Publicado em 23/03/2021, às 11h18 - Atualizado em 22/04/2021, às 13h53 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Com a chegada do bebê, a família é acompanhada por uma baita mudança na rotina de preocupações e cuidados. Um deles é com a hora do banho, que costuma deixar, principalmente, os pais de primeira viagem bastante preocupados. Mas, calma! Esse momento não precisa ser um bicho de sete cabeças.
Pensando nisso, conversamos com o pediatra membro da Doctoralia, Dr. Carlos Junichiro Amino, pai de Ricardo e Nicole, para tirar as principais dúvidas sobre como dar banho no bebê. Veja qual o melhor horário, temperatura ideal da água, produtos para usar e o passo a passo para esse momento tão especial, que também é fundamental para o fortalecimento de vínculos com a família.
Antes de tudo, o pediatra explica que é preciso tomar alguns cuidados, principalmente, para não expor o corpo do bebê todo à friagem. A dica é dar o banho em duas etapas: primeiro lavando a cabeça e em seguida o corpo. Além disso, a família deve ficar de olho quanto às mãos ensaboadas, pois o bebê pode escorregar.
Outro ponto importante é quanto aos acidentes domésticos de afogamento na hora do banho. Carlos alerta que “o recém-nascido pode afogar até com uma lâmina de água, um nível bem baixo. Então precisa tomar muito cuidado”. O ideal é sempre deixar a banheira em uma altura confortável para a família e o bebê. Sem exagerar na força, passe o braço com mais apoio pelas costas da criança, envolvendo também a cabeça do recém-nascido no antebraço, e use a mão livre para dar o banho.
Primeiro passo: feche as janelas do quarto para o bebê não pegar friagem e, em seguida, separe todos os produtos que serão utilizados. Verifique sempre a temperatura da água antes de iniciar o processo. Ao levar seu filho até a banheira, não se esqueça de enrolá-lo em uma manta para não correr o risco de pegar vento em excesso.
Segundo passo: na banheira, com aproximadamente cinco dedos de água, posicione o bebê no braço esquerdo e utilize a mão direita para lavar cuidadosamente o rosto. Limpe os olhos sempre de fora para dentro fazendo um movimento de pinça. Utilize a ponta da toalha ou uma manta de algodão para secar.
Terceiro passo: proteja os ouvidos do bebê e umedeça com cuidado a cabeça. Esfregue devagar o topo e também a nuca. Após enxaguar, utilize a touca da toalha para secar e proteger a região.
Quarto passo: com o auxílio do trocador, remova a toalha do bebê e, com cuidado, retire a fralda suja. Utilize um algodão úmido para a limpeza, sempre de cima para baixo.
Quinto passo: com o bebê dentro da banheira, o pediatra orienta como ele deve ser segurado: “Coloque o bebê com a cabeça e o pescoço apoiados no braço e a mão desse braço segura o bebê pela axila. Com a mão livre você dá o banho na criança. Desse jeito a mão dá mais firmeza para segurar”. Em seguida, lave o peito, as mãos, braços, pernas e pés. Sem retirar a criança, vire-a com as costas para cima, sem deixar o apoio da cabeça com o pulso.
Sexto passo: ao retirar a criança da banheira, enrole-a na toalha até o trajeto do trocador. Coloque a fralda e verifique se não está apertada ou machucando a pele do bebê. Faça a limpeza do umbigo, que pode demorar de sete a 15 dias para cair e, em seguida, coloque a roupa.
Por ser a porta de entrada para diversas doenças, é preciso ter um cuidado especial na hora de lavar a genital do bebê. No caso das meninas, o recomendado é higienizar os grandes e pequenos lábios, seguindo para a região perianal, parte que se estende da vulva até o ânus, além de todas as dobras. Já para os meninos de até quatro meses, a fimosefisiológica pode estar presente, por isso é necessário lavar o prepúcio sem forçar um descolamento da glande. Além disso, não se esqueça de higienizar a região escrotal e perianal, assim como as dobras.
Apesar de não existir um horário certo, o pediatra explica quais estratégias a família pode adotar. “Normalmente, seria mais perto da hora do almoço, no começo da tarde, porque esse horário é o mais quente do dia. No final da tarde já começa a mudar o clima, a temperatura já começa a esfriar, então precisa tomar cuidado para o bebê não tomar friagem”.
Geralmente, o recomendado é apenas um banho por dia. Pois, “quanto mais o bebê entra em contato com a água, mais isso vai retirando a oleosidade da pele, que é uma proteção, e isso acaba ressecando”. Se o bebê estiver com calor, os pais podem dar banho apenas com água, mas é importante lembrar que deve ser rápido e sem sabonete.
