Publicado em 14/04/2021, às 07h41 por Geovanna Tominaga
Era meio da manhã quando o Gabriel finalmente adormeceu nos braços do Eduardo depois de uma maratona de mamadas na madrugada. Lembro bem da cena: meu marido sentado no sofá com o nosso pequeno adormecido sobre seu peito. Eu estava exausta. “Você precisa sair um pouco, respirar ar fresco. Por que você não sai pra caminhar e pegar um solzinho? Eu fico aqui com ele. Qualquer coisa, eu te chamo”. Apesar do cansaço, era mesmo o que eu precisava naquele momento. Sair de casa, sair do mundo das fraldas e rosquinhas de pano protetoras de bico esfolado. Entendedoras entenderão!
Desci. Caminhei aflita pela praça. Algo não me deixava relaxar. O pensamento havia ficado lá em cima com o meu filho. Uma volta completa e o telefone toca: “Sobe. Ele acordou, está chorando”. Minha escapada durou exatos dez minutos. Depois de não sei quantos dias, finalmente, sentia o vento no rosto, o calor do sol na pele… Uma mistura de alegria, frustração e culpa. Mesmo assim, voltei correndo pra amamentar a cria.
Aquele havia sido o primeiro pequeno momento longe do meu filho e eu não conseguia tirá-lo da cabeça. A segunda tentativa aconteceu mais tarde, quando o Gabriel já tinha 8 meses de vida. Eu voltaria a celebrar casamentos e o Edu ficaria cuidando dele. Tentei focar no trabalho. Na primeira cerimônia, tentei concentrar no texto e me desligar do resto do mundo por pelo menos quarenta minutos. Noivo, pais, padrinhos… Quando o pajem apareceu, eu desabei a chorar imaginando o meu Gabrielzinho ali, já andando, de gravatinha borboleta e tudo. Depois se casando, formando família e saindo de casa. Ai, como coração de mãe sofre… Calma, Geovanna, que você ainda tem alguns desafios pra enfrentar antes do altar!
Dizem que a adaptação escolar é mais difícil pros pais do que pros filhos. Eu concordo. Para o Gabriel não foi tão fácil. Afinal, ele é um “filho da pandemia”. Mas eu achava que tiraria de letra, que iria aproveitar meu tempo livre pra fazer várias coisas das quais sentia saudade. O que eu fiz na primeira tarde que me mandaram voltar pra casa depois de deixá-lo na escolinha? Fiquei assistindo o Gabriel na tela do celular, acompanhando seus passos pelas câmeras do berçário. O meu próprio “BBBaby”.
Agora entendo porque minha mãe ainda me chama de Geovaninha e sempre pergunta se eu estou me alimentando bem. Só agora posso compreender alguns “nãos” que recebi do meu pai e porque ele fazia tanta questão de me levar e me buscar nos lugares até depois da minha adolescência. Definitivamente, a ligação entre pais e filhos é eterna. O instinto materno, ou paterno, nada mais é do que amor e cuidado. O cordão umbilical permanece mesmo após o corte.
A parentalidade é como soltar pipa. Nós queremos ver nossos filhos subindo com o vento, colorindo e alegrando o céu. Soltamos a linha pouco a pouco, nos acostumamos com a distância conquistada, admiramos suas piruetas ao longe, mas queremos que o carretel fique bem firme em nossas mãos para que possamos içá-los quando os ventos da vida não estiverem tão favoráveis. Ao menos, assim eles não perderão o caminho de volta pra casa.
Família
Junior diz que marca hora para ter relações sexuais e explica o motivo
Ele cresceu! 🥰
Filho de Giovanna Antonelli e Murilo Benício se torna modelo e prova que a beleza é de família
Família
Fernanda Lima faz revelação: “Depois de 17 anos juntos, resolvemos abrir a relação.”
A família vai aumentar 😍
Vem bebê por aí! Eliezer fala sobre a data de chegada de 2° filho com Viih Tube
Família
Cachorro chama a atenção por se parecer com um humano
Família
Filha de Faustão estreia como cantora na Globo e surpreende com talento: "Chocado"
Gravidez
Carol Celico faz anúncio emocionante de nova gravidez: "Agora somos cinco corações"
Bebês
Fernanda Vasconcellos posta foto linda amamentando o filho e olho do bebê chama a atenção