Publicado em 17/02/2016, às 12h56 - Atualizado em 18/02/2016, às 08h41 por Ana Guedes
Há muitos anos, estive em uma jornada psicanalítica em que em uma das mesas se discutia a “tendência suicida infantil”. A palestrante exemplificava o “caso” de uma criança de 4 anos de idade que repetidamente, insistia em largar a mão da mãe e cruzar a rua rumo à escolinha.
Desculpe Sra. Palestrante. Acredito eu que uma criança não suporta (como os adultos!) a ideia de morte e nem pode, em tão tenra idade, acreditar no conceito irreversível de morte. O que pode desejar é o que nós adultos aprendemos a temer: A liberdade. O sonho. O risco de ser feliz.
Nós, cara colega, é que não suportamos tal inconsciência da vida, tal falta de controle do porvir de cada amanhecer. A criança vê neste momento uma nova chance de criar e recriar! Por isso, talvez, construa e destrua castelos de areia na praia. Sim aqueles tão bonitinhos.
A criança segue em frente, de peito aberto. Nós trocamos o medo do desabar de castelos por justificativas e explicações. A criança não…Enquanto tentamos convencê-las de justificativas e explicações, enquanto tentamos compreendê-las em loterias de suposições, ela apenas vive. E sofre como dizia Winnicott, reage às tensões, ao mau trato, a palavra dura e à falta de afeto.
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Manha, birra, confronto, teste? Não.
As crianças não estão e nem podem estar contra nós, não se arriscariam a ficar sem nós! Apenas lhes falta repertório, eufemismo, justificativas, para dizer o que sente…Não espere que ela sente e lhe diga “não me sinto bem, não sei o que me angustia… Preciso de ti.” Sandor Ferenczi descreve o que não queremos ouvir:
“Uma criança pequena não tem outra alternativa quando um pai descontrolado chega furioso do trabalho e aos berros ‘sem querer’ lhe tira do caminho, a não ser se perguntar: “O que foi que eu fiz? A culpa é minha. Papai está bravo. Preciso dele!!!.”
A outra alternativa seria: “estou nas mãos de um louco, sozinha na vida”. Insuportável.
Desculpo meu pai e culpo a mim para não ficar sem pai.
Suicido minha alma em sacrifício de salvar-te em mim.
Enquanto eu puder tentar.
“Esta é a única alternativa pai, para que um dia eu siga sendo livre, aquele espírito livre dos livros, que vão me ajudar a cruzar calçadas e mundos sem teus bobos medos adultos, sem tua culpa de viver.”
Como diz um grande médico, psicoanalista, bom pai e adorado avô:
“Se queres educar teu filho, trata de não atrapalhá-lo. Ele conhece o caminho que esquecestes. Te ajoelha e observa. Escuta o que a mais pura alma fala e apreende. Mas larga teus medos. Apreende tu, a viver. Afinal só tens mais idade…E bem menos tempo.”
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