A partir de uma diversidade de produtos específicos para bebês, a família deve ficar de olho quanto ao pH. “Ele precisa ser adequado com a pele do bebê para não irritar ou causar ressecamento”, explica Carlos Junichiro Amino. Por isso, como a pele tem aproximadamente 7 de pH, o recomendado é escolher sempre produtos abaixo de 6.
Durante o banho, é indicado que a temperatura da água seja entre 34ºC a 36ºC. Para medir, a família pode usar um termômetro de banheira ou, se não tiver o acessório, o pediatra explica o passo a passo para verificar: “No outono/inverno, eu sempre oriento colocar o braço ou dorso da mão na água. Se você não sentir muita diferença, isso significa que a água está na temperatura mais ou menos igual ao corpo da mãe. Se estiver uma temperatura mais quente, você pode deixar o banho um pouco mais morno para refrescar o bebê”.
O pediatra comenta que, geralmente, muitos pais se baseiam nas mãos e pés do bebê para verificar a temperatura, mas isso não é necessário. “O ideal é ver o corpo da criança. Se está quentinho ou muito quente, ou até um pouco avermelhado, quer dizer que ele está com calor, então pode deixá-lo um pouco mais à vontade”. Caso a família sinta a necessidade de dar mais um banho no dia, é importante usar apenas água, sem sabonete ou outros produtos.
O método de dar o banho em duas etapas costuma ser o mais utilizado, por isso, experimente primeiro lavar a cabeça e o rosto do bebê e só depois o restante do corpo. Carlos explica que esse jeito é mais recomendado, pois “evita que toda a superfície do corpo se resfrie e a criança pegue uma friagem”.
Durante a primeira etapa do banho, os pais devem secar a cabeça e o rosto do bebê para que ele não passe frio ou pegue friagem. Em seguida, depois de lavar o corpo (assim como no passo a passo listado acima), utilize uma toalha de banho específica para o bebê, ou ainda uma fralda de algodão por ser mais macia.
Sabemos que muitas mães e pais têm receio de mexer no coto umbilical do recém-nascido. Mas não é preciso ter todo esse medo: “O umbigo não dói, não tem nervação, o coto é um pedaço de pele da mãe, por isso, não precisa ter medo de mexer”, explica Nelson Ejzenbaum, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria, pai de Ariel, Patrick e Alicia. O máximo que o bebê pode sentir é um pequeno incômodo, mas não dor.
Além de não doer, cuidar do coto é mais simples do que parece. A região precisa ser limpa com algodão e álcool 70% a cada troca de fraldas, para evitar a contaminação do coto com as fezes. Na hora do processo, levante o coto, com a ajuda de um cotonete, espalhe o álcool começando pela base e, então limpe a volta toda, até sair toda a secreção. Se a pele em volta do coto começar a ficar vermelha ou inchada, é necessário procurar o pediatra para uma avaliação.
Mas não se assuste se sangrar um pouco, é normal. Além disso, depois que o coto cai, você pode perceber uma leve mancha de sangue na fralda do bebê, o que também não é motivo para preocupação. Apenas continue com a limpeza até a cicatrização completa.
Isso pode depender da preferência dos pais e de qual maneira eles se sentem mais seguros. Mas, particularmente, Carlos Amino recomenda o uso da banheira. “O ofurôé pequeno e diminui a chance do bebê afogar, mas ele tem que ficar mais sentado e eu acho a posição não muito confortável”, explica.
No caso do banho de chuveiro para o recém-nascido, o pediatra explica que o bebê pode acabar se assustando com a quantidade de água e o barulho. “Eu costumo indicar o chuveiro apenas para crianças que já estão um pouco maiores. Mas, é preciso tomar cuidado para não cair água direto no rosto, pois há o risco de sensação de afogamento”.
Geralmente, é comum que os pais de primeira viagem fiquem ansiosos e preocupados em dar o banho no bebê. Mas, como dica, o pediatra explica que o mais importante é estar tranquilo e seguro. Se for o caso, tenha alguém por perto para dar apoio como alguém da família que já é mais experiente no assunto. “Isso passa mais segurança, pois a pessoa pode falar os passos na hora de dar o banho. Isso ajuda os pais a ficarem mais calmos durante esse momento”.
Principalmente durante as épocas mais quentes do ano, os pais tem o costume de deixar os bebês mais tempo na banheira para se refrescarem. Para deixar esse momento ainda mais especial, assim que o processo terminar Carlos recomenda que a família faça massagens no filho, acaricie e também converse. “Isso é bem legal para aumentar e fortalecer os vínculos”.
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