Publicado em 22/04/2021, às 08h34 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Quando se tem criança pequena em casa, é superimportante redobrar os cuidados para prevenir acidentes domésticos. A sufocação, por exemplo, é responsável por 77% das mortes em bebês menores de um ano de idade, sendo a terceira mais comum no Brasil. Mas, felizmente, é possível mudar esse cenário e fazer com que essa ação seja evitada.
A sufocação é a obstrução das vias aéreas, que acontece por contra de objetos macios. De acordo com Vania Schoemberner, Gerente Executiva da ONG Criança Segura e mãe do Pedro, é essencial evitar as situações, principalmente para os bebês, pois eles ainda não possuem o controle do pescoço e da cabeça. “Temos que observar todos os objetos macios que podem oferecer risco”, alerta.
A maneira mais segura de preparar o berço para o bebê é deixando-o apenas com o essencial, ou seja, o colchão e o lençol. Vania reforça que não é necessário colocar protetor de berço, travesseiro, cobertores ou bichos de pelúcia, pois podem colaborar para que a sufocação aconteça. “Com toda a movimentação, esses objetos podem vir para o rosto do bebê e obstruir nariz e boca e acabar sufocando”.
Para os pais que ainda possuem receio das mãos ou pés dos filhos ficarem presos nas grades, a Gerente Executiva da ONG Criança Segura explica que os berços possuem certificação do Inmetro, ou seja, são desenvolvidos especialmente para que os bebês não se machuquem. “Então, não é necessário cobertor ou outros acessórios”.
Nos dias mais frios, não há necessidade de investir em cobertores dentro do berço. A dica é “caprichar nas roupinhas, deixando o bebê mais agasalhado na hora de dormir”. Por isso, evite ao máximo o uso dos acessórios, prevenindo assim o risco de sufocamento.
Na hora de posicionar o bebê dentro do berço para dormir, Vania dá uma dica de ouro para prevenir acidentes. “Sempre posicione a criança mais para o final do berço, com o pezinhos tocando a parte de baixo. Isso faz com que, caso algum objeto fique no rosto do bebê, ele mexa os pezinhos e acabe conseguindo tirar o que está incomodando”, reforça.
Na hora de comprar ou escolher quais brinquedos serão ofertados para o bebê, fique de olho nos que podem obstruir as vias áreas, ou seja, peças pequenas ou macias demais. Além disso, os pais devem estar sempre supervisionando o momento de diversão dos filhos, não deixando-os sozinhos. “Na indicação das embalagens há a orientação adequada de idade e ela é muito importante para visar a segurança. Se não é indicado, não deve ser ofertado. Muita atenção na escolha de brinquedos e no que será oferecido”.
Sim, podem. Vania explica que é essencial a supervisão de um adulto durante a alimentação dos filhos para intervir caso ocorra a sufocação, além de estar atento aos alimentos que estão sendo oferecidos para o bebê. “Quando começar a introdução alimentar das crianças, corte os alimentos redondos ao meio, evite os duros e redondos, como amendoim, castanhas, pipocas, entre outros”, reforça.
No entanto, conforme as crianças vão ficando mais velhas, é necessário estar atento a balas e pirulitos, principalmente aqueles que possuem formatos redondos e duros, podendo ser engolidos. “É importante uma atenção especial também aos dois anos de idade. A faixa etária que mais acontece sufocação são em crianças de zero a um ano. Então, é uma situação muito grande para os bebês”.
Quando precisar sair junto com o bebê, certifique-se sempre de não deixar as crianças sozinhas dentro do carro, mesmo se os vidros estiverem levemente abertos. Outra dica é manter as portas e o porta-malas do veículos trancados, especialmente em casa. Além disso, mantenha chaves e controles automáticos fora do alcance das crianças.
As situações mais comuns em que o sufocamento pode acontecer são, principalmente, na hora da alimentação e do sono. Mas, é importante lembrar que o problema também ocorre caso o bebê tenha em mãos objetos que possam cobrir as vias aéreas. “Evite ao máximo colocar o bebê para dormir sozinho na cama dos pais, sofás e lugares improvisados. Isso pode não só ocasionar a sufocação, mas também quedas, que é uma situação muito grave para os bebês”, comenta a Gerente Executiva da ONG Criança Segura. Veja como prevenir acidentes domésticos.
Se mesmo seguindo todos os passos para prevenir a sufocação do bebê e ela acontecer, Vania explica que é essencial que a família esteja preparada para a situação. “Até você chamar o serviço de emergência, pode ser tarde demais. O bebê pode morrer sufocado muito rápido, porque é silencioso”, alerta. Confira um vídeo de quais manobras fazer em casos como este:
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