Essências e vivências da responsabilidade afetiva
É preciso parar e refletir sobre o que somos e queremos ser para os nossos filhos e sociedade
**Por Ana Paula Ferreira, professora de Educação Infantil efetiva na rede pública na Prefeitura de Barretos, conselheira do Conselho Municipal de Igualdade Racial- COMIR- Barretos-SP e membro do Grupo de Mães Pretas do Coletivo Pais Pretos Presentes
Qual tipo de mamãe ou papai é você? Já parou para se perguntar? Ou melhor, já perguntou para seus filhos? E ao ouvir a resposta, teria medo ou seria temida por eles ao responderem?
Então… Somos adultos, e como adultos acreditamos que precisamos ensinar nossos filhos, garantindo a melhor educação escolar, conduzindo suas vidas de maneira que tenha sucesso e prosperidade.
Mas… Já pensou que um bom educador é um eterno aprendiz? Pensando nisso, te convidamos a sair do seu lugar de adulto e assumir um papel de aprendiz, pois se assim o fizer, diante de uma criança estará uma outra matriz materna ou paterna.
Como aprendiz, iniciará um caminho de construções, desconstruções, aceitações, desafios, resiliência, limitações, descobertas, emoções, certezas, incertezas, choro e alegrias que parecem um novelo, mas se puxar a ponta dessa linha, irá costurar desejos, saberes e vivências.
E não importa em que ponto esteja, nós podemos desmanchar e retornar a tecer uma malha de escuta, amores, dores (pois, também fazem parte), mas serão verdades que protegem e agasalham.
Deixo aqui uma passagem do livro “Os bebês e suas mães” para expressar esse sentimento:
“A minha maternagem
Descobri assim,
Encontrei o melhor de mim,
Me enxerguei de verdade, adquiri uma passagem,
E iniciei a viagem,
Com diálogos, honestidade e pouca bagagem…
Se quiser embarcar e me acompanhar,
É só se sentar com o seu filho brincar,
E no meio da brincadeira, sempre investigar,
Sem culpa e nem amargura,
Mas com perdão e muita doçura.”