Bebê nasce com anticorpos para a Covid-19 após mãe ser vacinada durante a gravidez
A pesquisa acompanhou uma profissional de saúde que atuava na linha de frente de combate ao coronavírus, que ao completar 36 semanas e três dias de gravidez foi imunizada contra a doença
Resumo da Notícia
- O recém-nascido é o primeiro caso registrado no mundo de bebê com anticorpos para a Covid-19 após mãe ser vacinada
- Os pesquisadores encontraram anticorpos no sangue do cordão umbilical da criança
- A mãe tinha recebido a primeira dose da vacina durante o terceiro trimestre da gestação
O recém-nascido é o primeiro caso registrado no mundo de bebê com anticorpos para a Covid-19 após mãe ser vacinada. Os pesquisadores da Universidade Atlântica da Flórida, nos Estados Unidos, encontraram anticorpos no sangue do cordão umbilical da criança.
A mãe tinha recebido a primeira dose da vacina durante a gravidez. A pesquisa acompanhou uma profissional de saúde que atuava na linha de frente de combate ao coronavírus, que ao completar 36 semanas e três dias de gravidez foi imunizada com a vacina fabricada pela Moderna.
Três semanas depois, a mulher deu à luz uma menina em um parto normal e espontâneo. “Demonstramos que os anticorpos anti-SARS-CoV-2 IgG são detectáveis em uma amostra de sangue do cordão umbilical de recém-nascidos após uma única dose da vacina. Portanto, há potencial para proteção e redução do risco de infecção do SARS-CoV-2 com a vacinação materna”, explica o estudo.
Vacina da Covid-19 para crianças e gestantes
Segundo o médico infectologista Dr. João Prats, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, filho de João Antônio e Ana Lúcia. No caso das crianças e gestantes, ele comenta que ambas as vacinas aprovadas no Brasil são seguras, mas que ainda não foram estudadas neste grupo. Portanto, ainda será necessário mais informações e pesquisas para identificar como seria a funcionalidade da imunização: “Neste primeiro momento, as grávidas, os menores de 18 anos e lactantes não serão imunizados, por não existirem dados suficientes da segurança das vacinas aprovadas emergencialmente no Brasil nesses grupos”, completa Melissa Palmieri.
Em um vídeo publicado pelo governo do estado de São Paulo, Rosana Richtmann, Infectologista do Instituto Emílio Ribas, explicou ainda que “a vacina é extremamente segura, mas em uma fase inicial, as gestantes não foram estudadas ainda. Então, por uma questão de cautela, nós estamos contraindicando a vacina em gestantes”.