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Bebê é salva após transplante de coração de doador com tipo sanguíneo incompatível

Bebê sobrevive após transplante de coração de doador com parada cardíaca e tipo sanguíneo incompatível - Reprodução/ G1
Reprodução/ G1

Publicado em 19/05/2021, às 09h10 - Atualizado às 09h43 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano


Uma bebê de 2 meses foi salva por cirurgia pioneira na Espanha. Médicos do Hospital Gregorio Marañón, em Madri, fizeram em Naiara um transplante de coração que sofreu parada cardíaca de outro bebê, com tipo sanguíneo incompatível, para que a menina pudesse sobreviver. Tudo correu bem e hoje ela se recupera da operação.

“É o primeiro caso no mundo em que coincide que seja um transplante em um bebê com doação em assistolia (coração parado) e entre bebês com grupos sanguíneos diferentes”, disse o médico Juan Miguel Gil Jaurena, chefe do setor de cirurgia cardíaca infantil do hospital que realizou o procedimento.

Ainda, segundo o hospital, o procedimento só deu certo e é um caso único no mundo porque tanto o doador quanto o receptor eram crianças pequenas. Não só, mas também porque o transplante foi feito depois que o órgão já havia parado de receber sangue (isquemia) e sido conservado em temperatura fria, e retirado em um hospital diferente do hospital onde o transplante foi feito.

Segundo o médico Juan Jaurena, o hospital em Madri já havia feito, em 2018, o primeiro transplante infantil do mundo entre doadores incompatíveis. No entanto, agora, a novidade foi que o coração do bebê doador estava parado, e teve que ser reanimado antes de ser retirado. Para isso, o bebê doador passou por um procedimento de circulação extracorpórea, em que o sangue passa a circular fora do corpo, em uma máquina. Quando o sangue chega, então, ao coração da pessoa, ele volta a bater por si mesmo.

Depois de que voltou a bater, o coração foi retirado e conservado na chamada “isquemia fria”, ou seja,  sem fornecimento de oxigênio e em baixa temperatura, para ser transportado. Ainda assim, ao ser colocado em Naiara, o coração precisou ser reanimado novamente. “A questão não é reanimar só uma vez, mas duas vezes, neste caso”, explicou Zamorano.

“Aqui, a magia se redobra: por um lado, em recuperar um coração parado, para que volte a bater, e, depois, quando volta a bater definitivamente, já dentro do peito do receptor”, comentou Dr. Jaurena. “Após a inserção, o coração começou a bater forte e estável”, adicionou. Depois de algumas semanas internada na UTI, Naiara foi transferida para a enfermaria, onde está se recuperando.

Durante a gravidez

O problema no coração da menina foi identificado ainda na gravidez, segundo a médica Manuela Camino, chefe da unidade de transplante de coração infantil do hospital. Era um tipo de cardiopatia congênita, que surge nas primeiras 8 semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê.

Naiara nasceu prematura de 34 semanas (uma gravidez saudável vai de 37 a 42 semanas), já que quanto mais tempo a bebê passava lá dentro pior ficava o coração e a chance dela sobreviver. “Pensamos que, quando nascesse, como o coraçãozinho estava muito mal, não iria sobreviver”, completou a médica.

(Foto: Getty Images)

Com muita força, a menina viveu e, conforme o passar do tempo, os médicos perceberam que um transplante era possível e a colocaram na fila, mas sem dar grandes esperanças aos pais. “Propomos à família, aos pais, e dissemos, vejam, é muito pouco provável que encontremos um coração doador tão pequeno para a sua bebê”, disse Camino.

Até que o doador apareceu. Quando passou pela cirurgia, Naiara tinha dois meses e pesava apenas 3,2 kg. “O dia em que chegou seu coraçãozinho. E aí foi tudo uma alegria. Foi uma experiência nova para nós, porque era um bebê que tinha o menor peso para receber um coração, e, além disso, a bebê tinha piorado muito 24 horas antes. Se um coração não chegasse, possivelmente não estaria aqui”, conta a médica.


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