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No dia das crianças, um futuro de presente

Imagem No dia das crianças,  um futuro de presente

Publicado em 16/10/2011, às 22h00 por Redação Pais&Filhos


No jogo da vida, depender da sorte é cada vez mais raro, e cresce a procura por planos de previdência privada. Saiba qual é a melhor opção para o seu filho

Por João José Oliveira, pai de joão

Quem é pai, mãe, tio, tia ou avó e avô, já sabe: o dia 12 de outubro não pode passar em branco. Comerciais de TV e apelos de filhos, netos e sobrinhos transformam as lojas de brinquedos no dia das crianças em um alvoroço só comparável ao Natal. A novidade, de uns tempos para cá, depois que a inflação foi domada e que as famílias começaram a ser capazes de planejar o futuro, é que outro tipo de endereço também passou a ser mais procurado nessa data: os bancos.

“A gente sempre espera vender mais planos de previdência em outubro por causa do dia das crianças”, diz o diretor executivo de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco, Osvaldo Nascimento, pai de Priscila e Patrícia. “É cada vez mais comum os pais, tios e avós presentearem as crianças com um plano de previdência”, conta.
No maior banco privado brasileiro, as aplicações nos planos de previdência estão aumentando mais de 30% a cada ano. Isso quer dizer que o volume do dinheiro aplicado nesse tipo de investimento dobra a cada três temporadas anuais. E os picos das aplicações acontecem no fim de ano, época em que os trabalhadores recebem o 13º salário, começando essa onda já em outubro, com o dia das crianças.

Presente e futuro

No mundo infantil, um presente que não possa ser usado, testado, apalpado ou jogado de imediato, mal pode se chamar de presente. Mesmo assim, os planos de previdência entraram na lista de presentes das famílias, mesmo que complementares ao tradicional brinquedo.

“É claro que ele vai ganhar um brinquedo, uma bola”, diz o especialista em eletrodomésticos e restaurador artesão José Valmir dos Santos, pai de Leonardo, de 5 anos. “Mas o plano de previdência é o futuro. É a minha garantia de que ele não vai parar de estudar se eu não estiver mais aqui. A gente tem que se preparar.”

Valmir comprou o primeiro plano de previdência para o pequeno Leo assim que ele nasceu, no Itaú Unibanco. Agora, em outubro, vai presentear o filho com mais um plano, que dessa vez será do Bradesco. “Eu acredito que seja melhor ter dois. É muito mais garantido. E sempre que sobra um dinheiro extra no fim do mês, eu coloco uma parte na previdência dele."

Valmir é um exemplo de uma nova classe consumidora do Brasil. “O público que mais cresce entre nossos clientes de planos de previdência, incluindo os planos de previdência para menores, é o público da Classe C”, conta Sandro Bonfim, pai de André e Lucas, gerente de inteligência de mercado da BrasilPrev. “É um público que ainda tem um foco grande no consumo, mas cada vez mais se preocupa com o futuro dos filhos.”  

Na BrasilPrev, as aplicações nos dois planos de previdência mais conhecidos – o PGBL e o VGBL – aumentaram 55% em junho na comparação com os números do ano passado. As taxas mais fortes de expansão ocorreram nas vendas para pessoas da Classe C. O interesse do Banco do Brasil em atender esse público é tão grande que o banco é o que oferece o plano com a menor contribuição mensal. A partir de R$ 25 já é possível ter uma conta de previdência.

Quanto antes, melhor

O VGBL pode ser sacado quando os filhos chegarem perto da faculdade, para pagar o curso, fazer uma viagem ou iniciar um negócio. Já o PGBL tem a lógica de virar um plano de previdência, que eles continuarão a contribuir depois de adultos para garantir a manutenção da qualidade de vida depois de encerrarem a vida profissional.

No Santander, a venda de produtos de previdência privada está associada à estratégia do banco de trabalhar a educação financeira – passar informações aos clientes para que eles sejam capazes de planejar o futuro.
“Muitos pais dizem que, se estivessem bem informados antes sobre previdência, já teriam feito o investimento desde que o filho nasceu”, conta o Superintendente de Previdência Privada do Santander, Alessandro Andrade, pai de Leonardo e Ana Júlia.

Os números não deixam dúvidas. Uma família que começou a aplicar R$ 100 por mês no nascimento do filho vai somar R$ 45 mil em 20 anos com um rendimento mensal abaixo de 1%. Se a família resolver somar essa mesma quantia de previdência apenas quando o filho comemorar os 15 anos, vai ter que desembolsar R$ 1 mil por mês.

“Existe um conhecimento maior hoje sobre previdência para menores, e isso reflete uma sociedade brasileira mais preparada”, diz o diretor de seguros do banco HSBC Brasil, Edson Lara, pai de Maitê e de Matheus.

O segmento de previdência que mais cresceu nos últimos anos é o de planejamento educacional de filhos e dependentes, que o mercado chama de planos para menores. “O motivo dessa iniciativa é usar os instrumentos de poupança para que se possa ajudar na educação mais qualificada do filho",  alerta o diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, pai de Ana Lúcia e Marco Antonio.

Como escolher

O consultor especialista em previdência, Marcello Ribeiro, pai de Helena e Sofia, diz que as taxas cobradas pelos bancos devem ser observadas com atenção pelos pais: elas não podem superar o patamar de 2% para a taxa de carregamento nem 1% para a taxa de administração.

O consultor aponta que os pais devem ficar atentos às estratégias de cada administrador do dinheiro da previdência contratada.

A dica do consultor é: quanto mais tempo você tem para aplicar, mais você pode arriscar, pois eventuais soluços da bolsa podem ser compensados no decorrer dos anos. Se a aplicação é por menos tempo, o ideal é jogar na segurança.

“É como o futebol: se o jogo está começando, você pode atacar porque se tomar um gol terá tempo para recuperar o prejuízo; mas se falta pouco para o final, melhor segurar a bola, e garantir o resultado já apurado”, compara o ex-jogador de futebol tetracampeão Mauro Silva, pai de Mauro e Matheus, que hoje é consultor financeiro e sócio de uma incorporadora.

PGBL x VGBL

PGBL
Significa Plano Gerador de Benefício Livre. É indicado para investidores que usam a declaração completa na hora de fazer o Imposto de Renda. Atenção, porque é uma aplicação que tem risco. Por isso, tome cuidado com os investimentos que o banco faz com o seu dinheiro quando você aplica em PGBL. Em caso de ganho, o rendimento é repassado ao cliente investidor. O resgate pode ser feito a partir de 60 dias. Uma vantagem importante é o abatimento de até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda para quem faz o PGBL.  

VGBL
Significa Vida Gerador de Benefício Livre. É indicado para pais, avós ou tios que não têm renda tributável, ou seja, não pagam imposto de renda, seja porque ganham pouco, seja porque são empresários ou profissionais liberais ou autônomos que pagam outros impostos, mas não o I.R.  Os clientes não têm uma certeza de rendimento mínimo. O primeiro resgate só pode ser feito em prazos que variam de instituição para instituição, mas em alguns casos já fica aberto a partir de dois meses.

Consultoria: Alessandro Andrade, superintendente de Previdência Privada do Santander  Edson Lara, diretor de seguros do HSBC Lúcio Flávio de Oliveira, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência  Marcello Ribeiro, consultor especialista em previdência  Mauro Silva,  consultor financeiro e sócio de uma incorporadora  Osvaldo Nascimento, diretor executivo de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco  Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado da BrasilPrev.


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