Publicado em 17/06/2014, às 09h36 - Atualizado em 30/04/2021, às 06h56 por Redação Pais&Filhos
A vida com o bebê é marcada por aprendizados e transições. Do peito para a mamadeira, do colo para o chão, da fralda para o penico. Quando a gente começa a se acostumar, já é hora de mudar para um novo hábito. O desfralde, aí, pode parecer um bicho de sete cabeças. Principlmente porque o proceso não acontece de uma hora para outra e é preciso paciência para pequenos “deslizes”. Mas calma, a vida vai ficar melhor depois que seu filho lrgar as fraldas.
A idade para isso varia de criança para criança, mas é posível começar o treino por volta dos 18 meses, quando ela já consegue controlar o esfíncter da bexiga – músculo que segura a urina. Para saber se eu filho está pronto ou não, é importante perceber alguns sinais. “Quando a criança se demonstra incomodada com a fralda e até chega a retirá-la ou avisa o que fez, é o momento do desfralde. Momento de ver como ela se comporta ao observar os horários do xixi e do cocô”, explica Ana Lucia Goulart, filha de Emília e Decio, vice-chefe do departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A partir dos 2 anos, ainda que não haja esses sinais, você pode dar aquela ajudinha e incentivar o desfralde. Isso porque, nessa idade, ela já tem certa autonomia, consegue expressar suas necessidades, anda com firmeza e está adaptada às rotinas escolar e familiar. Cada crianã tem um ritmo, e a observação é a palavra de ordem nesse momento.
É preciso preparar a criança para essa transição e falar do asunto. “Conte que ela não usará mais fralda durante o dia, então presenteia ou escolha com ela cuecas ou calcinhas”, sugere a psicóloga clínica e educacional Cristiane Rayes Martins, mãe de Mariana e Vitor. A estratégia funcionou com Lívia Pontes, que deixou de usar fralda aos 2 anos e 2 semanas. Com 1 ano e 8 meses, ela já reclamava que a fralda machucava. “Eu já tinha c omprado algumas calcinhas de princesas e ela pedia para usá-las. Então eu colocava em cima da fralda”, conta Eliane Oliveira Pontes, mãe de Lívia. O desfralde só não aconteceu nessa época porque a família estava mudando de casa e a rotina estava fora do normal. “Ela não queria ir para o apartamento novo. Além disso, eu tinha ido viajar a trabalho e ela não queria mais ir para a escolinha, com medo de ficar sem mim”, fala Eliane.
O desfralde deve acontecer com tranquilidade, apoio da família toda e sem contradições. Pensando nisso, Regina Hirama também esperou o melhor momento com o Fernando, aos 2 anos e 4 meses. “Aproveitei as férias. Voltamos de viagem e começams a desfraldá-lo. Foi um período em que a gente ficou em casa, sem passear, para acostumá-lo. O xixi vazou apenas nos três primeiros dias.”
Ela achou que seria mais complicado, por causa da experiência que teve com a filha Isabela, de 5 anos. “Fiquei bem angustiada. O desfralde começou na escola e não em casa. Não me lembro de ter feito um teste, como fizemos com o Fernando. A gente não acompanhou de perto.”
É importante ter em mente que seu filho passou dois anos da vida sem segurar xixi ou cocô, não é de uma hora para outra que isso vai mudar. Agora, ele precisará ter consciência de que suas necessidades têm lugar certo e de que, de vez em quando, terá de segurar um pouco a vontade. Esteja preparado para calçar, cuecas ou calcinhas molhadas por alguns dias – e sem sair dando bronca por isso! É necesário, ainda, envolver todos os profissionais que lidam direta ou indiretamente com a criança para que eles estejam orientados sobre o assunto – principalmente a escola.
Já a fralda noturna é outra história. Essa parte do desfralde acontece por volta dos seis meses depois do controle do xixi durante o dia. Mas pode ser o caso de esperar mais um pouco, até os 3 anos, como recomenda a pediatra Ana Lucia. Uma boa medida é checar a fralda logo de manhã: se estiver seca todos os dias durante uma semana, é sinal de que a criança está aprovada no teste.
Aí, antes de colocar o plano em prática, comunique o seu filho de que ele estará sem fralda. Leve-o ao banheiro antes de ir pra cama e diminua a quantidade de água que ele toma à noite.
