Publicado em 17/09/2016, às 12h20 por Ana Guedes
” A arte existe para que a verdade não nos destrua” – Nietzsche.
Eu fui a São Paulo, para uma festa. Pedro ficou em casa. Assunto de gente grande.
No dia seguinte da linda festa em terras distantes, já olhava o céu e pensava em meu menino que não conhece São Paulo, tenho certeza que iria encontrar o Batman por lá se estivesse comigo.
Que iria montar milhões e milhões de histórias naquela cabecinha dando vida a prédios que parecem vidros de perfume da mamãe, e vendo minha prima, que é dona de um teatro, procurar roupas para vestir os 100 anos de solidão do Gabriel Garcia Márquez no Bixiga.
E ainda me perguntaria:
⁃ Mostra no mapa onde está Macondo? Não achas? Te conto!
Foi então, caros pais e pessoas grandes que encontrei no meio dos edifícios, e da deselegância discreta daquela menina, todas as histórias que Pedro me conta:
Sereias, peixes, passarinhos com cara de camundongo!
Achei em São Paulo um menino chamado Walmor Correa. Ele não tem idade.
Transforma tudo o que vê. Acredita com fé verdadeira de nossas dignas crianças que tudo pode existir. E assim vive seu sonho em realidade.
Em sua casa encontrei “Ondina”, uma sereia, pintada escama por escama por dentro e por fora. Levada pelo pai ao cardiologista, que lhe deu um coração: um átrio e dois ventrículos. Anatomicamente possíveis para que Ondina saísse e entrasse na água. Sim, Dr. Walmor, fez carta de descrição anatômica e funcional de seu coração. E ainda lhe possibilitou um eletrocardiograma para provar a todos nós que: sonhos são a realidade que esquecemos existir.
Walmor brinca e salva como nossos pequenos.
O artista agora expõe no MAR, no Rio de Janeiro, sua descoberta sobre a vida de um passarinho, que encontrado perdido por ele em vala comum num super museu especializado de Washington, pode voltar com sua ajuda e do Embaixador do Brasil em terras americanas para casa! E pasmem: Com RG, certidão de nascimento, passaporte, óbito e domicilio: Curitiba, Paraná, Brasil.
Sonhos repatriados não são invenções.
Esta é a história de um artista, que lembrou uma mãe que tudo que o Pedro diz é verdade, é possível e salva. A mim e a ele. A todos nós.
Que não basta termos e estimularmos sensibilidade, mas sim ensinarmos nossos filhos o que fazer com ela. Olhar um desenho, ouvir uma história, pintar uma tarde e transformar a arte em vida e amor pelo sonho possível. Assim garantimos aos nossos filhos que eles possam crescer, mas jamais deixar de acreditar. E fazer.
Visite a exposição do Walmor Correa no MAR, pertinho do Museu do Amanhã no Rio, mas não deixe pra ontem. Siga ele no Instagram, fale com ele e busque, como Fernando Pessoa, nossa criança que chora na estrada. Só assim poderemos ser adultos e pais de verdadeiras obras de arte.
Obrigado, Walmor. Não fui, mas adorei São Paulo, um beijo do Pedro.
Obs: Ela jurou que tu existe. Como se precisasse. 😉
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