilíbrio. "Olhe bem se os pneus são duráveis e a qualidade do cesto”, esclarece Alessandra.
Já Vanessa Garcia, mãe de Vanessa, Yuri, Victor, Hugo e Ayla, ganhou de um amigo da família um modelo de carrinho duplo em que as cadeirinhas ficam em sentidos opostos. “Ele é mais comprido, mas achei que é melhor de acomodar”, conta.
Não dá para julgar qual é o melhor modelo, já que cada família tem uma necessidade diferente. O mais importante é que o escolhido tenha o selo do Inmetro, assim como sistema de retenção e o cinto de segurança de cinco pontos. Fique de olho também nas dobradiças, nos freios e se o carrinho contém partes cortantes. “Veja se, visualmente, o carrinho é frágil”, indica Alessandra. Não tem por que transformar o passeio com os múltiplos em pesadelos. É só seguir as dicas e curtir a criançada.
Consultoria:Alessandra Françoia, filha de Harry e Maria Luiza, é coordenadora geral da ONG Criança Segura.