Bebês

Jogos dos 10 erros

Imagem Jogos dos 10 erros

Publicado em 18/12/2012, às 22h00 - Atualizado em 13/10/2020, às 15h29 por Redação Pais&Filhos


Na tentativa de oferecer o melhor, às vezes a gente erra. Normal. Agora aprenda o correto e comece a acertar os hábitos de alimentação na sua casa.

A gente faz tudo o que pode – e o que não pode – para ver nossos filhos comendo direitinho, crescendo no ritmo certo, saudáveis e fortes. Normalmente, a gente segue o que nossas mães ou sogras (ou tias ou avós) dizem que é certo; ou, seguimos nosso instinto materno mesmo. Só que nem sempre acertamos. Muitas vezes, cometemos erros na alimentação das crianças, simplesmente por termos as melhores intenções. Queremos que elas comam a maior diversidade de alimentos possível, em boas quantidades. E que fiquem fortinhas, gordinhas, como se isso fosse sinal de saúde. Só que, hoje, a preocupação é muito maior com a obesidade infantil do que com as crianças que não comem, já que 48% das crianças brasileiras estão acima do peso. Listamos os dez principais erros que cometemos em relação à alimentação dos nossos filhos. Se você se identificar com algum deles (ou alguns), não se culpe, sua intenção certamente era boa! Apenas aprenda e esteja pronto para mudar.

1. Oferecer suco demais

Em um ponto, todos nós concordamos: tudo o que é demais é, por si só, um erro. E isso não muda quando falamos sobre a alimentação das crianças. Muitos pais tendem a pensar, durante o período de transição da exclusividade da amamentação para a oferta de novos alimentos, que o suco é uma alternativa ao leite materno, mas não é bem assim. Segundo a nutricionista Patrícia Smith, mãe de Adam, o suco deve entrar na rotina das crianças, como está presente na nossa. “Minha sugestão é oferecer o suco como um pequeno lanche e, aos poucos, a fruta deve entrar também como lanche e sobremesa”, diz. É um erro pensar que os bebês só devem comer frutas – raspadas ou em forma de sucos. De acordo com o pediatra nutrólogo Artur Figueiredo Delgado, filho de José e Jacy, nessa fase, a criança precisa de alimentos como a carne vermelha, que previne a anemia. Portanto, a velha papinha de legumes e caldo de carne é o que você pode oferecer de melhor para o seu bebê, que está começando a provar novos sabores, consistências e temperaturas. Na hora de oferecer sucos para o seu filho, não  esqueça de respeitar a quantidade a que ele está acostumado – na fase de transição para a alimentação complementar, geralmente, é em torno de 50 a 60 ml. Além disso, o suco deve ser tomado após a papinha – e não durante. Também não deve ser adoçado, pois as frutas têm seu açúcar natural.

2. Dar leite de vaca para crianças (menores de um ano)

Não pode mesmo, de jeito nenhum. O leite de vaca tem muito mais proteínas que o leite materno e favorece o acúmulo de gordura desde cedo – o que pode resultar em obesidade lá na frente. Além disso, deixa os bebês mais predispostos a alergia à proteína do leite. Portanto, só depois do primeiro aniversário é que ele entra como um componente de uma alimentação saudável. Se você oferecer apenas leite materno até os 6 meses e alimentação saudável complementar depois disso, reduzirá até 25% o risco de obesidade no futuro!

3. Adicionar sal na papinha

Os legumes já têm cloreto de sódio (sal). Então, para deixar a papinha mais saborosa, tente utilizar temperos como tomilho, alecrim, salsa e coentro no lugar do sal. “Esses, sim, irão emprestar sabor ao prato”, indica Patrícia.
Quando a criança for maiorzinha e começar a comer a mesma comida da família, o sal será introduzido.
O pediatra Artur alerta para que os pais leiam os rótulos das embalagens dos produtos industrializados. Outro ponto importante e que merece atenção são os embutidos. Alimentos como salsichas, salames e presuntos também são riquíssimos em sal. Procure oferecê-los só para os maiores de 2 anos.

4. Adicionar açúcar

Temos a impressão de que as crianças gostam mais de coisas doces, mas quem cria esse hábito nelas somos nós, os adultos. É errado pensar que o açúcar vai deixar os alimentos mais atrativos para os nossos filhos. Segundo Patrícia, o açúcar não oferece qualquer nutriente ou benefício e seu uso acaba mascarando o paladar dos alimentos e pode até nos viciar em alimentos adocicados. Praticamente nada precisa do açúcar para ser consumido, pois ele já está presente na composição de diversos alimentos, naturalmente.
Outro erro comum é achar que o açúcar tem propriedades que acalmam as crianças. Isso é um mito. Uma alternativa para adoçar algumas frutas é usar o suco de laranja. Mas também não exagere!

5. Desistir de dar um alimento novo na primeira tentativa

Você colocou um brócolis no prato, pela primeira vez, ansioso para ver se seu filho ia gostar e cruzando os dedos para a reação ser positiva. Mas lá vem a cara feia! Na vez seguinte, mesmo tentando esconder no meio de outros alimentos, careta de novo. Aí você desiste: ele não gosta mesmo, não tem jeito. Não basta uma, duas, cinco tentativas. O ideal é tentar dar o mesmo alimento umas 12 vezes. No começo, a criança vai recusar porque não está familiarizada, mas depois de várias exposições, ela passa a aceitá-lo melhor.

