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Mulher dá a luz gêmeos nascidos de dois úteros

Imagem Mulher dá a luz gêmeos nascidos de dois úteros

Publicado em 01/07/2011, às 08h41 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos


Conversamos com o Dr. Mariano Tamura, ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein que, a partir do caso da mulher que deu à luz gêmeos gerados em dois úteros, nos explicou as possíveis anomalias uterinas
Por Nivia de Souza, filha de Tânia e Renato
Um parto realizado em Três Pontas (MG) chamou a atenção dos brasileiros na última quarta-feira (25). Jucéa Maria de Andrade, 38, deu à luz aos gêmeos Mateus e Isabela, na 37ª semana de gestação. Cada um dos bebês se desenvolveu em um útero e nasceram saudáveis e de cesariana. Outros casos semelhantes aconteceram nos Estados Unidos, em 2009, e na Inglaterra, no ano de 2006. 
O que aconteceu com Jucéa, pode ocorrer também com outras mulheres. Ela é portadora de uma das mais usuais anomalias uterinas, que é denominada útero de didelfo. Foi pensando neste caso que resolvemos conversar com o ginecologista e obstetra do hospital Albert Einsten Mariano Tamura, pai de Ana Clara e Manuela, para esclarecer as principais questões sobre este assunto. 
Os casos, os riscos
As anomalias fazem parte da má-formação do útero, e ocorrem ainda na fase embrionária, na barriga da mãe. Dependendo do grau, muitas mulheres passam a vida sem saber destas irregularidades, pois, em alguns casos, elas não causam nenhum empecilho na qualidade de vida feminina. “A incidência das anomalias é difícil de estabelecer porque elas não são amplamente relatadas” afirma Mariano. 
Como os sintomas não ocorrem obrigatoriamente, as principais formas de se diagnosticar e diferenciar as anomalias são por meio do ultrassom tridimensional e pela ressonância magnética. Em muitos casos, a descoberta acontece no momento da gravidez, que não necessariamente será de risco. Segundo Mariano, neste momento, o importante é que o médico saiba exatamente como é o caso, qual é o tipo de útero e analisar os riscos e a viabilidade da gestação. 
Os úteros septados possuem uma membrana que divide o órgão em duas partes. Nestes casos, o risco de aborto é eminente. Para quem tem este tipo de útero e tem o desejo de ser mãe, a indicação de uma cirurgia para a retirada desta membrana é feita antes da gravidez.   
Outro tipo de anomalia é a duplicação do útero, que pode ser total, formando o útero didelfo ou parcial, que é chamado de bicorno. O médico vai decidir de qual forma será feito o tratamento após um estudo detalhado do caso. Às vezes, a mulher só precisa de um acompanhamento diferenciado durante o pré-natal e a cirurgia só vai ser indicada em alguns casos. “Dependendo da má-formação, ela pode dificultar o parto normal” complementa Mariano. 
Os casos de útero unicornos são extremos e costumam vir com outros problemas, como má-formação vaginal. “Estes úteros são problemáticos e na maioria dos casos não suporta a gravidez até seu final”, diz Mariano. O risco de aborto existe e o índice de nascimento de prematuros extremos (da 22ª a 26ª semana) é alto. Quando o problema acarreta uma baixa na qualidade de vida da mulher – como a não exteriorização da menstruação, por exemplo –, se necessário, ocorre a indicação cirúrgica de retirada total do útero. 
Mariano ainda afirma que estas são as informações gerais das anomalias e que o acompanhamento deve ser particularizado, em qualquer que seja o caso. “É preciso avaliar os sintomas, se ela já teve filhos – como a mulher de Minas Gerais -, o desejo da maternidade, as armas terapêuticas e, a partir de então, oferecer o que há de melhor para cada mulher”.   
Consultoria: Mariano Tamura, pai de Ana Clara e Manuela, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einsten. 

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