Publicado em 01/05/2013, às 15h10 - Atualizado em 15/10/2020, às 11h34 por Redação Pais&Filhos
A infertilidade conjugal atinge de 10% a 15% dos casais em idade reprodutiva, segundo dados da OMS (Organização Mundial a Saúde). Se você tem até 35 anos e está há mais de 1 ano tentando, é hora de investigar. A partir dessa idade, o tempo cai para 6 meses já que a reserva ovariana diminui a cada ano _ou seja, a produção de óvulos já não é a mesma, o que dificulta o processo.
Passado esse período é importante que o casal procure pela ajuda de um médico, já que quanto mais rápido for feito o diagnóstico, mais rápido e eficaz pode ser o tratamento. Ao procurar o especialista, muitas mulheres descobrem algumas doenças crônicas que podem causar infertilidade, conheça as mais comuns e veja quais os tratamentos mais adequados para cada uma delas.
Está é a mais frequente e apresenta um conjunto de sintomas como produção de hormônios andrógenos (masculinos) que causam distúrbios ovulatórios. Assim, a mulher pode até menstruar, mas não estará ovulando.
A síndrome é diagnosticada num exame de rotina. Muitas pacientes registram irregularidades no ciclo menstrual, muita acne, oleosidade na pele e hipotireoidismo, sintomas característicos da síndrome que faz com que a mulher produza hormônios masculinos em excesso.
Os sintomas como acne e irregularidade do ciclo podem ser tratados com anticoncepcionais. Já para as mulheres que pretendem engravidar, é feita uma estimulação ovariana controlada com o uso de hormônios e estimulantes de folículos. O custo depende do tratamento mas variam de R$ 3 mil a 12 mil (quando há alta complexidade).
Com a endometriose, a mulher tem a produção de tecido endometrial fora da cavidade uterina que leva a aderência pélvica dificultando a fertilidade. Ela acomete pacientes de 25 a 35 anos e pode variar de grau que vai de 1 a 3.
Alguns dos sintomas são cólicas fortes, dores durante ou após a relação e dores ao evacuar. Muitas pacientes não registram nenhum dos sintomas e, por isso, podem descobrir a doença já em estágio avançado. O exame é feito com ultrassom transvaginal ou laparoscopia pélvica.
É possível que a mulher faça alguns tratamentos clínicos para controlar os sintomas ou a doença para que ela não avance. Para engravidar, o tratamento pode ser feito com a estimulação ovariana controlada ou até mesmo tratamento de fertilização invitro.
O mioma é um tumor benigno com causa desconhecida que agride 50% da população geral e, dependendo da localização, pode dificultar a implantação do embrião.
Apesar de nem sempre ter sintoma, é comum que a paciente com mioma uterino tenha sangramentos entre as menstruações, fluxo menstrual intenso e longo, cólicas e possíveis dores durante a relação sexual. O ginecologista também poderá ajudar a identificar uma alteração no formato do útero.
O tratamento é feito por um procedimento cirúrgico via vaginal para identificar o mioma e retirá-lo do útero num centro cirúrgico.
É uma infecção que pode ser nas tubas, ovário, útero ou endométrio (tecido que reveste o útero) e é causada por alguma bactéria vaginal que subiu o colo do útero e contaminou a pélvis. Está relacionada com DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) . Em pacientes leves, tem relação de 3% com infertilidade. Nos casos moderados, a relação sobe para 13% dos casos e, nos graves, para 29%. A infertilidade é causada por bactérias que provocam aderências pélvicas.
A DIP, como é chamada pelos médicos, pode causar dor no baixo abdômen, causar secreção vaginal, dor durante a relação sexual e até mesmo febre, fadiga e dor nas costas.
O tratamento da doença é feito com antibióticos por via oral ou por via intramuscular. Nas pacientes com sequela, pode ser indicado tratamento de reprodução assistida, já que há um comprometimento tubário nas formas mais avançadas.
Consultoria:
Juliana Miorin, filha de Luiz e Zilda, ginecologista obstetra especialista em reprodução humana do Centro de Reprodução Humana Monteleone.
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