6. Insistir muito para terminar

Sim, você quer muito que seu filho raspe o prato, só que às vezes o melhor a fazer é parar de insistir e guardar o prato para mais tarde. Ele pode não estar com fome, mesmo! Só que não poderá comer outra coisa, claro, nada de bolachas ou salgadinhos. Deixe o prato reservado para, quando a fome aparecer, esquentar e servir novamente. Quanto mais você inibir seu filho, menos ele vai querer comer. Além disso, restringir seus alimentos preferidos vai fazer com que ele coma muito quando puder. Então, o jeito é deixar as regras bem claras. Pode ter sobremesa, sim, mas só depois do prato principal.

7. Misturar os alimentos (maiores de um ano)

Após o primeiro ano de vida, a criança vai se interessar mais pelo visual do prato. Portanto, é hora de abusar da criatividade e construir pratos bonitos e coloridos. Misturar todos os alimentos, definitivamente, não vai dar em cor nenhuma. No máximo um Flicts, a famosa cor inventada por Ziraldo, que não é cor de nada. A disposição dos alimentos também é importante. “Um prato bem construído, com os alimentos colocados de forma estimuladora, ajudam para que as crianças aceitem mais. Coloque os legumes no centro, faça a cara de um palhaço”, ajuda Artur Figueiredo Delgado.

8. Bater a papinha do liquidificador

Para um bebê de seis meses, a papinha deve ter a consistência de um purê e não de uma sopa. “A cada mês, essa mistura deve ser mais heterogênea, para estimular a deglutição”, explica Artur, que complementa dizendo que legumes bem cozidos e amassados com um garfo são boas opções. Deixar a comida “previamente mastigada” para a criança torna-se um erro ainda maior quando ela já pode mastigar e não é estimulada. “Isso traz retardos nos reflexos da deglutição e dificuldade de aceitar, posteriormente, outros alimentos”, fala o pediatra.

9. Não respeitar os horários das refeições

Não se pode deixar que a criança escolha o que comer, nem quando comer. “Ela precisa ter horários relativamente fixos para que adquira um padrão alimentar”, recomenda Artur. E não é apenas o horário da refeição que deve ser respeitado, mas também o ambiente, ou seja, é errado desviar o foco da comida para outras coisas, como a televisão.

Rotina:

Uma criança com mais de um ano de idade pode seguir esse cronograma de refeições.
Café da manhã: consumir leite.

Almoço: consumir grãos, carnes, legumes e frutas.

Lanche: consumir leite.

Jantar: consumir grãos, carnes, legumes e frutas.

Lanche: consumir leite.

10. Dar comida na boca

Mesmo que seu filho faça sujeira, quando ele estiver na faixa entre um ano e meio e 2, estimule-o a comer sozinho. Mas esteja sempre supervisionando. Nesta fase, é comum que a criança comece a selecionar os alimentos que estão no prato. Às vezes a gente quer dar a refeição nós mesmos, porque quando a criança come sozinha acaba demorando um tempão. Então, tem que ter paciência. Vai dar certo

Consultoria
Artur FIGUEIREDO DELGADO, filho de Jacy e José, é pediatra nutrólogo do Hospital Israelita Albert Einstein, tel.: (11) 2151-1233, einstein.br. Patrícia Smith, mãe de Adam, é nutricionista, autora do livro “Aventuras Gastronômicas de uma Mãe de Primeira Viagem” e uma das criadoras do site Mundo Ovo, mundoovo.com.br


Palavras-chave
Alimentação

Leia também

Tadeu Schmidt - (Foto: Reprodução/Instagram)

Família

Tadeu Schmidt expõe reação ao descobrir que a filha é queer: 'É decepcionante o que tenho a dizer'

Jogador do Corinthians - (Foto: Reprodução/Instagram)

Família

Causa da morte de jovem após encontro com jogador do Corinthians vem à tona 2 meses depois

Lucas Lima e Vi Bueno - (Foto: Reprodução/Instagram)

Família

Professora de yoga faz desabafo após romance com Lucas Lima: 'É uma pessoa que eu não me relacionaria'

Virginia Fonseca - (Foto: Reprodução/Instagram)

Família

Virginia se pronuncia sobre atitude polêmica com babá da filha: "Não foi porque não quis"

Andreas Richthofen vive isolado - (Foto: Reprodução/Instagram)

Família

Vizinhos do irmão de Suzane Von Richthofen contam triste rotina do rapaz: "Precisa de ajuda"

Ricardo está sendo procurado - (Foto: Reprodução/PCDF)

Família

Professor estupra criança por 4 anos e foge ao ser descoberto pela mãe do menino

Anna Jatobá e Alexandre Nardoni se separam - (Foto: reprodução)

Família

Motivo da separação de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá é revelado

Molejo - (Foto: Reprodução/Instagram)

Família

Molejo pede orações após revelar estado de Anderson Leonardo: "Para Deus nada é impossível"