Publicado em 05/02/2019, às 15h35 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h23 por Rhaisa Trombini, Edileyne e Geraldo
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2018, 59.700 novos casos de câncerde mama foram registrados no Brasil. Em 2015, 15.593 mortes por conta do câncer foram registradas. Esse número assusta, mas um simples exame pode diminuir esse número drasticamente.
O dia 5 de fevereiro é o Dia da Mamografia, exame realizado quando as mulheres sentem alguns dos sintomas que podem indicar câncer. Um estudo sueco publicado na Revista Câncer revelou que aquelas que fazem o exame rotineiramente têm menos chances de morrer da doença.
Graças ao exame, a redução da mortalidade da doença em 10 anos foi de 60% após o diagnóstico. Em 20 anos, a redução foi de 47%, tudo isso por que as mulheres passaram a fazer o rastreamento mamográfico. Segundo o Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Antonio Frasson, isso se da pelo fato da doença ser detectada em sua fase inicial.
Além de melhorar o prognóstico, a descoberta do câncer mais cedo com o rastreamento mamográfico melhora também o tratamento, pois a radioterapia, quimioterapia e hormonoterapia tornam-se menos invasivas, agressivas e mutiladoras.
Porém, como existem poucas informações sobre os benefícios do rastreamento, as mulheres acabam tendo receio das consequências caso o exame não seja avaliado da melhor maneia. Segundo Dr. Heverton Leal Ernesto de Amorim em seu texto “Benefícios e malefícios do rastreamento mamográfico” na Sociedade Brasileira de Mastologia, o exame pode dar resultados falso-positivos, pode ser um overdiagnóstico/sobrediagnóstivo, quando o exame pode detectar um câncer que não seria diagnosticado ou não seria localizado com o toque e que poderiam regredir ou desaparecer se não tivessem sido rastreado, e há o risco de indução de câncer de mama por radiação da mamografia, risco esse de 1 para cada 100.000 mulheres rastreadas.
Mas, para o dr. Antônio, “embora tenha sido dada muita atenção aos potenciais danos da participação de rastreamento mamográfico regular, pouca atenção foi dada aos danos de não participar do rastreamento regular.” Para ele a maior consequência de não fazer o rastreamento é o aumento do número de mortes. Ele completou dizendo a cada morte por câncer de mama evitada pelo rastreamento mamográfico fará uma mulher ser poupada dos estágios terminais da doença e ganhará uma média de 16,5 anos de vida.
Heverton Amorim, coordenador da Comissão de Imagem Mamária da SBM, diz que o rastreamento mamográfico de qualidade é muito importante para o diagnóstico precoce, trazendo grandes benefícios para a mulher. “Aqui no Brasil contamos com um grande número de mastologistas que estão habilitados para realizar a leitura apropriada da mamografia”
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