Algumas crianças acordam no meio da noite para fazer xixi, outras não. Mas a ideia é que não precise acordar de madrugada para ir ao banheiro. Até porque você precisa dormir – lembre-se: a fase das noites de sono maldormidas por causa do bebê já passou.
Motivada pela mudança de seu filho do berçário para o minimaternal, Michele Dias, mãe do Juan, decidiu iniciar o desfralde com 1 ano e 10 meses. “Eu comprei o adaptador de vaso e cuecas. A ideia era aproveitar o verão para o desfralde. Avisei a escola que havia começado a tirar a fralda. E lá, de meia em meia hora, a turma ia ao banheiro e ele não fazia nada.”
Michele percebeu que se antecipou no desfralde do Juan e que ele não estava nem perto de estar preparado para isso. “E mesmo hoje, pasados quase três meses, ele ainda não está preparado. Não sabe a diferença entre cocô e xixi. Não se incomoda quando faz.” Em casos como o de Juan, dá para usar a fralda de novo, sem traumas. Mas, aí, é preciso explicar para a criança que não era o momento.
Algumas situações podem desmotivar o desfralde, como resistência muito grande da criança, regressão, desfralde antes do tempo, mudanças excessivas de comportamento e prisão de ventre. Por isso, o melhor é observar a personalidade do seu filho e respeitá-la. “É muito importante que a família saiba lidar com as frustrações para auxiliar a criança e que não façam comparações com outras crianças”, diz a psicóloga Cristiane.
Tudo começa com o desfralde diurno. Conte à criança que não usará mais fralda durante o dia. Procure fazer isso num momento tranquilo, num final de semana ou férias sem muitas atividades extras, onde a criança possa estar em seu ambiente. Nas primeiras semanas, convide seu filho para fazer xixi, pois, se perguntar, provavelmente ele responderá que “não”, mas acabará fazendo na calça. Com o tempo, ele mesmo passará a ter mais autonomia e comunicará suas necessidades.
Quanto ao cocô, incentive a sentar no vaso mais ou menos no horário previsível. Não apresse seu filho, conte histórias. Se perceber que ele realmente não consegue, tire-o do vvaso e tente de novo depois. Pode parecer bobo, mas não dê descarga com seu filho sentado no vaso, ele pode se assustar. Também não veja o cocô como algo feio, sujo e fedido, trate com naturalidade. Use reforços positivos como um beijo, um abraço, um adesivo. Ensine a usar o papel higiênico, onde descartar e lavar as mãos. Use calças com elástico, fáceis de retirar, para que a própria criança sinta-se capaz.
Os especialistas também recomendam deixar a criança ver os próprios pais usarem o banheiro, para que ela tenha uma referência e entenda que é natural. Cuidado com grandes comemorações: há pais que saem contando para a família toda que a criança já usa calcinha ou cueca, e quando o xixi ou cocô escapa a criança fica muito frustrada. Escapadelas acontecem.
Não saia correndo em lugas públicos ou mesmo em casa quando seu filho quiser fazer xixi – isso pode assustar. Controle a ansiedade: mais cedo ou mais tarde, ele vai aprender.
Mariana Maffeis Feola, mãe da Joana, decidiu não usar fraldas descartáveis em sua filha e descobriu a Higiene Natural ou elimination communications (EC), que é uma prática de deixar o bebê em algums momentos sem fralda, desde os primeiros meses de vida. A forma de fazer isso varia: há famílias que escolhem não usar fralda nunca, outras usam, mas tiram quando percebem que o filho vai fazer suas necessidades e correm para o penico.
A ideia é que os pais entendam os sinais da criança antes de fazer xixi ou cocô: sejam seus padrões de ritmo e horário, seja sua linguagem corporal. “Começamos a perceber que Joana, antes de fazer xixi, despertada do sono profundo e demonstrava inquietação. Nada mais nada menos que o instinto ancestral de não sujar o ninho… Aí, com o baldinho sempre próximo, lá vinha aquele xixizão aliviante”, diz Mariana, que é filha da apresentadora Ana Maria Braga. São várias coisas que levam uma família a optar por higiene natural: uma delas é que se trata de uma nova descoberta na comunicaão, mas também tem a ver com sustentabilidade.
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