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Entenda a importância da amizade entre mães de primeira viagem

Nutrir as amizades que você já tem e fazer novos amigos pode parecer um desafio maior agora do que nunca - Shutterstock
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Mãe também é gente

Publicado em 23/02/2016, às 10h15 - Atualizado em 17/03/2016, às 15h52 por Redação Pais&Filhos


Amigos enriquecem todos os estágios de nossas vidas, mas amizade durante a maternidade são os coletes salva-vidas que mantém nossas cabeças acima d’água. “Depois que você tem uma criança, sua vida parece girar em torno de uma cozinha e uma banheira”, afirma Susanna Sonnenberg, autora do livro “Ela importa: Uma vida em amizades” (em tradução livre). “Apenas ter uma refeição na mesa pode ser uma grande questão”. Amigos podem te lembrar daquela vez em que vocês andaram de bicicleta em uma viagem e te convencer de que você não será para sempre um zumbi coberto de papinha de maçã.

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De fato, estudos mostraram o quão importante as amizades são para a nossa saúde mental e também física. Pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), por exemplo, descobriram que em tempos de estresse, as mulheres não optam por simplesmente “fugir ou lutar”, como décadas de pesquisa com homens apontaram; ao invés disso, as mulheres se apoiam muito no apoio social dos amigos.

Entretanto, infelizmente, nutrir as amizades que você já tem e fazer novos amigos pode parecer um desafio maior agora do que nunca – não importa com qual frequência você olhe o seu Facebook. “As redes sociais permitem que nos comuniquemos com nossos amigos, mesmo quando estamos a quilômetros de distância, mas não há como substituir o tempo que passamos juntos fisicamente”, explica Irene S. Levine, professora de psiquiatria da NYU School of Medicine (Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque) e autora do livro Melhores Amigas Para Sempre (em tradução livre).

Se você é uma mãe de primeira viagem ou a vida te jogou em uma nova vizinhança ou situação, você pode aprender com o modo como outras mães lidaram com esses desafios na hora de ter amizades.

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Você é a primeira a ter um bebê

É normal se sentir isolada quando suas amigas de anos não entendem como é a sua vida, como Meredith Steele, de Boston, descobriu quando engravidou durante o último ano de faculdade. Depois de formada, Steele se mudou para outra cidade, por causa do emprego de seu marido, e ficou em casa com sua filha durante os primeiros 18 meses.

“Eu não conhecia ninguém e todos os meus amigos da faculdade estavam em outra cidade festejando o tempo todo”, ela afirma. “Eu me lembro de falar com uma amiga no telefone e dizer o quão cansada estava, e ela me dizer que leu em algum lugar na internet que os bebes dormem durante 18 horas por dia. Eu quis matá-la”.

Steele diz que teria enlouquecido se não tivesse entrado em um grupo de amamentação e feito uma amiga lá. Esta amiga a convidou-a para um outro grupo, que se reunia em diferentes casas pela cidade. “Nós colocávamos os bebês no chão para que eles ficassem lá rolando enquanto conversávamos, e era tão legal estar com pessoas que podiam admitir que a maternidade não é divertida o tempo todo”. Ela também começou a se gostar socialmente, graças a saídas semanais com as amigas desse grupo. “Ter outras mães amigas faz com que você perceba que não ama menos os seus filhos só porque não quer passar cada segundo do dia com eles”.

Laura Nelson, de São Francisco, teve seu primeiro filho aos 23 anos, e depois de quatro anos ainda era a única de suas amigas da faculdade a ter uma criança. Ainda que tenha se esforçado para conhecer outras mães, ela é grata por suas antigas amigas terem se interessado e serem sensíveis com sua transição para a maternidade. “Valorize seus amigos e trate-os como ouro”, afirma Nelson. “Eu tento demonstrar real interesse em suas metas profissionais e suas angustias, assim como ser uma boa ouvinte”.

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Encontrar-se com amigos pode soar como um luxo, mas na verdade é uma necessidade emocional (Foto: Shutterstock)

É difícil encontrar mães que pensam parecido

Você não necessariamente se identifica com toda mãe que encontra, mas a chave para fazer novas amizades é apenas continuar tentando e saindo.

