Publicado em 27/05/2013, às 15h07 - Atualizado em 16/06/2015, às 13h23 por Redação Pais&Filhos
Anna Carolina Bruschetta mãe de José Paulo participa da campanha Culpa,Não! O tema do mês de Maio é “Culpa por deixar a criança na creche” se você também quiser participar siga a nossa página no Facebook e mande um depoimento sobre o tema do mês para [email protected] .
Comecei a pesquisar as escolas ainda na gravidez, embora algumas pessoas recomendam procurarmos creches próximas ao trabalho, eu optei por procurar próximo a minha casa pois trabalho a cerca de uma hora de casa e não achei que seria bom ficar deslocando e enfrentando trânsito pesado ou metrô lotado com meu bebê, além disto, isto possibilita que meu marido possa levar o José todos os dias ou buscá-lo quando eu me atraso.
Primeiro critério definido, fui visitar as escolas, sem agendar hora, simplesmente aparecia e informava que queria conhecer o berçário. Gostei de 3 e, nestas, além de consultar se havia histórico de reclamações na internet e procon, fui novamente fazer a visita mas aí contando com a presença do meu marido, acho fundamental envolver o pai nesta decisão tão importante. Penso que envolvê-los desde este momento já mostra o quanto é importante estarmos juntos durante toda vida escolar do nosso filho, é uma responsabilidade conjunta. E foi assim, em conjunto que optamos pela escola onde nosso filho está hoje, já passando para a segunda fase do berçário com um ano e 4 meses.
As primeiras semanas não foram nada fáceis, como José Paulo mama no peito até hoje, ele sentia muita falta e se recusava a tomar leite na mamadeira, mas aos poucos e com muito acolhimento e compreensão na escola, ele foi se adaptando e eu não parei de amamentar, pelo contrário, tiro o leite durante o dia até hoje, congelo e envio para o berçário.
O lado bom é que ele já tomava sucos e aceitava super bem as frutas e papinhas, isto foi fundamental neste primeiro momento na escola e, embora a recomendação seja incluir esta alimentação apenas após 6 meses para bebês amamentados no peito, para quem vai retornar ao trabalho como eu ao 6 meses, é preciso pensar nesta inclusão e adaptação antes como meu pediatra recomendou, afinal, eles já tem que se adaptar a tantas coisas novas, deixar para começar essa inclusão de comidas no berçário pode ser um desgaste a mais. Aos 5 meses iniciamos a inclusão de sucos, depois de frutas e por último da papa salgada mas não deixei de dar o peito e ele mama até hoje.
Claro que sinto falta do meu bebê e sei que ele também sente a minha falta, mas gosto muito do que faço e não cogitei parar de trabalhar, não me sinto culpada apenas gostaria de poder reduzir minha jornada (pego ele as 19h, gostaria de pegá-lo até as 17h). Acho que a culpa deixa de existir quando percebo o quando a escola é importante para o desenvolvimento do meu filho, José Paulo é sociável com outras pessoas, brinca com outras crianças, se alimenta super bem e é muito carinhoso, carinho este também demonstrado pela equipe da escola, o que vejo como um bom sinal.
Minhas dicas para outras mães: envolver o papai na escolha da escola, pesquisar com bastante antecedência (alguns berçários tem lista de espera), pensar na inclusão das comidas antes dos 6 meses conversando com o pediatra sobre isto, não parar de amamentar porque o bebê foi para a escola (eu tiro o leite durante o dia até hoje e envio congelado ao berçário), além dos critérios técnicos, não deixar de seguir também a intuição e o coração, eu segui o meu e deu certo!
E, quando pegar o bebê na escola, dedicar-se integralmente à ele e ao marido, a gente já passa tanto tempo longe que quando estamos juntos, estamos juntos e verdadeiramente presentes de verdade.
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