Bebê de dois meses tem convulsão após trocarem vacina da pentavalente por Pfizer
A técnica de enfermagem que cometeu o erro já foi afastada
Resumo da Notícia
- Dois bebês na cidade de Sorocaba receberam a vacina errada
- Eles deveriam tomar a da pentavalente mas foi aplicado a da Pfizer
- A técnica que cometeu o erro já foi afastada
Dois bebês na cidade de Sorocaba, em São Paulo, receberam a vacina contra a covid-19 por engano. Os dois deveriam ter tomado a vacina da pentavalente que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra uma bactéria responsável por infecções no nariz, meninge e garganta, mas acabaram sendo vacinadas com a Pfizer.
Um dos bebês teve convulsão, e passará por exames para descobrirem a causa da crise. Já o bebê de 4 meses teve febre alta e deve ficar internado por mais 7 dias, fazendo o uso de antibióticos via cateter. As famílias estão recebendo suporte psicológico e serviço social do hospital.
A técnica de enfermagem que confundiu as doses por serem parecidas na embalagem, foi afastada da sala de procedimentos injetáveis até a apuração e verificação das medidas que serão tomadas. A Secretaria da Saúde informou que também entrou em contato com o Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo, o Ministério da Saúde e a fabricante da vacina, que relataram casos semelhantes ocorridos em outros locais, com sintoma de febre apresentado.
A recomendação baseada em outros casos que ocorreram, é de que as crianças fiquem em observação por 15 dias. Os bebês conseguiram tomar leite normalmente, e não precisaram ser medicados, apenas receberam soro. Os bebês passarão por um teste de sorologia e, em seguida, receberão a dose correta da pentavalente.
As mães dos dois bebês relataram o momento de desespero que viveram quando receberam a notícia do erro. Ana Cláudia Mugnos Riello contou que, horas após a vacinação, a filha teve febre e parou de tomar leite. “O secretário de Saúde chegou e falou: ‘olha, mãe, três crianças foram vacinadas com a penta aqui ontem. Duas delas receberam a da Covid. Nós não temos como saber quais destas crianças foram as que receberam’. Pediram desculpa, só que é uma vida. E se matasse a minha filha?”, contou.
Para Kathillyn Monteiro da Silva, o susto foi ainda maior. Ela estava em casa quando recebeu a visita do secretário municipal de Saúde. O filho dela, de quatro meses, deveria ter recebido o reforço da vacina pentavalente, mas também foi aplicado o imunizante da Pfizer. “Como uma pessoa pode dar uma coisa errada para uma criança? É um neném ainda. Chorei muito, porque se acontece algo com meu filho?”, diz.