Conectar-se com outros pode ser mais fácil se você tem um lugar em que costuma ir, como uma livraria ou cafeteria, onde você pode conversar casualmente com outra mãe que frequentemente vê por lá. “Não tenha medo de iniciar uma conversa. As chances de que você tenha algo em comum com aquela mãe no consultório do pediatra ou no parquinho são grandes”, afirma Nelson. Peça o número da outra mãe assim que vocês engatarem uma conversa, para que não dependam de outro encontro casual.

Se, para você, tudo isso soa muito como uma paquera  ou você é muito tímida para ter a iniciativa, defina seus próprios interesses e então tente interagir com pessoas que compartilhem deles.  Inscreva-se em um clube de ciclismo aos sábados ou aulas de tricô nas terças à noite. É sempre mais fácil falar sobre a atividade que está acontecendo do que criar um assunto com um estranho qualquer.

Quando você tem um emprego, fazer um esforço para conhecer melhor a sua colega de trabalho que também é mãe pode ter um benefício duplo.  Convide-a para tomar um café naquela hora de intervalo. Você terá uma nova amiga que entende o que é ter que equilibrar trabalho e maternidade. Você também pode procurar se tem um grupo de mães que trabalha na sua área, seja no Facebook ou fora dele.

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Você não tem tempo

Encontrar-se com amigos pode soar como um luxo, mas na verdade é uma necessidade emocional. Steele convenceu  seu marido que ela precisava de noites fora com as amigas regularmente, ao comparar esse tempo com as horas que o marido passa na academia. “Ele tem o jeito dele de manter a sanidade, e eu também”, ela afirma.

Brenda Salvi, de Massachusetts, diz que as demandas conflitantes de seu emprego em período integral, seus show como cantora em tempo parcial, e seus dois filhos, agora com 3 e 11 anos de idade, levaram-na a perder o contato com amigas. “Entre crianças e trabalho, eu senti que não tinha vida. Quando eu iria ver minhas amigas sem meus filhos?”, afirma Salvi. Eventualmente, ela decidiu desistir de seu emprego de domingo na igreja para ter tempo para socializar, ainda que isso significasse que ela precisaria ser mais econômica.

Certamente, redes sociais podem ajudar você a se sentir conectado com amigas próximas cujas agendas são conflituosas com a sua. Kay Van Wyk, uma enfermeira em Iowa, nos EUA, afirma que suas amigas que são mães, muitas das quais também são enfermeiras com horários estranhos, têm uma página no Facebook. “Se alguém tem uma ideia para uma atividade, podemos sugerir dessa forma e assim todas se sentem parte da conversa, ainda que alguma de nós não consiga participar de alguma atividade por causa do trabalho ou falta de dinheiro”, explica Wyk.

Entretanto, Van Wyk ainda tenta ser criativa ao encontrar tempo para interação face a face. A sua melhor amiga da faculdade mora há duas horas de distância, mas as duas descobriram um hotel no meio do caminho delas que tem um parque aquático interno onde as crianças podem brincar. Com outras mães em suas próprias vizinhanças, elas frequentemente pedem comida para viagem em seus dias de folga e levam para a casa de alguém, “assim as crianças podem correr enquanto conversamos e ninguém precisa cozinhar ou limpar”.

Todos nós temos o mesmo número de horas em um dia, então diga para si mesma que você está no controle de sua própria agenda, ainda que pareça o contrário. Encontrar tempo também pode ser um problema de escolher entre amizades que você quer cultivar e deixar as outras de lado por enquanto.

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*Traduzido do site da revista americana Parents

Os temas “Ser mãe melhora a cada dia”, “Para ser mãe você não precisa deixar de ser mulher”, “Culpa não!” e “Mãe não é um bicho frágil” serão abordados no nosso Seminário Internacional “Mãe também é gente”, que ocorrerá dia 15 de maio no WTC (World Trade Center São Paulo), na zona sul de São Paulo. Inscreva-se aqui.

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Palavras-chave
Culpa Não

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