Publicado em 16/06/2013, às 21h00 por Ligia Pacheco
Passei nove meses envolvida com um ser que se desenvolvia dentro de mim. E não ouso encontrar palavras para descrever tal sensação. E eis que nasce o bebê e com ele uma mãe, que experimenta uma afetividade desconhecida, instintos nunca vividos, um doar sem igual. Mas também noites mal dormidas, inseguranças, dúvidas, culpas, cansaço, pouco tempo para si. Dificuldades que perdem a relevância diante do pequeno ser, demasiadamente dependente até para sobreviver. Ser que transforma para sempre o eu em nós, que sai da barriga e nunca mais da cabeça.
E naquele novo mundo tudo me era mágico, intenso, diferente, revelador, completo, complexo, encantador. Um mundo que me bastava. Dizem alguns cientistas que nesta fase o cérebro aumenta nas áreas do raciocínio, emoção e motivação a fim de enfrentarmos os desafios que nos esperam. Outros dizem que ele diminui para realmente desfocarmos de todo o resto. Sei que a ciência é provisória, datada e situada, e que o que hoje é dito verdade, amanhã é considerado mito. Mas, lembro que assistia ao Jornal Nacional e nada entendia. Os problemas alheios nem entravam em minha mente. O trabalho que eu tanto amava e me dedicava, evaporou-se como num estalar de dedos. Novo tempo, novos conhecimentos e conquistas, novo ser nascia em mim e em nós. Aquele pequeno e imenso mundo me fascinava.
Por meses fiquei entretida nele, envolvida dos pés a cabeça, até que o mundo maior reentrou em mim: fim da licença maternidade. Que vazio! Que dor! Que dúvida! Que tristeza! Que inquietação! Que vontade de jogar tudo para o alto!
Mas também queria resgatar a vida profissional, outras conquistas pessoais. E ser mãe em período integral não me parecia bom nem a mim e nem a ela. Reorganizei a vida, abri mão de alguns projetos e me desdobrei. Pesquisei berçários, decidi e logo me dei conta que minha filha era a mais velha da classe, ainda com poucos meses. Neste sofrer eu não estava só. Segui.
Foi fácil notar que ser excelente profissional e mãe era bem complicado. Resolvi dar o melhor de mim em ambos, tirar a culpa do dicionário e da minha vida e aproveitar intensamente cada momento vivido. Tiveram momentos bem difíceis, afinal quem se importa se seu filho está doente, se sente falta de você, se você sente falta dele, se a babá não apareceu? E quando ele pede para você não ir, ou fica com raiva de você, ou quando quer colo num momento em que o trabalho exige-lhe a alma? E quando após o período de ausência você ainda tem que educar, colocar limites, dar bronca, endireitar? Que difícil é deixar!
Mas, e os momentos de rolar no chão, de contar histórias, de rir de bobagens, de alegrar-se por quase nada? E os de conhecer e se conhecer, de crescer e ver crescer, de sentir e ser sentido, amar e ser amado? Que presente é a maternidade! E o tempo passa, e outros deixares virão. Peço licença, deixo a dor passar. A maternidade fica e para sempre há de ficar.
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