Publicado em 11/07/2017, às 11h34 - Atualizado em 12/07/2017, às 09h21 por Lô Carvalho
Tenho que confessar: a comparação é inevitável. Não que sejamos um casal competitivo, longe disso. Mas, em casa, meu marido, enquanto pai, sempre gostou de se vangloriar por fazer melhor, mais rápido, mais facilmente ou (pior de todas) com mais paciência do que eu, a mãe.
Quando a tarefa envolvia algo que era mais da minha praia, como ler, a tal competição ficava ainda mais acirrada. E não que as crianças preferiam quando ele lia?! Ufffff…
Por isso me pergunto: quem lê melhor, o pai ou a mãe?!
Na realidade, tanto faz. Pois o que realmente importa na formação do leitor é a leitura em si e não quem está lendo. Um pai pode ler para o seu filho, uma mãe também, dois pais também, duas mães também, um pai e uma mãe também… A diversidade da leitura é o que conta. Ler diferentes tipos de texto com diferentes propósitos.
Se prestarmos atenção, isso acontece o tempo todo: hoje mesmo li a procuração do advogado com o propósito de me informar e li também algumas páginas do meu livro de cabeceira (de autoajuda, confesso mais uma vez) para me entreter.
Quando meus filhos eram bebês, eu lia para eles no quarto à meia luz, baixinho, em tom suave, escolhia um livro sempre bem delicado… Mais uma confissão: eu lia para eles dormirem. Já o Alberto, o pai, gostava de ler com o quarto iluminado, livros engraçados, conversar… Uma bagunça! Ele lia para simplesmente estar com as crianças.
Mesmo sabendo disso tudo, quando era a vez do pai ler, eu me desesperava. As crianças ficavam super excitadas, morriam de rir, falavam alto, levantavam da cama para pular, bater palmas e buscar alguma coisa… Assim elas não iam dormir nunca!
Ficava tão aflita e incomodada que cheguei a suspender a leitura do pai… Ele que cuide da louça do jantar que assim as crianças dormem mais facilmente. Ou será que mais rápido?! Bom, é claro que eu estava errada…
Nunca fazer uma criança dormir cedo e rápido foi tão pouco importante… O prazer de estar com o pai (ou com a mãe) e com um livro nas mãos para, juntos, construir momentos de leitura prazerosos é o principal aqui nessa história toda. O que estou querendo dizer é que a leitura em família deve acontecer todos os dias e com os mais variados propósitos. Não existe regra. Um dia vai ser ler para rir e no outro ler para relaxar…
E, por favor, caso a sua família seja formada por dois adultos, não exile o seu (ou a sua) companheiro(a) na cozinha só por que ele(a) não faz as coisas do jeito que você quer! Para os filhos, o que fica, é a lembrança dos melhores momentos. Os meus já sabem: se tiver piada, melhor falar com o pai. Agora, se tiver drama e as lágrimas correrem soltas, melhor a mãe. Acho que por isso o Fê, meu caçula, gostou tanto de assistir aos seis filmes do Rock Balboa comigo. Afinal, isso eu faço melhor do que o pai (brincadeira, mas é verdade, amo filmes!). E viva as diferenças!
Por Lô Carvalho
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