Publicado em 25/09/2019, às 14h11 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Em 2013, o atacante Fernandão, foi vendido pelo Bahia para o Bursaspor, e viveu o auge da carreira como artilheiro fora do país. Ele passou por dois times turcos antes de ser vendido para o Al Wehda, localizado na Arábia Saudita. Em entrevista ao jornal O Globo, ele diz “não guardar boas recordações dessa fase”.
“Foi a pior experiência que eu tive na minha carreira e na vida pessoal. Estava num país totalmente restrito, que tem uma religião totalmente fechada. Minha família não podia andar à vontade. Não conseguimos nos adaptarà cultura e leis deles. Isso dificultou muito meu desempenho. Lá eu simplesmente não consegui jogar”. O jogador nos times anteriores marcava uma média de 22 gols por temporada e em seis meses no time da Arábia Saudita, marcou apenas dois.
O jogador relembra que sempre que chegava em casa encontrava a mulher chorando e pedindo para voltar ao Brasil. Fernandão relembrou que nessa época, Daiana Santana, esposa do jogador, engravidou de Rebeca, filha que o casal esperava há tempos. “Era a terceira gestação dela, mas infelizmente o coração da bebê parou de bater dentro da barriga da mãe. Foi o maior choque de nossa vida. Isso desestruturou tudo. Meu psicológico ficou muito abalado”.
O casal se conheceu em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e estão juntos há 15 anos. A morte de Rebeca aconteceu uma semana antes do parto e o ocorrido não permitiu que a família saísse da Arábia para voltar ao Brasil. Daiana estava muito triste por estar longe da família. “Entrei em depressão e o Fernando teve que segurar a barra sozinho. Não tive força, nem estrutura emocional para enterrar minha filha. Não conseguia sequer ver as roupinhas dela. Tranquei o quarto e não queria mais sair na rua. Se eu visse algum bebê já começava a chorar”, contou ao site. Daiana descobriu por um laudo médico que a filha tinha um caso raro de leucemia e que nasceria doente, caso a gravidez fosse completa.
Fernandão precisou ajudar a esposa e a sí, voltar ao Brasil e desistir do sonho do futebol internacional. De volta ao país, ele reencontrou os filhos Davi, de 11 anos e Daniel, de 5. “É uma doença horrível que é difícil até de falar, porque só quem vive dentro de casa uma depressão sabe como é complicado. O que nos levantou foi a nossa fé. A gente luta todo dia para que essa doença não venha nos atingir”, desabafou. “Eu tive que fazer tudo. É difícil a gente enterrar uma filha né? A gente não quer isso”.
Ele contou que hoje precisam ter muito cuidado com Daiana, pois ela foi a mais afetada com o ocorrido. “A atenção hoje é redobrada porque a depressãopode entrar por qualquer brecha e quando vem é para destruir. Carregar um bebê durante nove meses, perdê-lo, passar por todo o procedimento médico e não ter a criança em seus braços é muito doloroso”. O casal atualmente está esperando um bebê, que se chamará Levi e diz que ainda tentarão uma menina. “Uma hora seremos abençoados”.
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